terça-feira, 30 de julho de 2013

O pior nos outros

A gente tem uma mania incrível de ver o pior nas outras pessoas e o melhor na gente ou naquilo que a gente gosta, como se para gostar de alguma coisa ela tivesse que ser perfeita.








Eu, Álison

Está também teu coração

Se meu Deus é por nós
Quem será contra nós?


Se ele está conosco
Quem poderá se opor?







Eu, Álison

segunda-feira, 29 de julho de 2013

É ridículo

"Pensar que seríamos capazes de criar algum tipo de mecanismo de defesa ou ter defesas contra seres que viajam pelo espaço é ridículo". - Giorgio Tsoukalos








Eu, Álison

Como eu te vejo

Você, com seu jeito único, me viu, diferentemente das outras vezes, em que eu fazia o papel de quem olha. Você me viu, mas eu não te vi. E o que eu queria saber era se, quando você me mirou, viu-me de que jeito? Viu-me com tudo o que escondo? Viu-me como que num espelho? Ou você conseguiu ir além de mim e ver-me como eu te vejo?








Eu, Álison

As duas Alices

As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho - e o que ela encontrou lá são os títulos exatos dessas duas obras fundamentais escritas pelo matemático e religioso inglês Charles Lutwidge Dodgson (1832-1898), mais conhecido sob o pseudônimo de Lewis Carroll. Os dois volumes, informalmente chamados de "as duas Alices", foram publicados respectivamente em 1865 e 1871, e, desde então, vêm encantando leitores de todo o mundo.
Em nosso país, infelizmente, a divulgação dessas obras se deram mais por intermédio de adaptações ligeiras - que adocicam as aventuras para enquadrá-las no gênero conto de fadas - de que por suas versões originais, coisa que só aconteceu bem recentemente. Acreditamos, por isso, que o conteúdo das Alices ainda permanece desconhecido de boa parte do público brasileiro.
É fato que, com o passar do tempo, as Alices foram ganhando mais a atenção do publico adulto do que propriamente a do infantil, e personagens insólitos como o Chapeleiro Maluco, a Lagarta, Gato que ri, a Rainha de Copas começaram a exercer fascínio sobre a mente de filósofos, psicólogos e educadores. Isso porque muito dos temas das histórias de Alice se prestam a uma decifração lógico matemática, e exibem uma intrincada rede de significações fincadas no pensamento dos filósofos estoicos gregos. Pelas Alices proliferam séries de paradoxos, alogismos, enigmas e jogos semânticos, além de um elenco extenso de imagens do inconsciente, algo que, convenhamos, não estaria necessariamente no lista de interesses imediatos das crianças.
Se é assim, por que Lewis Carroll teria escrito algo tão "complicado"? É preciso lembrar que o autor era dono de uma personalidade excêntrica e que escreveu seus dois livros para Alice Liddell, uma menina bastante inteligente e fascinada pelas traquinagens mentais de seu mentor. Ademais, na segunda metade do século XIX, estamos na recatada Inglaterra vitoriana, época em que algumas das saudáveis diversões infantis eram recitar poemas trocadilhescos, entoar paródias de canções e decorar histórias edificantes. Época do nascimento da puericultura, pela qual se visava educar crianças administrando seus desejos.
Tanto em As Aventuras de Alice no País das Maravilhas como em Através do Espelho - e o que encontrou por lá, Lewis Carroll explora o elemento arquetípico do trajeto, da viagem de um herói a um país distante. Um enredo que confere interesse e excitação imediatas aos leitores, pois como lembra o filósofo francês Gilles Deleuze (1925 - 1995): "A criança não para de dizer o que faz ou tenta fazer: explorar os meios, por trajetos dinâmicos. e traçar o mapa correspondente. Os mapas dos trajetos são essenciais à atividade psíquica." Nos dois volumes de Carroll, é evidente o desenho de um percurso exploratório. Mas trata-se de uma viagem singular a "países" paradoxalmente reconhecíveis e desconhecidos, regidos por absurdas leis do mundo dos sonhos. E aí encontramos a chave do universo carrolliano: o onirismo, a superposição de trajeto da realidade e do sonho, o sonho dentro do sonho, com toda a gama de oposições e inversões, cuja metáfora seria o próprio espelho ou o jogo de xadrez com o tabuleiro e peças perfiladas frente a frente (outro espelho!), um pouco à maneira das gravuras de M. C. Escher.
As viagens das Alices parecem uma espécie de rito de passagem moderno. Elas colocam a menina Alice em situações em que se discutem problemas de identidade, tão importantes a uma menina que está passando da infância para a adolescência. Após crescer e encolher seguidas vezes, a questão socrática do "conhece-te a ti mesmo", é colocada para Alice numa fábula encenada no capítulo 'Conselhos de uma Lagarta' de As Aventuras de Alice no País das Maravilhas.
A Lagarta, sentada sobre um cogumelo e fumando seu narguilé, pergunta à Alice: "Quem é você?". E a menina responde: "Sei quem eu era quando me levantei hoje de manhã, mas acho que me transformei várias vezes desde então". A Lagarta rispidamente pede que a menina se explique. Alice diz que não pode se explicar porque ela não é ela. A questão do conhecimento de si se projeta para a questão do conhecimento dos outros e Alice diz à Lagarta: "Bom, quem sabe a sua maneira de sentir seja diferente, mas o que sei é que tudo isso pareceria muito esquisito para mim." Como Alice pode saber se a Lagarta tem sentimentos ou pode pensar? O problema assume uma dimensão mais ampla, pois Alice, não sabendo quem é, não pode ter certeza a respeito do mim a que seus sentimentos pertencem. Alice ainda pergunta à Lagarta quem ela (lagarta) é. A Lagarta reponde com uma pergunta: "Por quê?". Então Alice se dá conta de que não há razão por quê, pois se a Lagarta tivesse respondido "Sou uma lagarta", isso de nada adiantaria, pois é filosoficamente impróprio. Afinal, um nome ou uma condição social não diz absolutamente nada a respeito de nossa essência última.
Noutro ponto da cena, Alice considera a altura de oito centímetros lamentável, ao passo que a Lagarta julga um tamanho muito bom. O que para Alice é óbvio merece uma outra visão do bichinho que enxerga o mundo por sua própria ótica. Por fim, para que Alice prossiga sua viagem controlando seus tamanhos, a Lagarta lhe oferece um cogumelo. Mordendo de um lado, ele o fará crescer; mordendo de outro, ele o fará diminuir. Porém, como é possível falar dos lados direito e esquerdo de um cogumelo perfeitamente redondo? Mais uma vez tudo se passa do ponto de vista do animal, para quem um círculo pode ter lado.
O problema tocado pela fábula é como "pensam" as Lagartas, ou melhor, como pensam as outras pessoas. O que eu chamo de liberdade é a mesma coisa que você chama de liberdade? O azul que eu enxergo é o mesmo que todas as pessoas enxergam? Por trás dessa história absurda (nonsense) encerra-se uma discussão profunda sobre o respeito à diferença de pensamento. Talvez seja esse um dos belos achados que Alice traga a quem se aventure a segui-la em suas maravilhosas viagens. Um trajeto pelo mundo dos sonhos que nos resgata a realidade.







Eu, Álison

domingo, 28 de julho de 2013

Amizade é Estar

Há alguns dias foi o Dia do Amigo e uma amiga minha escreveu um texto sobre amizade que eu gostaria de publicar. Esse texto foi mandado para um grupo de pessoas e não estou postando ele só porque eu estava entre essas pessoas, mas porque concordo com muito do que está escrito. Praticamente tudo, na verdade. Além de que quem escreveu ser um gênio, é uma pessoa a quem conheço há bastante tempo e, canhota como eu, faz valer sua condição de pessoa diferente. Segue:
O que é a amizade? Pra mim amizade é ESTAR, estar presente em todos os momentos ou ao menos fazer deles os melhores possíveis. É estourar plástico bolha pra aliviar as tenções, é vestir uma roupa ridícula pra acompanhar o amigo, é fazer pose pra foto, é rir de coisas sem graça, é provar e fazer experiencias, reunir-se sem propósitos específicos, é passar pelo amigo na rua e cumprimentar com um xingamento, é ser paciente, é ser psicólogo e precisar de um, enfim ser amigo é viver em conjunto fazendo das coisas mais simples as mais inesquecíveis... Amo vocês!!!
Como sempre falo: Os amigos são a família que podemos escolher!








Eu, Álison

sábado, 27 de julho de 2013

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Você olha

E fica mudo.


Porque é incrível demais.










Eu, Álison

Sou uma ideia, mas...









Eu, Álison

Covardia perante a Vida



Coragem perante a Morte.








Eu, Álison

O ínfimo



Cumprimenta o gigantesco.






Eu, Álison

Tudo o que você vê

Espero que as pessoas prestem atenção nas palavras dele.


Talvez sejam as últimas.







Eu, Álison

O Dicionário do Diabo - Letra B e C

Baco = Deus inventado oportunamente pelos antigos como pretexto para suas bebedeiras.
Bruxa = (1) Velha feia e repulsiva, em perversa aliança com o demônio. (2) Jovem bela e atraente, em perversa aliança com o demônio.

Calamidade = Um mais do que claro e inconfundível lembrete de que os acontecimentos desta vida não obedecem a nossa vontade. Calamidades podem ser de dois tipos: desgraça para nós e felicidade para os outros.
Casamento = Condição ou estado de uma comunidade composta de um patrão, uma patroa e dois escravos, num total de duas pessoas.
Chato = Pessoa que fala quando você quer que ela escute.
Circo = Lugar onde se permite a cavalos, pôneis e elefantes assistirem a homens, mulheres e crianças fazendo papel de idiotas.
Comércio = Tipo de transação na qual "A" surrupia de "B" os bens de "C", e como compensação "B" rouba da carteira de "D" o dinheiro pertencente a "E".
Comestível = Bom para comer e fácil de digerir, como um verme para um sapo, um sapo para uma cobra, uma cobra para um porco, um porco para um homem e um homem para um verme.
Compaixão = Virtude exaltada pelos criminosos, quando apanhados.
Condoer-se = Demonstrar que o sofrimento é um mal menor do que a compaixão.
Conforto = Estado de espírito provocado pela contemplação das adversidades alheias.
Conhaque = Estimulante composto de uma parte de trovão-e-relâmpago, uma parte de arrependimento, duas partes de sangue-de-assassino, uma parte de morte-inferno-e-sepultura e quatro partes de Satã clarificado. Dosagem: uma cabeça cheia, o tempo todo.
Conhecido = Pessoas a qual conhecemos o bastante para lhe pedir emprestado, mas não o bastante para lhe emprestar. Um estágio superficial da amizade, quando o sujeito é pobre ou obscuro; e íntimo, quando ele é rico ou famoso.
Cônsul = Em política norte-americana, pessoa que, tendo falhado em obter um cargo político através do voto, recebe outro do Governo, sob a condição de deixar o país.
Convento = Local de retiro para mulheres que buscam tranquilidade para meditar sobre o vício da preguiça.
Costas = Parte de seus amigos que você tem o privilégio de contemplar na sua adversidade.
Covarde = Aquele que, numa situação de perigo, pensa com as pernas.
Cristão = Aquele que crê que o Novo Testamento é um livro de inspiração divina, admiravelmente indicado para as necessidades espirituais de seu vizinho. Aquele que segue os ensinamentos de Cristo até o limite em que não atrapalhem uma vida de pecado.







Eu, Álison

Pais e filhos

Os pais são os exemplos dos filhos e suas atitudes podem ter um impacto positivo ou negativo na formação da personalidade e identidade social da criança. Por isso, de acordo com o pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, existem algumas coisas que jamais devem ser ditas às crianças ou faladas na frente delas. Veja quais são:

1 – Não rotule seu filho de pestinha, chato, lerdo ou outro adjetivo agressivo, mesmo que de brincadeira. Isso fará com que ele se torne realmente isso.
2 – Não diga apenas sim. Os 'nãos' e 'porquês' fazem parte da relação de amizade que os pais querem construir com os filhos.
3 – Não pergunte à criança se ela quer fazer uma atividade obrigatória ou ir a um evento indispensável. Diga apenas que agora é a hora de fazer.
4 – Não mande a criança parar de chorar. Se for o caso, pergunte o motivo do choro ou apenas peça que mantenha a calma, ensinando assim a lidar com suas emoções.
5 – Não diga que a injeção não vai doer, porque você sabe que vai doer. A menos que seja gotinha, diga que será rápido ou apenas uma picadinha, mas não engane.
6 – Não diga palavrões. Seu filho vai repetir as palavras de baixo calão que ouvir.
7 – Não ria do erro da criança. Fazer piada com mau comportamento ou erros na troca de letras pode inibir o desenvolvimento saudável.
8 – Não diga mentiras. Todos os comportamentos dos pais são aprendidos pelos filhos e servem de espelho.
9 – Não diga que foi apenas um pesadelo e mande voltar para a cama. As crianças têm dificuldade de separar o mundo real do imaginário. Quando acontecer um sonho ruim, acalme seu filho e leve-o para a cama, fazendo companhia até dormir.
10 – Nunca diga que vai embora se não for obedecido. Ameaças e chantagens nunca são saudáveis.








Eu, Álison

Para além da condição humana

É um ser que não tem ansiedade em viver a vida. Ele a vive. Ele passa por coisas ruins e também passa por coisas boas, mas ele não foge da vida. Ele vive a vida.








Eu, Álison

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Então talvez eu seja o único

Uma moça diz a seu amigo: - Ninguém me vê como você.
Diante disto, o rapaz responde: - Para você posso dizer a verdade. Sabe de uma coisa? Você tem olhos sagazes. Ninguém vê nada como eu vejo.







Eu, Álison

Talvez isso não tenha cura

Ou talvez a cura esteja com alguém que nunca vou conhecer. Ou simplesmente esteja com alguém que ainda não conheci...










Eu, Álison

Sinta a dor

Contemple a dor
Aceite a dor
Conheça a dor


Nunca vou esquecer a dor do Yahiko.







Eu, Álison

No limiar da eternidade

Tanto do ponto de vista material plástico, quanto da perspectiva da própria cultura e de adaptação anímica da pintura, Van Gogh teve a capacidade e a sensibilidade para ver o mundo de uma maneira completamente diversa. Seja pela sua perturbação mental, seja pelas condições que cercavam sua vida. De qualquer maneira, ele enxergava o mundo de uma outra forma.






Eu, Álison

sábado, 20 de julho de 2013

É preferível não ver



Do que ver e ficar triste. Triste, e com saudade, e confuso, etc, etc...






Eu, Álison

O Dicionário do Diabo - Letra A

As postagens que tiverem o nome de 'O Dicionário do Diabo' foram tiradas de um livro de mesmo nome e resolvi escolher as melhores palavras desse livro para publicar aqui. Sendo um dicionário, evidentemente colocarei as palavras em ordem alfabética. O autor é Ambrose Bierce, conhecido por ser extremamente irônico e nessa obra ele critica a falsidade e a hipocrisia das pessoas. Claro que ele não fala literalmente e é preciso entender o que está nas entrelinhas, o que faz dele um livro muito perspicaz. Espero que gostem.

Absurdo = Declaração de fé manifestamente contrária a nossa própria opinião.
Academia = Escola antiga onde se ensinava moral e Filosofia. Hoje em dia, escola moderna onde se ensina futebol.
Acordo (1) = Ajuste de interesses conflitantes que dá a cada adversário a satisfação de crer que conseguiu uma vantagem indevida e que não foi despojado de nada, exceto do que era devido.
Admiração = Nossa polida homenagem à semelhança de alguém conosco.
Admoestação = Reprovação sutil e amistosa como uma machadada.
Advogado = Perito da ciência de contornar a lei.
Aflição = Processo de aclimatação destinado a preparar a alma para outro ainda pior.
Ajudar = Fabricar um ingrato.
Alá = O Deus único dos muçulmanos, diferente do Deus único do cristão, do Deus único judaico, etc.
Alcorão = Livros que os muçulmanos tolamente creem ter sido escrito por inspiração divina; porém os cristãos sabem que isso é uma sórdida impostura, ao contrário do que acontece com a Sagrada Escritura.
Aliança = Em política internacional, a união de dois ladrões, cujas mãos estão de tal modo metidas nos bolsos um do outro que não conseguem roubar sozinhos um terceiro.
Ambidestro = Capaz de meter a mão com igual destreza tanto no bolso direito, quanto no esquerdo de alguém.
Ano = Período de 365 decepções.
Ar = Substância nutritiva fornecida pela bondosa Providência para engordar os pobres.
Armadura = Tipo de roupa usada por um homem cujo alfaiate é um ferreiro.
Audácia = Uma das qualidades mais destacadas do homem que está a salvo.
Austrália = País situados nos Mares do Sul, cujo desenvolvimento industrial e comercial se manteve incrivelmente atrasado devido à desastrada disputa entre geógrafos para estabelecer se o país era uma ilha ou um continente.
Autoevidente = Evidente para si e para mais ninguém.





Eu, Álison

Romeu disse:

- Você acha mesmo que o amor é uma coisa agradável, Mercúcio? O amor é duro e brutal. Fere como espinho.







Eu, Álison

domingo, 14 de julho de 2013

A busca é individual

A busca não é coletiva.


Eu não digo para você o que você tem que fazer. Eu digo para mim aonde eu tenho que chegar.







Eu, Álison

You and I

This is a portrait of the tortured you and I.









Eu, Álison

Que eu mostro-te quem eu sou

Eu estive lá com você naquela noite em que estava sozinha.
Naquela noite que passou pensando.
Naquela noite que chorou de medo.
Naquela noite que ficou sonhando.

Eu estive lá com você naquela noite em que ficou escrevendo.
Naquela noite que esteve com raiva.
Naquela noite em que chorou de saudade.
Naquela noite que passou acordada.

Eu estive lá com você naquela noite em que esteve lendo.
Naquela noite que pensou na vida.
Naquela noite em que chegou ao limite.
Naquela noite em que eu te disse:
Mostra-me quem tu és
Que eu mostro-te quem eu sou. De verdade.
E hoje somos um.






Eu, Álison

Perder a graça de viver



O suicídio não acaba com os problemas da sua vida, só impede que você possa resolvê-los.







Eu, Álison

Quem sabe?

Não pode se culpar pelo que estava acontecendo na cabeça dele. 


Quem sabe o que ele pensava? Quem sabe o que se passava com ele?






Eu, Álison

sábado, 13 de julho de 2013

Não é uma escolha

Sentir medo não é uma escolha, mas resta-me rir do impossível e esperar o dia amanhecer. É difícil encarar essas pessoas nos olhos, mas eu faço o mesmo que eles. Eu os desafio a me decifrarem.








Eu, Álison

Ser modelo

É uma profissão muito nobre, já que você precisa de muita inteligência e perspicácia para vestir uma roupa e... O que eles fazem mesmo? Ah, lembrei, eles andam, durante 30 segundos em uma passarela e ganham um rio de dinheiro.
Tem os modelos fotográficos também, mas eles não se dão ao trabalho de andar. Eles só ficam parados enquanto alguém tira fotos deles. Que patético...


É uma vida miserável.






Eu, Álison

É sempre limitada



O mais importante é: o mundo não é simples de entender; não temos conhecimento dele: temos apenas uma pequena parcela de conhecimento, e nossa visão é sempre limitada, condicionada e, provavelmente, errada. Minha visão do mundo é aquilo que eu consigo perceber.






Eu, Álison

Completamente diferente

Supostamente o artista é aquele que desenvolve em linguagem aquela problemática que transcendentalmente o angustia. O artista é, supostamente, uma pessoa que vai além.
Um artista é uma pessoa que tem o maior índice de sensibilização. É capaz de captar as coisas da melhor maneira; é capaz de agredir as coisas porque lhe desagradam; é alguém que defronta o universo com um olhar crítico.
Arte é algo mais do que equilibração de forma ou de cor agradável. Arte é muito mais do que isso. É uma conscientização do homem perante o seu universo naquele momento. Artista é alguém que tem condições de penetrar um pouco mais e de fazê-lo insatisfeito, porque a arte é uma insatisfação. A arte deixa a pessoa insatisfeita, porque ela quer mais, deseja penetrar em seu mundo... Quem já experimentou isso não se conforma em ser uma pessoa quadradinha, bonitinha, dentro dos padrões que se esperam dela. De certa maneira, um artista é um rebelde consigo mesmo e com o mundo.

Conhecer o mundo não é apenas senti-lo. Para isso poderíamos dizer que o processo perceptivo, em arte, apresenta alguma sequência. Primeiro, a sequência do aprender a ver - a aprendizagem do ver é uma das aprendizagens mais significativas no processo da arte. Segundo, é o compreender, que se mede muito mais naquilo que já se viu.

A mensagem do artista seria, possivelmente, uma visão nova do seu mundo; seria uma visão típica, uma visão que quer colocar perante os outros.
Cremos que se precisa aprender a perceber, a configurar, a integrar... Este é um trabalho pessoal, próprio do indivíduo. Não é um trabalho de grupo. Uma das características mais importantes de uma pessoa que se dedica à arte está justamente em sua capacidade de abrir perspectivas, especialmente para si e para os outros. E, talvez, abrindo perspectivas, a pessoa consiga realizar alguma coisa completamente diferente.






Eu, Álison

Não, eu não esqueci



Só não quero lembrar. - PC Siqueira






Eu, Álison

Até quando?

Até quando estarão nossos olhos fechados?
Até quando estarão nossos punhos cerrados?
Até quando estarão nossos braços cruzados?







Eu, Álison

Promessa é dívida

"Eu ainda vou te dar alguma coisa que te recompense por isso". 


Acho que cumpri minha promessa...






Eu, Álison

O orvalho da manhã

Agora ele anda por este bosque, aumentando com lágrimas o orvalho da manhã, suspirando fundo. Depois, quando volta para casa, ele fica trancado no quarto. Fecha inclusive as janelas para ficar na escuridão total.


E eles viveram tristes para sempre








Eu, Álison

Mas já faz tempo



Me disseram que se eu esperasse e deixasse o tempo passar, as coisas iam melhorar, mas já faz tempo que eu espero o tempo passar.







Eu, Álison

E sua mente enche-se de dúvida

[...] Esse estado pode durar dias ou semanas e durante esse tempo o indivíduo está em miséria mental e espiritual, e sua mente enche-se de dúvida, ceticismo, suspeitas, e mesmo inveja e ódio.








Eu, Álison

Para escapar

“Os melhores geralmente morrem por suas próprias mãos apenas para escapar e aqueles que ficam pra trás nunca conseguem compreender por que alguém iria querer escapar deles.” — Charles Bukowski







Eu, Álison

A última aurora

Pietra acorda, não com o rosto inchado, comum nos sonolentos, mas com um rosto vazio. Mais um dia começa. Mais um tormento tem início. Ninguém, por mais sábio que fosse, saberia responder como ela suportava tudo aquilo.
Depois de levantar, Pietra olhava a claridade do sol passar pelos vidros de sua janela. Aquela era a única luz que existia em sua vida. A única que iluminava seu corpo. Às vezes, tomava uns goles de água. Nas outras, se contentava em somente se levantar. Lavava o rosto, aparentemente cada vez mais abatido, via seus olhos no espelho, mas não via seu reflexo, pois já não havia mais brilho neles, apesar da pouca idade que tinha. Comia algo que a mantinha em pé por algumas horas e saía para caminhar, sem destino certo e sem saber o que iria acontecer após o próximo passo.
Pietra não tinha emprego, mas passava pouco tempo em casa. Um morador de rua, homem que passava dia e noite fazendo o papel de vizinho desconhecido de Pietra e que mantinha sua residência improvisada ao lado da casa da jovem, sempre a via sair, normalmente pela manhã, e somente a avistava de novo quando retornava, já no final da tarde. Pietra voltava para casa somente para comer alguma coisa, mas nunca demorou mais que alguns minutos. Logo após, saía novamente, no início da noite, e voltava somente pouco antes da alvorada. O humilde vizinho, apesar de sua condição e de sua baixa instrução, já havia notado que o rosto da moça não era como os outros. O dela era especialmente tranquilo, como se não houvesse nada por trás dele. Sem emoções, sem desejos, sem sequer um raio de vida. Era só um rosto. Um rosto como nenhum outro.
Pietra andava lentamente durante suas idas e vindas pela cidade. As pessoas pensariam que era devido ao estresse e o cansaço causados por uma rotina de trabalho e estudos, mas ninguém sabia que ela não tinha emprego, muito menos que não estudava. O motivo de Pietra andar a passos lentos era de que não havia um lugar aonde ela quisesse chegar. Não havia um objetivo a alcançar. Nada havia nada que a fizesse correr, que a fizesse querer viver.
Nesse dia, que parecia pior que os outros, que parecia mais insuportável que os outros anos de sua vida, Pietra parecia um corpo vivo, mas que perdera a vida. O morador de rua percebeu tudo isso quando a viu pela manhã. Ele notou que Pietra havia saído mais cedo do que o normal. Com a mesma roupa de sempre, com o mesmo cabelo bagunçado de sempre, com os mesmos passos lentos de sempre, ela partiu. Mas hoje ela sabia o que ia acontecer e isso dava a ela uma tranquilidade nunca antes sentida. Depois de alguns dias sem retornar, ele ouviu alguns vizinhos comentando de que ela devia ter ido para a casa de algum familiar, mas sabia que não era verdade. Pietra encontrou seu caminho. Ela tinha ido acabar com sua dor.
Foi a última vez que o humilde morador viu a moça. Em um papel escrito por Pietra, encontrado no chão de sua casa, lia-se: "Está tudo bem agora".







Eu, Álison

Minha vida se resume a três versos

Ó, vós, na possessão de tão robustos intelectos
Observai os ensinamentos que se escondem
Sob o véu destes estranhos versos.

Dante Alighieri, A Divina Comédia, canto IX, versos 61, 62 e 63.








Eu, Álison

domingo, 7 de julho de 2013

Ela é uma gota cristalina

Num oceano de ruídos.


Acho que ela vai ser alguém que ninguém vai entender...








Eu, Álison

Hoje é aniversário do Cal Lightman

Mas nem vou escrever mais nada, porque tudo o que eu tinha para falar eu já falei. 


Olhos que enxergam
O silêncio que fala
Observe-nos agora
Falar sem dizer nada
Voz nenhuma se faz necessária
Pois foi tudo dito





Eu, Álison

Dos males, o menor

"Mesmo que a pessoa me veja com maus olhos e mesmo que não goste do que eu fiz, prefiro sofrer sabendo que ela está bem do que viver sabendo que não fiz o que devia ter feito".










Eu, Álison

É a última vez

Você tem muito
Uma casa, uma roupa
Eu tenho nada
Uma ponte, um papelão
Você vive sua bela vida
Eu sobrevivo minha quase vida
Você aproveita sua felicidade, mesmo no frio do inverno
Eu aproveito a tristeza, mesmo no calor do sol
Você não luta, mas consegue vencer
Eu sempre luto, mas não consigo parar de sofrer
Espero que você aproveite tudo
E alcance a aurora da vida
Eu, demasiadamente impaciente
Vou-me antes







Eu, Álison

Dez sinais de que você pode ser um fundamentalista

10 - Nega vivamente a existência de milhares de deuses adorados por outras religiões, mas fica irado quando alguém nega a existência do seu.
9 - Sente-se insultado e menos humano quando os cientistas dizem que nós evoluímos a partir de outras formas de vida, mas não tem nenhum problema com a afirmação de que fomos criados com barro.
8 - Zomba dos politeístas, mas não vê nenhum problema em crer que três pessoas são um só deus e não três deuses.
7 - Chega a ficar corado de raiva quando ouve as "atrocidades" atribuídas a Alá, mas não vacila quando ouve como Deus massacrou os bebês egípcios no "Êxodo" e como ordenou a eliminação de grupos étnicos inteiros em "Josué", incluindo mulheres e crianças.
6 - Debocha das crenças indianas que deificam os humanos e de que os deuses gregos se deitassem com mulheres, mas não duvida em crer que o Espírito Santo engravidou Maria, a qual gerou um homem-deus que foi assassinado, ressuscitou e ascendeu aos céus.
5 - Está disposto a passar a vida buscando falhas na idade da Terra estimada pela ciência (uns milhares de milhões de anos), mas não vê nada de incoerente em crer em datas registradas por tribos da Idade do Bronze que sentavam em suas tendas e especulavam com uma Terra de umas poucas gerações de idade.
4 - Acha que toda a população do planeta, exceto aqueles com crenças compartilhadas, sem contar aos das seitas rivais, passarão a eternidade num inferno de sofrimento infinito. E ainda assim considera a sua religião a mais "tolerante" e "amável".
3 - A ciência moderna, a História, a Geologia, a Biologia e a Física não conseguem convencê-lo, porém ver uma pessoa se debatendo no chão e falando aramaico ou outra língua antiga é toda a evidência que precisa para provar a cristandade.
2 - Define 0,01% como uma elevada taxa de sucesso quando se trata de prece ouvida ou milagre alcançado. Considera que é uma prova de que a oração funciona. E acha que os 99,99% restante de falhas devem-se simplesmente à vontade divina.
1 - Em muitos casos desconhece a solidariedade e normalmente sabe muito menos que muitos ateus e agnósticos sobre a Bíblia, a cristandade e a história da Igreja, e ainda assim quer ser chamado de cristão.








Eu, Álison

Fazendo algo novo

Há momentos em que precisamos nos posicionar contrariamente, numa atitude bem radical, se quisermos ser coerentes conosco mesmo; não se constrói o mundo, de maneira nenhuma, com meios termos; não se cria de maneira genial contemporizando com uma estética anterior. A pessoa que realmente cria é aquela que tem a convicção de que está fazendo algo novo, e para fazer algo novo é necessário contestar o antigo, por muito bom que seja.







Eu, Álison