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domingo, 13 de julho de 2014

Aborreciam sua mentalidade



Todas as emoções, particularmente o amor, aborreciam sua mentalidade admiravelmente equilibrada, fria e severa. Creio mesmo que ele era a mais perfeita máquina de raciocinar e observar que o mundo já viu, porém como namorado ficaria numa posição falsa. Nunca falava de emoções sentimentais e não ser como pilhéria e com desdém. Achava que era admirável ver isto nos humanos e excelente desculpa para cobrir os motivos e ações humanas. Mas, para um calculista como ele, admitir tais intrusões em seu fino, delicado e tão ajustado temperamento, seria como introduzir um fator de perturbação que poderia criar dúvidas em suas conclusões mentais.








Eu, Álison

sábado, 14 de junho de 2014

Mal sabia ele

Que alcançaria seu milagre.


"É um milagre que um homem tenha observado, lido e escrito tanto em uma única vida". - Kenneth Clark sobre Leonardo da Vinci.






Eu, Álison

domingo, 8 de junho de 2014

Para um grande espírito

O autor pretendia que uma expressão momentânea, o repuxar de um músculo ou um revolver de olhos eram o bastante para sondarem-se os pensamentos mais íntimos de um homem. Segundo ele, era impossível iludir a observação e análise de quem nelas se exercitasse com método e afinco. E os resultados seriam de tal maneira surpreendentes para os leigos que, antes de aprenderem eles os processos pelos quais o observador os obtivera, haviam de considerá-lo como um adivinho.


Não obstante, após a recente e extraordinária prova da rapidez das suas capacidades perceptivas, eu não duvidava que ele pudesse ver muitas coisas invisíveis para mim.

Se eu o puser muito ao corrente do meu método de trabalho, você chegará à conclusão de que, afinal de contas, sou um indivíduo como outro qualquer.
- Isso não acontecerá, repliquei. - Seus estudos levaram a investigação à altura de uma ciência exata e jamais serão superados.
Meu companheiro enrubesceu de satisfação ante essas palavras e o tom convicto em que eu as pronunciara. Não me havia escapado que ele era tão sensível aos elogios feitos à sua arte quanto uma menina a respeito de sua boniteza.

- Não pensei que o tivesse notado, murmurou ele. - Estava lá?
- Não.
- Ah! exclamou o funcionário com evidente alívio. Nunca se deve desperdiçar uma oportunidade, por pequena que seja.
- Para um grande espírito nada é pequeno, observou Holmes sentenciosamente.






Eu, Álison

sábado, 10 de maio de 2014

Só tem um problema

“Loucura?! Mas afinal, o que vem a ser a loucura? Um enigma... Por isso mesmo é que às pessoas enigmáticas, incompreensíveis, se dá o nome de “loucos”. Pelo contrário, um reduzido número de indivíduos vê objetos com outros olhos, chama-lhes outros nomes, pensa de maneira diferente, encara a vida de modo diverso. Como estão em minoria... São doidos. O meu amigo não pensava como toda a gente... Eu não o compreendia: chamava-lhe doido... Eis Tudo".






Eu, Álison

sábado, 22 de março de 2014

Pois eu vos digo:



 "Mas, bem-aventurados são os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem." - Mateus 13: 16.






Eu, Álison

sábado, 15 de fevereiro de 2014

De me olhar devagar



Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que eu sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente já me olhou depressa demais.







Eu, Álison

sábado, 23 de novembro de 2013

Jon também notara

Um bastardo tinha de aprender a reparar nas coisas, a ler a verdade que as pessoas escondiam por trás dos olhos.









Eu, Álison

sábado, 16 de novembro de 2013

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Tem olhos, mas não vê

Syrio deu um passo para trás.
- Agora está morta.
Arya fez uma careta.
- Você me enganou - disse com veemência. - Disse esquerda e foi pela direita.
- Precisamente. E agora é uma garota morta.
- Mas você mentiu!
- Minhas palavras mentiram. Os olhos e o braço gritaram a verdade, mas você não estava vendo.
- Estava sim - Arya rebateu. - Observei-o segundo a segundo!
- Observar não é ver, garota morta. O dançarino da água vê. Anda, deixe a espada, agora é hora de escutar.
Arya o seguiu até junto da parede, onde ele se instalou num banco.
- Syrio Forel foi a primeira espada do Senhor do Mar de Bravos, mas saberá você como isso aconteceu?
- Você era o melhor espadachim da cidade.
- Precisamente. Mas por quê? Outros homens eram mais fortes, mais rápidos, mais jovens. Por que Syrio Forel era o melhor? Vou lhe dizer - tocou ligeiramente a pálpebra com a ponta do mindinho. Ver, ver realmente, é o coração de tudo. Escute-me. Os navios de Bravos navegam até tão longe quanto os ventos sopram, até terras estranhas e maravilhosas, e, quando regressam, seus capitães trazem animais bizarros para a coleção do Senhor do Mar. Animais como você nunca viu, cavalos listrados, grandes coisas malhadas com pescoços longos como pernas-de-pau, ratos-porcos peludos do tamanho de vacas, manticoras com espinhos, tigres que transportam as criam numa bolsa, terríveis lagartos que caminham com foices no lugar das garras. Syrio Forel viu essas coisas. No dia do qual falo, a primeira espada tinha morrido havia pouco tempo e o Senhor do Mar mandou me chamar. Muitos espadachins tinham sido levados à sua presença e a todos mandara embora, sem que nenhum soubesse por quê. Quando foi a minha vez, encontrei-o sentado com um gordo gato amarelo ao colo. Disse-me que um dos capitães lhe tinha trazido o animal de uma ilha para lá do sol nascente. "Já viu algum animal como ela?", ele perguntou. E eu lhe respondi: "Todas as noites, nas vielas de Bravos, vejo mil como ele", e o Senhor do Mar riu e nesse mesmo dia fui nomeado primeira espada.
Arya contraiu o rosto.
- Não entendi.
Syrio rangeu os dentes.
- O gato era um gato comum, nada mais. Os outros esperavam um animal fabuloso, e era isso que viam. Era tão grande, diziam. Não era maior que qualquer outro gato, tinha apenas engordado devido à indolência, pois o Senhor do Mar o alimentava de sua própria mesa. Que curiosas pequenas orelhas possuía, diziam. Suas orelhas tinham sido roídas em lutas entre crias. E era claramente um macho, mas o Senhor do Mar dizia "ela", e era isso que os outros viam.
Arya refletiu sobre aquilo.







Eu, Álison

domingo, 3 de novembro de 2013

Ele não disse nada

Leonardo foi chamado para ajudar Arthur, um homem que havia sofrido um grave acidente. Ele tinha ficado seriamente ferido e acabou completamente paralisado, apesar de conseguir manter-se consciente. O único movimento que lhe restou foram o dos olhos. Os médicos estavam surpresos por ele ter conseguido sobreviver e não achavam uma explicação para o fato de ele ainda estar vivo dado a gravidade de seu acidente, mas não contaram nada a sua amiga Gillian, que permanecia constantemente junto dele e que, apesar de também ter participado do acidente, não havia sofrido ferimentos graves.
Leonardo não foi escolhido por acaso para ajudar Arthur, mas sim foi escolhido porque não era uma pessoa normal. Leonardo era um mestre em ler expressões faciais. Os mínimos movimentos, os menores detalhes, os gestos mais simples. Leonardo via tudo. Havia pessoas que achavam que o que ele fazia era um truque, ou que ele tinha algum tipo de poder, pois era a única explicação para o que ele conseguia fazer. Ele já fazia isso há anos e foi chamado porque era reconhecido como o melhor no que fazia.
Chegando ao hospital, ele encontrou Arthur em seu leito e Gillian a seu lado, ainda mais angustiada com a situação por não conseguir compreender o que o amigo estava sentindo ou o que queria dizer. Leonardo explicou como ajudaria a pobre moça.
- Eu leio expressões faciais. Fale com seu amigo e vou dizer o que ele está sentindo. Quase sem querer, Leonardo leu as expressões do rosto da moça e viu que ela acreditava no que ele estava dizendo, apesar de nunca ter tido contato com alguém como ele. Ela começou.
- Como está se sentindo? - perguntou a Arthur, e imediatamente olhou para Leonardo, esperando uma resposta. - O que ele disse?
- Ele está feliz em vê-la - disse Leonardo. - Suas pupilas se dilataram. É sinal de felicidade por ter ficado esse tempo todo com ele. Leonardo também tinha lido dor no rosto do homem, mas achou desnecessário dizer isso à Gillian. Ele olhou novamente para o homem e percebeu que suas expressões pareciam fracas, preocupantemente fracas. Pareciam estar sem a clareza que normalmente apresentariam. Ele parecia estar esperando por algo.
A moça esboçou um sorriso pelo que Leonardo disse, apesar de continuar triste pela condição de seu amigo. Nesse instante, um médico entrou na sala trazendo vários exames que Gillian tinha feito por causa do acidente. Disse a ela que não corria perigo e que ela ficaria bem. Precisava apenas descansar. Leonardo olhou novamente para Arthur e disse à Gillian:
- Veja! – falou.
- O que ele disse? – perguntou ansiosamente a moça.
- Ele gostou muito de ouvir isso. Está demonstrando que está contente por saber que você não se machucou e que logo estará bem. Olhou mais uma vez para Arthur e repentinamente baixou a voz de uma maneira que até mesmo quem não estava familiarizado com a leitura de expressões faciais poderia saber o que ele demonstrava. Por fim, falou:
- Ele está tranquilo agora.
- Como você sabe? O que ele disse? – quis saber a moça desesperadamente, pensando que isso talvez demonstrasse algum sinal de melhora.
Tristemente Leonardo olhou para Gillian e falou:
- Ele não disse nada. Eu sinto muito.







Eu, Álison

sábado, 26 de outubro de 2013

E tu

Que lê-me com teus olhos, o que viu primeiro?


Os escombros da minha alma ou que eu estava sob eles?
Os pedaços da eternidade ou os flocos do meu gênio?
Talvez os labirintos de vento.
Talvez os murmúrios do silêncio.






Eu, Álison

sábado, 5 de outubro de 2013

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Nunca ambos

- Não poderia ter me contado o motivo disso?
- Não. Você é uma péssima mentirosa. 
- Pessoas normais acham que isso é uma coisa boa.
- Quer dizer que não sou normal?
- Boa noite...
[...]
- O chefe executivo está no telefone. O que diremos sobre o congressista?
- Nada. 
- Então vamos deixar ele destruir a carreira? Basicamente, vamos mentir?
- Basicamente não...
- Você mente para sua sócia sobre o marido. Mente para as pessoas que nos contratam. Por que eu deveria acreditar em você?
- Acredite no que quiser. É o que todo mundo faz.


Lie to Me, 01x01, Piloto.






Eu, Álison