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domingo, 12 de outubro de 2014

Somos programados

Moça, sai da sacada, você é muito nova pra brincar de morrer. Me diz o que há, o que que a vida aprontou dessa vez.
Venha, desce daí, deixa eu te levar pra um café, pra conversar, te ouvir e tentar te convencer.
Moça, não olha pra baixo, aí é muito alto pra você se jogar. Vou te ouvir, e tentar te convencer. Somos programados pra cair...
E a morte é como pai que bate na mãe e rouba os filhos do prazer de brincar como se não houvesse amanhã.
Mas tudo bem, nem sempre estamos na melhor.
Moço, ninguém é de ferro. Somos programados pra cair.






Eu, Álison

I see things that nobody else see

Essa sua alma vazia nunca vai completar a de alguém.






Eu, Álison

domingo, 21 de setembro de 2014

Você já escutou o silêncio? - XI

Não é bom caminhar chorando


Não é bom caminhar chorando
Creio que seja deselegante
Podem achar que estás sofrendo
E tua dor é tamanha
Que já perdeste o controle

Creio que não seja recomendável
Nem socialmente correto
Pode causar espanto ou compaixão
Às vezes, repulsa
Melhor te comportares

Creio que é melhor nem saíres
Se for para ser assim
Fica em casa e espera
Até o choro cicatrizar
Até a dor acalmar
Até te conformares
Que não tens mesmo aonde ir
Que não tens para onde caminhar
Pois sempre estarás sozinho
Só com ela ao teu lado
Sempre junto, dentro de ti
Sempre companhia silenciosa
Sempre que caminhares
Então, para não entristecer tua saudade,
Creio que não seja bom caminhar chorando





Eu, Álison

sábado, 19 de julho de 2014

É sempre adeus

Rodoviárias não são bons locais para encontrar alguém. É nela que as pessoas vão iniciar seu percurso para ir embora. É sempre despedida, é sempre distância.







Eu, Álison

domingo, 13 de julho de 2014

We can't die because we're young

Come spend the night inside our soul
It's so beautiful, at all

 

You're afraid of who you are
Crying 'cause your father's gone






Eu, Álison

sábado, 28 de junho de 2014

O que pretendíamos dizer

I saw you yesterday
I didn't know that it would be the last time
You said my name, you walked away
A moments lost, but never once forgotten

I can not change that day
Go back erase what happened, ease the pain
There's none to blame, no steps to take
And even though we may not understand

But one day, I'll see you face to face
And we'll say things we meant to say
It's too late, for now, but not always
We'll meet again and then we'll start from these unfinished memories

Eu Te vi ontem. Não sabia que aquela seria a última vez. Você disse meu nome, você foi embora. Uns momentos perdidos, mas nunca esquecidos.
Eu não posso mudar aquele dia. Volte e apague o que aconteceu, alivie a dor. Não há ninguém a culpar, nem passos a dar. E embora nós não possamos entender.
Mas um dia te terei na minha frente. Então nós diremos as coisas que pretendíamos dizer. É muito tarde, por enquanto, mas não para sempre. Nos encontraremos de novo e então vamos começar dessas memórias inacabadas.






Eu, Álison

quarta-feira, 18 de junho de 2014

domingo, 18 de maio de 2014

A Última Alvorada

Pietra acorda, não com o rosto inchado, comum nos sonolentos, mas com um rosto vazio. Mais um dia começa. Mais um tormento tem início. Ninguém, por mais sábio que fosse, saberia responder como ela suportava tudo aquilo.
Depois de levantar, Pietra olhava a claridade do sol passar pelos vidros de sua janela. Aquela era a única luz que existia em sua vida. A única que iluminava seu corpo. Às vezes, tomava uns goles de água. Nas outras, se contentava em somente se levantar. Lavava o rosto, aparentemente cada vez mais abatido, via seus olhos no espelho, mas não via seu reflexo, pois já não havia mais brilho neles, apesar da pouca idade que tinha. Comia algo que a mantinha em pé por algumas horas e saía para caminhar, sem destino certo e sem saber o que iria acontecer após o próximo passo.
Pietra não tinha emprego, mas passava pouco tempo em casa. Um morador de rua, homem que passava dia e noite fazendo o papel de vizinho desconhecido de Pietra e que mantinha sua residência improvisada ao lado da casa da jovem, sempre a via sair, normalmente pela manhã, e somente a avistava de novo quando retornava, já no final da tarde. Pietra voltava para casa somente para comer alguma coisa, mas nunca demorou mais que alguns minutos. Logo após, saía novamente, no início da noite, e voltava somente pouco antes da alvorada. O humilde vizinho, apesar de sua condição e de sua baixa instrução, já havia notado que o rosto da moça não era como os outros. O dela era especialmente tranquilo, como se não houvesse nada por trás dele. Sem emoções, sem desejos, sem sequer um raio de vida. Era só um rosto. Um rosto como nenhum outro.
Pietra andava lentamente durante suas idas e vindas pela cidade. As pessoas pensariam que era devido ao estresse e o cansaço causados por uma rotina de trabalho e estudos, mas ninguém sabia que ela não tinha emprego, muito menos que não estudava. O motivo de Pietra andar a passos lentos era de que não havia um lugar aonde ela quisesse chegar. Não havia um objetivo a alcançar. Nada havia nada que a fizesse correr, que a fizesse querer viver.
Nesse dia, que parecia pior que os outros, que parecia mais insuportável que os outros anos de sua vida, Pietra parecia um corpo vivo, mas que perdera a vida. O morador de rua percebeu tudo isso quando a viu pela manhã. Ele notou que Pietra havia saído mais cedo do que o normal. Com a mesma roupa de sempre, com o mesmo cabelo bagunçado de sempre, com os mesmos passos lentos de sempre, ela partiu. Mas hoje ela sabia o que ia acontecer e isso dava a ela uma tranquilidade nunca antes sentida. Depois de alguns dias sem retornar, ele ouviu alguns vizinhos comentando de que ela devia ter ido para a casa de algum familiar, mas sabia que não era verdade. Pietra encontrou seu caminho. Ela tinha ido acabar com sua dor.
Foi a última vez que o humilde morador viu a moça. Em um papel escrito por Pietra, encontrado no chão de sua casa, lia-se: "Está tudo bem agora".





Eu, Álison

quinta-feira, 1 de maio de 2014

domingo, 20 de abril de 2014

You were watching all night long

You can't hurt me this time,
I'm prepared for anything
You won't get that close now
I'm protected from your lies
Knowing what you will bring me
Knowing that I want no more, more

When the snow was falling
I could see your footprints
Right outside my window
You were watching all night long
Standing there in the shadows
Whispering my name in your spell

Fells like yesterday now
I can see it all so clear
You were closer whispering
It's you and me that count right now
I thought that the voice I was hearing
Was so completely sincere

Years have passed since that day
My morning has come to an end
I know you're still out there
Regretting the choices that you made
I won't follow you this time
I'll give you the pain that was mine

Won't fall again
I won't be fooled
This time my heart is strong
You are standing right before
The master of sorrow

Won't feel again
Suffer no more
This time my heart is cold
You are standing right before
The master of sorrow

You can't hurt me this time
I'm prepared for anything
You won't get that close now
I'm protected from you lies
Knowing what you will bring me
Knowing you…

Você não pode me machucar desta vez. Estou preparado para qualquer coisa. Você não vai mais chegar tão perto agora. Estou protegido contra suas mentiras, sabendo o que você me trará, sabendo o que eu não quero mais, não mais.
Quando a neve está caindo posso ver suas pegadas. Ali fora, pela minha janela, você me assiste a noite toda, escondida nas sombras, sussurrando meu nome em seus feitiços.
Até parece ontem. Eu posso ver claramente. Você bem perto, sussurrando. O que importa agora sou eu e você. Eu pensei que essa voz que eu estava ouvindo. Era tão sincera.
Passaram-se anos desde aquele dia. Minha manhã chegou a um fim. Eu sei que você continua aí fora se arrependendo das escolhas que fez. Não vou te seguir agora. Te dou a dor que antes era minha.
Não cairei de novo. Não serei enganado. Desta vez meu coração está forte. Você está diante do mestre da tristeza.
Não vou mais sentir. Não vou mais sofrer. Desta vez meu coração está frio. Você está diante do mestre da tristeza.
Você não pode me machucar agora. Estou preparado para tudo. Você não vai mais chegar tão perto. Estou protegido contra suas mentiras, sabendo o que você me trará, sabendo quem você é...





Eu, Álison

sábado, 12 de abril de 2014

Volta logo

Eu queria ajudá-la, mas ela sempre dizia que não queria que eu me envolvesse com seus problemas porque poderia me afetar... Tanto quanto a afetava. Hoje não consigo parar de pensar que tenho minha parcela de culpa nisso tudo e que se tivesse insistido um pouco mais em tentar salvá-la isso não teria acontecido. Nunca tive coragem de admitir que ela era uma mulher doente. Atualmente possuo essa coragem, só que ela foi despertada por algo muito mais forte. Hoje, tarde demais, eu admito que ela era uma mulher doente. Uma mulher que não conseguiu sobreviver ao próprio problema.
Da última vez que ela me visitou, eu disse a ela: "Volta logo, senão o meu coração vai doer". Ela dizia que estava melhorando.


Essa foi a visão que tive quando ela foi embora. 
Foi a última vez que a vi.






Eu, Álison

domingo, 6 de abril de 2014

I'm hollow

"... Mas ajo como autômato e, quando me dirigem a palavra, elas me parecem ressoar no vazio. Meu maior tormento provém do pensamento do suicídio do qual não posso me livrar um minuto. Há um ano sou vítima dessa impulsão, que era, a princípio, pouco pronunciada. Mas há dois meses ela me persegue em todos os lugares, e, no entanto, não tenho motivo algum para me suicidar...".






Eu, Álison

domingo, 30 de março de 2014

A sua falta

Ela segue calada. Veja como se apaga seu sorriso.
Em seu rosto uma mistura de tristeza e decepção.
Não existe amor.
Apenas palavras para conseguir o que se quer.







Eu, Álison