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domingo, 12 de outubro de 2014

Somos programados

Moça, sai da sacada, você é muito nova pra brincar de morrer. Me diz o que há, o que que a vida aprontou dessa vez.
Venha, desce daí, deixa eu te levar pra um café, pra conversar, te ouvir e tentar te convencer.
Moça, não olha pra baixo, aí é muito alto pra você se jogar. Vou te ouvir, e tentar te convencer. Somos programados pra cair...
E a morte é como pai que bate na mãe e rouba os filhos do prazer de brincar como se não houvesse amanhã.
Mas tudo bem, nem sempre estamos na melhor.
Moço, ninguém é de ferro. Somos programados pra cair.






Eu, Álison

sábado, 26 de julho de 2014

Só a arte me amparou!

Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas ações; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.
Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou! — Ludwig van Beethoven, Testamento de Heilingenstadt, 6 de Outubro de 1802.







Eu, Álison

domingo, 20 de julho de 2014

Decidiu-se pela primeira

Ao longo da vida do escritor [Ernest Hemingway], o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita frequência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros. Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, o atormentava com a sua personalidade dominadora. Ela enviou-lhe pelo correio a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, atônito, não sabia se ela queria que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como lembrança. Aos 61 anos e enfrentando problemas de hipertensão, diabetes, depressão e perda de memória, Hemingway decidiu-se pela primeira alternativa.






Eu, Álison

domingo, 6 de julho de 2014

domingo, 18 de maio de 2014

Quer jogar?

Muita gente já ultrapassou a linha entre o prazer e a dependência. 


E a loucura que faz o cara dar um tiro na cabeça.






Eu, Álison

domingo, 6 de abril de 2014

I'm hollow

"... Mas ajo como autômato e, quando me dirigem a palavra, elas me parecem ressoar no vazio. Meu maior tormento provém do pensamento do suicídio do qual não posso me livrar um minuto. Há um ano sou vítima dessa impulsão, que era, a princípio, pouco pronunciada. Mas há dois meses ela me persegue em todos os lugares, e, no entanto, não tenho motivo algum para me suicidar...".






Eu, Álison

sábado, 22 de março de 2014

É o contraste


 
"Deixa-se ficar, durante horas inteiras, imóvel, com os olhos fixos no chão, com o peito oprimido e no estado de uma pessoa que teme um acontecimento sinistro. Na firma resolução de se jogar no rio, procura os lugares mais afastados para que ninguém possa vir socorrê-la".







Eu, Álison

sábado, 15 de março de 2014

Querido Leonard

Para olhar a vida de frente. Sempre... Para olhar a vida de frente, e entendê-la pelo que ela é. Finalmente entendê-la e amá-la pelo que ela é. E então... Abandoná-la.
Leonard, sempre os anos entre nós.
Sempre os anos. Sempre o amor.
Sempre... As horas.







Eu, Álison

sábado, 15 de fevereiro de 2014

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Boa noite amor

Acho que posso ir agora. Só precisava fazer algumas coisas. Precisava ajudar alguém, e ajudei. Só precisava dizer uma coisa. Sempre foi a primeira... Sempre. Agora durma. Tudo vai ser diferente amanhã.


Nunca vai conhecer alguém como eu, assim como nunca conheci alguém como você... Nunca.







Eu, Álison

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Apenas duas cartas


Leonardo foi encontrado morto às 5: 22 da manhã. Com ele não foram encontrados nenhum tipo de arma, nenhuma faca ou objeto cortante, nenhum vestígio de ingestão de veneno ou remédios. Em seu corpo não havia hematomas nem sinais de luta. Sua saúde era excelente. Nunca foi descoberto a causa da morte. Não foi confirmado nem ao menos se foi homicídio. Foi achado caído no chão de seu quarto. Não trazia consigo nenhum objeto em especial, apenas duas cartas que mantinha, mesmo depois de morto, perto de si, como que querendo protegê-las. Uma, que escrevera para seu irmão, e outra, que recebera de uma mulher com quem falara apenas uma vez. Nenhuma das duas cartas foi lida. Apenas se conhece seu conteúdo pelas poucas palavras escritas na parte de fora do envelope. Na endereçada a seu irmão lia-se “Não sei se vou conseguir. Preciso confessar-lhe um segredo”. Na outra, enviada por uma mulher e endereçada ao próprio Leonardo, lia-se “Me deixaste curiosa. Serei grata se puder vê-lo novamente”. Nos diários que foram encontrados no quarto de Leonardo, descobriu-se que ele mandaria a carta a seu irmão no dia seguinte. Descobriu-se também que Leonardo nunca teve coragem de ler a carta que recebera da mulher, pois, apesar de tê-la visto apenas uma vez, notou algo especial na mulher e por isso não era digno de lê-la. Apesar do comentário, Leonardo não diz nada sobre o que era tão especial na mulher. As pessoas que encontraram Leonardo decidiram não ler nenhuma das duas cartas. Elas foram enterradas com ele no dia seguinte. Seu irmão nunca ficou sabendo o que Leonardo queria lhe confessar. Também não se sabe quais as intenções da mulher para com Leonardo, nem o que a fez se interessar tanto nele.
Leonardo manteve diários por quase toda vida. Escrevia sobre tudo. Sobre as pessoas que conhecia, sobre seu irmão, sobre seu trabalho, seus passatempos, planos para o futuro. Lendo-os, uma pessoa poderia conhecer Leonardo muito bem, mas não há, em lugar algum, sequer uma frase sobre o que ele escreveu na carta para seu irmão ou sobre a mulher que conhecera tempos atrás. Leonardo relata até as coisas mais simples, como um gato de estimação que teve durante um longo período, mas sobre as cartas não há sequer um rascunho. É como se elas não existissem. Ou como se fosse isso que Leonardo quisesse que pensássemos.







Eu, Álison

domingo, 22 de dezembro de 2013

A loucura me salvou

Tal é a força da escrita: abolir o tempo, suprimir as distâncias, reunir os opostos.

Para Virginia, "escrever é um inferno", e ela não esconde de sua amiga Violet que "às vezes fica horas e horas diante de uma lareira sem fogo, com a cabeça entre as mãos".
De agora em diante, Virginia conhecerá apenas estados paroxísticos, oscilando continuamente entre a exaltação e o desespero. Quando afirma estar feliz, será sempre com "aquela impressão de um meio fio estreito na borda de uma calçada que dá em um precipício". Cada novo livro será um mergulho em águas profundas na qual a romancista não hesitará em colocar sua vida em perigo.
Aquela que escreve em seu Diário "quando escrevo não passo de uma sensibilidade" teme mais do que qualquer pessoa o período que segue a criação propriamente dita.

Entretanto, em 16 de janeiro de 1936, enquanto corrige as provas de Os Anos, encontra-se novamente à beira do precipício aniquilada por um sentimento de fracasso irremediável.

Nunca me senti tão infeliz quanto ontem à noite [...]

Essa mulher tão perfeitamente feliz num dia e tão desesperadamente deprimida no outro conservou um talismã de sua infância que guardará preciosamente durante toda sua vida. Esse, apesar de não a salvar, irá ajudá-la nos momentos mais difíceis.
Os Stephen têm comum o vício impune da leitura. Têm também, como se fosse um gene transmissível, um certo gosto pela escrita.

Durante seus trinta anos de escrita, Virginia conhecerá somente condições estremas, indo da euforia mais comunicativa ao abatimento mais preocupante. Com A Viagem, entra para a literatura e assina um pacto consigo mesmo que lhe parece proibir qualquer forma de acesso à felicidade.

Em maio de 1895, Julia Princep se retira na ponta dos pés do quadro de cores vibrantes da infância. Para a família Stephen, é um verdadeiro terremoto. Para Virginia, menininha de sensibilidade exacerbada, o fim de toda possibilidade de felicidade.

Virginia, por sua vez, observa. Espectadora de um mundo na qual não consegue tomar parte, vive o início de um sentimento de ausência que não a deixará mais.

A jovem Virginia grava tudo sem conseguir se deixar levar por uma emoção cuja violência a aniquilará.

O que a morte de Julia Stephen revela é uma propensão à instabilidade psíquica com a qual Virginia deverá lidar toda sua vida.

Estar louca, Ou, pior ainda, que os outros a achem louca: esse é o pavor dessa mulher que lutará corajosamente toda sua vida contra sintomas que cada um vai querer ligar a um nome. Histeria. Psicose. Depressão.

A morte da qual sou perpetuamente consciente [...] se aproxima tão rápido!

Alguns meses depois de seu casamento, Virginia Woolf fica gravemente doente. Sua recusa em alimentar-se e suas dificuldades de conseguir dormir inquietam os próximos. Chamaram o médico que, entre outras recomendações de praxe, prescreve-lhe  barbitúrico, um sedativo potente. Alguns dias mais tarde, ela força voluntariamente a dose e quase morre.

Virginia sente-se "acorrentada a um rochedo, coagida à inação, condenada a deixar cada preocupação, cada rancor, irritação ou obsessão atacá-la persistentemente com unhas e dentes".
Seu desespero, contido nos primeiros anos, acaba pouco a pouco por explodir.

Em 1922, anota a contragosto em seu Diário:

O único interesse que as pessoas têm por mim como escritora vem, estou começando a me dar conta, de minha personalidade estranha. 

É o preço da glória. O início da lenda. Lenda que não quer ver em Virginia outra coisa além de uma mulher melancólica e suicida. Frágil e cortada do mundo. Fantasiosa e instável.

Longe da agitação da capital, a romancista experimenta com sensualidade as delícias do campo e pode se entregar com toda a tranquilidade à sua ocupação preferida. Ali, tudo é ordem, calma e volúpia.

Leonard, por sua vez, que sempre tem uma inclinação ao pessimismo, torna-se simplesmente lúgubre. "As pessoas continuarão a morrer, e assim até a nossa própria morte", confia à sua mulher.

Por que as depressões crônicas dessa mulher, suas repetidas tentativas de suicídio e seus acessos de demência foram retidos em vez da extraordinária coragem que ela demonstrou para conseguir realizar sua obra, tão rica e complexa, apesar de sua "doença sinistra"? Por que ter destacado sua fragilidade, ao passo que é precisamente sua força que é impressionante? Depois de cada crise, que a deixa num estado extremo de deterioração física e psicológica, Virginia Woolf encontra ainda e sempre a força para comprometer-se novamente com uma nova tarefa.Seja em 1913, quando termina seu primeiro romance, apesar de seu estado de saúde que pede internação. Seja em 1918, quando começa Noite e Dia com o único objetivo de manter a cabeça fora d'água entre dois períodos de imersão na demência. Seja em 1930, quando escreve As Ondas e vê novamente surgir os signos indicadores da depressão. Seja em 1936, quando termina Os Anos e que atravessa uma crise de desespero cuja violência lhe lembra o fim esgotante de A Viagem. De cama, emagrecida, pálida, vítima de alucinações, de dores de cabeças assustadoras, Virginia Woolf persiste.

A escrita é a única saída que essa mulher, que se define como "uma melancólica de nascimento", encontrou para salvar-se. Cada livro é uma vitória sobre a doença. Um combate contra as trevas das quais sai sempre vitoriosa, mas raramente aliviada.
Com Os Anos, os sintomas da depressão vêm à tona novamente. "Escrever é um esforço, escrever é o próprio desespero", anota em seu diário sobre "esse livro interminável".

O mesmo medo de não ser capaz de expressar uma emoção que parece ocultar propositalmente a extensão de sua dor.

Como se o desaparecimento de seu amigo tivesse definitivamente quebrado algo dentro dela.
"Como se nos chocássemos contra um muro. Um tal silêncio. Um tal empobrecimento. Quantas coisas ele irradiava".
"Lutamos todos com os nossos cérebros, nossas paixões e todo o resto, e tudo isso para sermos vencidos", anota em seu Diário em um dia de desespero.

O que resta? Em que se agarrar? Tudo não passa de desolação. Mesmo a escrita do Diário não parece mais oferecer consolo. Em 29 de dezembro de 1940, essa constatação lapidar: "Todo desejo de continuar esse Diário me abandona".
Lytton Strachey, Katherine Mansfield, Roger Fry, todos seus melhores amigos se foram. Apenas Virginia, soldadinho valente, continua lutando com as palavras. Um embate que a cada dia lhe parece mais inútil.

Enquanto tem consciência de estar tomada pela doença, tenta, mais uma vez, para mantê-la longe, examinar a loucura sob o ângulo do estudo. Mas, pela primeira vez, essa vontade que tanto pôs à prova e que lhe permitiu que se mantivesse à beira do abismo, não responde mais. Alguma coisa se rompeu. Definitivamente.

Para Virginia, o pesadelo recomeça. As visões. As alucinações. As eternas recomendações que nunca serviram para nada além de isolá-la um pouco mais nesse mundo opaco e frio no qual ela sente que está sendo inexoravelmente enterrada.
"Lutei tanto quanto pude, mas não consigo mais". Ninguém poderá salvar Virginia Woolf. Pela primeira vez, Leonard chegará tarde demais.

No dia 28 de Março de 1941, após ter um colapso nervoso, Virginia Woolf suicidou-se.




Eu, Álison

sábado, 14 de dezembro de 2013

Metafisica do Amor

Já na troca dos olhares cheios de desejos se ilumina uma vida nova, anuncia-se a individualidade futura, criação completa e harmoniosa. Aspiram a uma união afetiva, a uma fusão em único ser; o ser que vão gerar será o prolongamento da sua existência, a plenitude, e nele as qualidades hereditárias dos pais unidas em um único ser, continuam a viver.

Quando o amor é dirigido a um único ser e atinge grau muito elevado de intensidade, se não puder ser satisfeito, todos os bens do mundo e a própria vida perdem o valor. É uma paixão de uma força inigualável, que não para diante de nenhum sacrifício, e se não conseguir se realizar, pode levar à loucura ou ao suicídio.

Só a espécie tem vida infinita e só ela é capaz de desejos, satisfações e dores infinitos. Mas estes estão encerrados no estreito peito de um mortal - portanto, não é de espantar que ele pareça despedaçar e não conseguir exprimir o pressentimento da delícia ou dor infinitas que o invade.
É justamente essa a fonte de toda poesia erótica de gênero elevado, que eleva-se em metáforas transcendentes que pairam muito acima das coisas terrenas.

Do mesmo modo, a perda da amada, para a morte ou um rival, é também sentida pelo amante enamorado como uma dor maior que todas as outras, precisamente porque é uma dor de natureza transcendente, visto que o atinge não apenas como indivíduo, mas em sua essentia aeterna, na vida da espécie, em cuja vontade e missão ele estava encarregado de realizar.

Essa missão que a vontade, zelando pelos interesses da espécie, impõe ao enamorado, apresenta-se à consciência deste sob a máscara de uma infinita bem aventurança, que seria alcançada na união com a mulher amada. Nos graus supremos da paixão, essa quimera é tão radiante que, se não puder ser realizada, a própria vida perde todo o encanto e torna-se tão isenta de alegria e insípida, que o desgosto causado por ela supera até mesmo o medo da morte; por isso, às vezes, um infeliz põe fim voluntariamente a seus dias.

O indivíduo é, aí, uma vaso por demais frágil para conter o desejo infinito da vontade da espécie concentrada em um objeto determinado. Não tem, então, outra saída senão o suicídio e, por vezes, até o duplo suicídio de ambos os amantes.







Eu, Álison

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

E enfim estaria bem

Se você estivesse pensando claramente, 
perceberia que aquela cidade acabou com sua vida.


Se eu estivesse pensando claramente, não teria mais vida alguma.






Eu, Álison

domingo, 24 de novembro de 2013

sábado, 31 de agosto de 2013

É preferível morrer a sofrer tanto

Muitas vezes, a pessoa deprimida fala em suicídio porque se sente vazia e inútil devido à raiva que imobilizou seu ego. Quando o ego fica limitado a desempenhar suas funções necessárias, a reação do ego - depressão - vem acompanhada de inutilidade e autodepreciação. Durante esses períodos de autodepreciação, a pessoa deprimida pode tentar se autodestruir, exacerbando, assim, ainda mais sua sensação de inutilidade. Ela, muitas vezes, fica mais deprimida quando os outros sentem pena dela por causa do seu estado. Quanto mais pena sentem dela, pior ela se sente, pois não é fácil expressar a raiva contida diante de amigos bem intencionados.
Portanto, uma pessoa extremamente deprimida, pode suicidar-se, porque seu ego está tão carregado de raiva destruidora que ela conclui que é preferível morrer a sofrer tanto. Assim, não é raro uma pessoa deprimida suicidar-se para acabar completamente com a raiva de seu ego - uma solução final irracional para seu problema. A pessoa, geralmente, se suicida antes ou depois do período crítico da depressão, pois durante o período mais intenso ela está imobilizada demais para fazer qualquer coisa. Ela pode se matar antes da fase crítica da depressão, prevendo a angústia que vai sentir, ou depois, para evitar o sofrimento que experimentou durante o período mais intenso da depressão. Portanto, a pessoa não se suicida, como seria de se esperar, enquanto está "doente", mas muitas vezes quando ninguém espera, quando todos acham que ele está começando a se recuperar.
Contudo, o ego tem outra alternativa além do suicídio: a psicose. Quando a sensação de depressão torna-se muito forte a ponto do ego ficar completamente imobilizado pela raiva reprimida, ele reage erigindo uma muralha ao seu redor para se proteger da raiva. Esta muralha, porém, não separa a pessoa só da raiva, mas também da realidade, de modo que ela se torna psicótica. Nesse estado, a pessoa pode ou não conseguir dar vazão à sua raiva. Se conseguir, ela pode tornar-se maníaca, com a extrema flexibilidade do ego que caracteriza a psicose maníaco depressiva.
Se o psicótico depressivo não consegue descarregar sua raiva, ele sofre, ao mesmo tempo, de uma depressão muito forte e da psicose. O paciente fica fechado, exibe um comportamento muitas vezes estranho e continua a sofrer grave depressão. Nesse momento, ela pode suicidar-se, achando que está se vingando do objeto ou da pessoa que perdeu. A solução que ela adota depende da organização e da força do seu ego. Geralmente, não se sabe o que a pessoa ou o objeto representava para ele e se desconhecem outros fatores, embora em alguns casos o psiquiatra possa compreendê-los após estudar o psicótico.







Eu, Álison