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terça-feira, 1 de julho de 2014

É a última vez

Hoje, assim como ontem, foram dois dias especialmente tristes. Não só para mim, mas acredito que para metade da cidade. Ontem, dia 30 de junho, pela manhã, recebi a notícia de uma tragédia. Não era nenhum membro da família ou colega de escola. Era um professor do colégio em que estudava. A pessoa mais educada, mais inteligente, mais sábia e mais genial que já tinha conhecido havia morrido. Quero esclarecer que quando eu digo, por exemplo, que ele era inteligente, não estou me referindo a completar uma faculdade. Estou dizendo inimaginavelmente inteligente. Isso serve para todas as outras qualidades. Que isso fique bem claro. Uma das duas pessoas que mais me influenciaram com relação à minha busca e em como eu a projetaria durante todo o resto da minha vida. A pessoa que me ensinou a importância de ser gentil, que fez com que eu me apaixonasse loucamente pela Biologia (curso que atualmente frequento na faculdade), que me mostrou a infinidade de coisas que eu poderia descobrir com a minha curiosidade e a infinidade de coisas que uma pessoa poderia aprender através de seu próprio esforço, sendo ele o maior exemplo disso. A pessoa que me convenceu de tudo que eu poderia ganhar com o hábito da leitura, que me mostrou como é ter uma biblioteca na própria casa, que me ensinou a simplicidade. Desde a simplicidade de vestir até a simplicidade de ser.

Hoje, dia 1º de julho, foi seu enterro. Sua despedida desse mundo. Mesmo a pessoa mais nobre e mais humana que eu já conheci, mais cedo ou mais tarde (e nesse caso, foi mais cedo), teria de ir embora. Lembro da última frase que ele me disse na última vez em que nos falamos, há alguns meses atrás: "Foi um prazer conversar contigo". Então eu queria dizer que, e aqui falo na condição de pessoa que teve a sorte de ser iluminada e abençoada pela sua presença que fique certo de que o prazer foi e será sempre todo meu. Minha infinita gratidão por tudo. Fica com Deus.







Eu, Álison

sábado, 14 de junho de 2014

Mal sabia ele

Que alcançaria seu milagre.


"É um milagre que um homem tenha observado, lido e escrito tanto em uma única vida". - Kenneth Clark sobre Leonardo da Vinci.






Eu, Álison

Centelha divina

Acho que essa é a música favorita de Deus.


Não tem mais graça ouvir as outras músicas... Depois de ouvir Beethoven. Esse é o 4º movimento da 9ª Sinfonia de Beethoven e é chamada "Ode à Alegria" (Ode é uma composição feita em homenagem a alguém). Não é possível entender como uma pessoa que, nessa época, já estava quase surda, pode criar algo tão incrível. Ele teve que compor para diversos instrumentos diferentes (mais de 10), escrever toda a letra e dividi-la entre o quarteto e o coro, organizar os tempos de cada instrumentos e de cada voz (que algumas vezes cantam simultaneamente partes diferentes da letra), tantos detalhes, tantos, tantos! Você pode me dizer que todos os maestros de música erudita compõem dessa forma, e está certo, mas não são todos, pelo contrário, são pouquíssimos, que criam algo há quase 200 anos atrás com esse nível e que são considerados como exemplo de grandeza. É realmente notável. Parabéns Beethoven e obrigado por ter-nos deixado obras como essa que suavizam a aspereza da vida.

Oh Freunde, nicht diese Töne!
Sondern lasst uns angenehmere anstimmen
und freudenvollere!

Freude, schöner Götterfunken,
Tochter aus Elysium,
Wir betreten feuertrunken.
Himmlische, dein Heiligtum!
Deine Zauber binden wieder 
Was die Mode streng geteilt;
Alle Menschen werden Brüder
Wo dein sanfter Flügel weilt.

Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt;
Alle Menschen werden Brüder
Wo dein sanfter Flügel weilt.


Wem der grosse Wurf gelungen
Eines Freundes Freund zu sein,
Wer ein holdes Weib errungen,
Mische seinen Jubel ein!
Ja, wer auch nur eine Seele
Sein nennt auf dem Erdenrund!
Und wer's nie gekonnt, der stehle
Weinend sich aus diesem Bund.

Ja, wer auch nur eine Seele
Sein nennt auf dem Erdenrund!
Und wer's nie gekonnt, der stehle
Weinend sich aus diesem Bund


Freude trinken alle Wesen
An den Brüsten der Natur;
Alle Guten, alle Bösen,
Folgen ihrer Rosenspur.
Küsse gab sie uns und Reben,
Einen Freund, geprüft im Tod;
Wollust ward dem Wurm gegeben,
Und der Cherub steht vor Gott!

Küsse gab sie uns und Reben,
Einen Freund, geprüft im Tod;
Wollust ward dem Wurm gegeben,
Und der Cherub steht vor Gott!


Froh, wie seine Sonnen fliegen
Durch des Himmels prächt'gen Plan,
Laufet, Brüder, eure Bahn,
Freudig, wie ein Held zum Siegen.

Freude, schöner Götterfunken,
Tochter aus Elysium,
Wir betreten feuertrunken.
Himmlische, dein Heiligtum!


 Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt;
Alle Menschen werden Brüder
Wo dein sanfter Flügel weilt.


Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt;
Alle Menschen werden Brüder
Wo dein sanfter Flügel weilt.


Seid umschlungen, Millionen.
Dieser Kuss der ganzen Welt!

Seid umschlungen, Millionen.
Dieser Kuss der ganzen Welt!
Brüder! Über'm Sternenzelt
Muss ein lieber Vater wohnen.


Brüder! Über'm Sternenzelt
Muss ein lieber Vater wohnen.


Ihr stürzt nieder, Millionen?
Ahnest du den Schöpfer, Welt?
Such ihn über'm Sternenzelt!
Über Sternen muss er wohnen.


Über Sternen muss er wohnen.

Seid umschlungen, Millionen.
Dieser Kuss der ganzen Welt!


Seid umschlungen, Millionen.
Dieser Kuss der ganzen Welt!


Ihr stürzt nieder, Millionen?
Ahnest du den Schöpfer, Welt?
Such ihn über'm Sternenzelt!
Über Sternen muss er wohnen.


Freude, tochter aus Elysium,
Freude, tochter aus Elysium,

Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt;

Alle Menschen werden Brüder
Wo dein sanfter Flügel weilt.


Alle Menschen werden Brüder
Wo dein sanfter Flügel weilt.

Seid umschlungen,
Dieser Kuss der ganzen Welt!
Brüder! Über'm Sternenzelt
Muss ein lieber Vater wohnen.


Seid umschlungen,
Dieser Kuss der ganzen Welt!
 

Freude, schöner Götterfunken,
Tochter aus Elysium,

Freude, schöner Götterfunken!
Götterfunken!

Oh amigos, não esses tons! Entoemos algo mais prazeroso e mais alegre!
Alegre, formosa centelha divina, filha do Elíseo. Ébrios de fogo entramos em teu santuário celeste! Tua magia volta a unir o que o costume rigorosamente dividiu. Todos os homens se tornam irmãos onde teu doce voo se detém.
Tua magia volta a unir o que o costume rigorosamente dividiu. Todos os homens se tornam irmãos onde teu doce voo se detém.

Quem já conseguiu a maior fortuna de ser amigo de um amigo. Quem já conquistou uma mulher amável junte-se a nossa alegria! Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma, uma única em todo o mundo. Mas aquele que falhou nisso deve rastejar chorosamente e ir embora em lágrimas e sozinho!
Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma, uma única em todo o mundo. Mas aquele que falhou nisso deve rastejar chorosamente e ir embora em lágrimas e sozinho!
Todos os seres bebam da alegria no seio da Natureza. Todos os bons, todos os maus, seguem seu rastro de rosas. Ela nos deu beijos e vinho e um amigo leal até a morte. Deu prazer para com a vida até aos humildes e ao querubim que se ergue diante de Deus!
Ela nos deu beijos e vinho e um amigo leal até a morte. Deu prazer para com a vida até aos humildes e ao querubim que se ergue diante de Deus! 
Alegremente, como seus sóis correm através do esplêndido espaço celeste. Se expressem, irmãos, em seus caminhos, alegremente como o herói diante da vitória.
Alegre, formosa centelha divina, filha do Elíseo. Ébrios de fogo entramos em teu santuário celeste! Tua magia volta a unir o que o costume rigorosamente dividiu. Todos os homens se tornam irmãos onde teu doce voo se detém.
Tua magia volta a unir o que o costume rigorosamente dividiu. Todos os homens se tornam irmãos onde teu doce voo se detém.
Abracem-se milhões! Este beijo é para todo o mundo! Abracem-se milhões! Este beijo é para todo o mundo! Irmãos, além do céu estrelado mora um Pai Amado.
Irmãos, além do céu estrelado mora um Pai Amado.
Milhões se prostram diante Dele? Mundo, você percebe seu Criador? Procure-o no mais alto do céu estrelado! Sobre as estrelas onde Ele mora,
Sobre as estrelas onde Ele mora.
Abracem-se milhões! Este beijo é para todo o mundo!
Abracem-se milhões! Este beijo é para todo o mundo!
Milhões se prostram diante Dele? Mundo, você percebe seu Criador? Procure-o mais acima do céu estrelado! Sobre as estrelas onde Ele mora.
Alegre, filha do Elíseo. Alegre, filha do Elíseo.
Tua magia volta a unir o que o costume rigorosamente dividiu.
Todos os homens se tornam irmãos onde teu doce voo se detém.
Tua magia volta a unir o que o costume rigorosamente dividiu.
Todos os homens se tornam irmãos onde teu doce voo se detém.
Abracem-se! Este beijo é para todo o mundo! Irmãos, além do céu estrelado mora um Pai Amado. Abracem-se milhões! Este beijo é para todo o mundo!
Alegria, formosa centelha divina, filha do Elíseo.
Alegria, formosa centelha divina! Centelha divina!



 
Eu, Álison

terça-feira, 15 de abril de 2014

Bravo como um leão

Esse é o significado de seu nome. Do alemão Leonhard. Se estivesse vivo, Leonardo da Vinci completaria hoje, 15 de abril, 562 anos de vida. Bem, de certo modo ele não morreu, pois, apesar de ter vivido apenas 67 anos e sua sepultura ter sido destruída durante a Revolução Francesa, a grandeza que torna quase impossível que uma pessoa acredite em tudo que ele fez e tudo que ele sabia não diminuiu em nada desde sua morte no início do século XVI.
Admiro pessoalmente Leonardo da Vinci. Não porque ele era um gênio excepcional, pois todas as pessoas deveriam admirá-lo por isso. O que me deixa sem palavras e o que me fascina no Leonardo não a sabedoria em si, mas a vontade de querer saber. Por exemplo, o Leonardo sabia matemática, sabia música, sabia botânica, sabia geologia, sabia física, sabia astronomia, apesar de, como pintor, não precisar saber nada a respeito de nenhuma dessas ciências. Mas ele sabia. Não só sabia como dominava. Mas para ele não era uma questão de "Preciso saber isso porque meu emprego exige" ou "Vou ler sobre aquilo, pois assim posso exercer minha profissão de forma mais eficiente". Nada disso. Ele estudava pelo simples ato de estudar. Não era uma questão de aprender para exercer manualmente o que foi aprendido. Não havia necessidade de nenhum fim prático. A única finalidade era engrandecer a si mesmo. Engrandecer seu espírito. E ele fez isso durante a vida tida. Começou quando era apenas uma criança que morava no campo, desenhando tudo que via, até sua morte em 1519. Apesar das pinturas que tinha de realizar, das viagens que tinha de fazer, dos projetos que tinha que criar, durante sua vida Leonardo da Vinci escreveu nada menos do que 13.000 páginas sobre absolutamente todos os assuntos que alguém possa imaginar. Ele tinha um compromisso consigo próprio, ou, como ele mesmo escreveu (sempre em terceira pessoa): "Não conte com ele, pois ele tem uma obra a realizar que lhe tomará a vida inteira". Sobre a Mona Lisa, A Última Ceia e todos os outros quadros do Leonardo, eu acho desnecessário comentar alguma coisa. A genialidade está estampada em cada centímetro de cada obra inigualável que ele pintou.
Na página "Eu, Leonardo" coloquei outros textos sobre ele, trechos da biografia, frases, citações de algum livro, enfim, pode haver algo que lhe interesse. E só por curiosidade, escolhi esse nome para a página porque era assim que o Leonardo assinava suas obras. Ele não usava o sobrenome "da Vinci". Escrevia apenas "Io, Leonardo". Se prestarem atenção, em todas as postagens que faço escrevo "Eu, Álison", em referência à maneira como Leonardo assinava. Afinal, se eu devo escolher alguém a quem imitar, escolho o homem que foi o topo da humanidade.


Eu lhe deixo os meus parabéns Leonardo, onde quer que esteja, e espero que minha admiração por ti possa me fazer uma pessoa melhor.
"Que o teu orgulho e objetivo consistam em pôr no teu trabalho algo que se assemelhe a um milagre". - Leonardo da Vinci





Eu, Álison

sábado, 8 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Acho que se tratando de arte

 O detalhe dessa mão é a coisa mais perfeita que já vi na vida.


Detalhe da mão de "Davi", obra criada pelo ente sobrenatural a quem chamam Michelangelo. A escultura tem mais de 5 metros de altura e é feita em mármore.






Eu, Álison

sábado, 9 de novembro de 2013

Que fala a verdade




E com ela nascerá o gênio que fala a verdade para libertar os sãos através da insanidade.









Eu, Álison

sábado, 26 de outubro de 2013

E tu

Que lê-me com teus olhos, o que viu primeiro?


Os escombros da minha alma ou que eu estava sob eles?
Os pedaços da eternidade ou os flocos do meu gênio?
Talvez os labirintos de vento.
Talvez os murmúrios do silêncio.






Eu, Álison

domingo, 15 de setembro de 2013

Assemelhar-se ao gênio



"O amor - quer seja a atração de verdade ou o amor puro, simples e elementar - abre sempre a inteligência e a faz assemelhar-se ao gênio".






Eu, Álison

domingo, 28 de julho de 2013

Amizade é Estar

Há alguns dias foi o Dia do Amigo e uma amiga minha escreveu um texto sobre amizade que eu gostaria de publicar. Esse texto foi mandado para um grupo de pessoas e não estou postando ele só porque eu estava entre essas pessoas, mas porque concordo com muito do que está escrito. Praticamente tudo, na verdade. Além de que quem escreveu ser um gênio, é uma pessoa a quem conheço há bastante tempo e, canhota como eu, faz valer sua condição de pessoa diferente. Segue:
O que é a amizade? Pra mim amizade é ESTAR, estar presente em todos os momentos ou ao menos fazer deles os melhores possíveis. É estourar plástico bolha pra aliviar as tenções, é vestir uma roupa ridícula pra acompanhar o amigo, é fazer pose pra foto, é rir de coisas sem graça, é provar e fazer experiencias, reunir-se sem propósitos específicos, é passar pelo amigo na rua e cumprimentar com um xingamento, é ser paciente, é ser psicólogo e precisar de um, enfim ser amigo é viver em conjunto fazendo das coisas mais simples as mais inesquecíveis... Amo vocês!!!
Como sempre falo: Os amigos são a família que podemos escolher!








Eu, Álison

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Íris

And I don't want the world to see me


Cause I don't think that they'd understand. I just want you to know who I am.







Eu, Álison

domingo, 7 de julho de 2013

Fazendo algo novo

Há momentos em que precisamos nos posicionar contrariamente, numa atitude bem radical, se quisermos ser coerentes conosco mesmo; não se constrói o mundo, de maneira nenhuma, com meios termos; não se cria de maneira genial contemporizando com uma estética anterior. A pessoa que realmente cria é aquela que tem a convicção de que está fazendo algo novo, e para fazer algo novo é necessário contestar o antigo, por muito bom que seja.







Eu, Álison

sábado, 1 de junho de 2013

Eu vou acabar com o sistema

Vou fazer todo esse sistema corrupto cair sobre a sua cabeça.

Essa droga paralisa você, mas deixa todas as outras funções neurológicas intactas. Em outras palavras, você não pode se mexer, mas continua sentindo tudo. Ela não faz absolutamente nada para aplacar a dor... E você vai sentir muito mais dor do que jamais poderia imaginar sentir.

- Não basta, eu quero mais detalhes.
- Arranquei os dedos das mãos com um corta cavilha, os dos pés com uma tesoura de chapa, os testículos com uma serra para metal e o pênis com um estilete. Esses detalhes estão bons para você?

- A justiça tem que ser dura Nick, ainda mais para aqueles que a negam para outros. E um princípio importante que eu gostaria que começasse a aprender é manter a palavra.
- É mesmo? E que princípio usou para torturar e matar aquelas pessoas?
- O de que todo mundo deve prestar conta dos seus atos.
- Acha que sua mulher e sua filha se sentiriam bem por matar em nome delas?
- Minha mulher e minha filha não podem sentir nada... Estão mortas.

- Então Clyde perdeu a cabeça? Alguém deve tê-lo irritado muito.
- Diga com quem estamos lidando. Shelton era espião?
- Espiões existem aos montes. Eu sou espião. Clyde era um gênio. Sua especialidade era operações cinéticas de baixo impacto.
- Um jeito elaborado de dizer que ele mata pessoas.
- Nós matamos pessoas. Ele descobria como fazer isso sem sair de onde estava. Era o dom dele e ele era o melhor. O que estou dizendo é que ele consegue ver e ouvir tudo o que vocês estão fazendo.
- Não, ele está em um presídio de segurança máxima.
- Se ele está na cadeia é porque quer estar. Ele é um estrategista nato. Tudo que ele faz tem um objetivo.
- Então o que quer dizer? Que nós não podemos detê-lo?
- Entrem na cela e deem um tiro na cabeça dele. Fora isso... Não, não podem detê-lo. Se Clyde quer você morto, você morre.

- Pela minha experiência, lições que não são aprendidas com sangue logo são esquecidas.
- E é a vingança que te alimenta.
- Vingança? É isso que você está achando que é? Vingança?
- E o que mais pode ser?
Não Nick, eu tive 10 anos para me vingar, se fosse isso que eu quisesse. Acha que eu não vejo você ir trabalhar todo dia as 8 da manhã? Ou que eu não vejo a Kelly levar a Denise para a escola às 8 e 15 da manhã? Eu podia ter matado você ou a sua família no momento que eu quisesse Nick! [...] Ainda tenho fé em você, por isso vou te dar uma última chance. O acordo é o seguinte: Você me solta e tira cada acusação até às 6 da manhã. Seis da manhã.
- Ou o quê?
- Ou eu mato todo mundo.








Eu, Álison

domingo, 31 de março de 2013

O preço a pagar

"Não há nenhum grande gênio sem algum traço de loucura" - Sêneca

"Todo o homem de gênio vê o mundo de um ângulo diferente do de seus contemporâneos, e aí está sua tragédia" - Havelock Ellis

"Não conheci homem de gênio que não tivesse de pagar em aflição ou defeito, físico ou espiritual, o que os deuses lhe concederam" - Max Beerbohn






Eu, Álison

sexta-feira, 29 de março de 2013

Ninguém sabe

Ele tinha pouquíssimas relações sociais e baixa empatia. Era desconfiado, paranoico, cruel e sádico, mas tinha uma enorme capacidade de hiperfoco.
Ele se torna mais brilhante, e ainda mais solitário. Newton trabalha obsessivamente. É recluso e escreve grande quantidade de material que ninguém vê. Este é o conhecimento que ele está desenvolvendo para si próprio.
Ele é muito obsessivo sobre seu trabalho e fora dele poucas coisas atraem seu interesse.
Com exceção de duas ou três pessoas durante a vida de Newton, ninguém sabe o que ele pensa e no que ele acredita. 
Ele escrevia palavras sem sessar. Estas não são páginas de uma obra, mas, com frequência, milhares de palavras que ele escrevia do nada. Creio haver muitas provas independentes de que Newton chegou a seu próprio limite continuamente e que tinha um comportamento confuso, sendo capaz de se concentrar profundamente e ficar obcecado por alguma coisa que estivesse fazendo.
Ele é uma figura grandemente contraditória e isso é muito comum em gênios.
Newton é agora uma figura a mais de sua época e entender como ele via o mundo e como sua ciência emergiu é o modo mais interessante de contemplá-lo.





Eu, Álison

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Leonardo e Freud VI - O Final

Foi assim que se tornou o primeiro cientista natural moderno e uma abundância de descobertas e de ideias sugestivas recompensaram sua coragem de ter sido o primeiro homem, desde o tempo dos gregos, a indagar os segredos da natureza baseando-se unicamente na observação e em seu próprio julgamento.
“Os homens falarão com homens que nada percebem, que têm olhos abertos, mas que nada veem; falarão com eles e não terão resposta; implorarão as graças daqueles que têm orelhas, mas nada ouvem; acenderão luzes para quem é cego.”
Isto é lastimável, pois assim sacrificam a verdade em beneficio de uma ilusão, e por causa de suas fantasias infantis abandonam a oportunidade de penetrar nos mais fascinantes segredos da natureza humana.
O próprio Leonardo, com seu amor à verdade e sua sede de conhecimento, não desencorajaria qualquer tentativa de descobrir o que determinava seu desenvolvimento mental e intelectual, tomando como ponto de partida as peculiaridades triviais e os enigmas de sua natureza.
Não podemos conhecer direito as circunstâncias de sua hereditariedade; verificamos, por outro lado, que as circunstâncias acidentais de sua infância tiveram sobre ele um efeito profundo e perturbador. O instinto de ver e o de saber foram os mais fortemente excitados pelas impressões mais remotas de sua infância.
Leonardo surge da obscuridade de sua infância como artista, pintor e escultor devido a um talento especifico que foi reforçado, provavelmente, nos primeiros anos de sua infância pelo precoce despertar do seu instinto escoptofílico.
Antes disso, seu intelecto se elevara até o mais alto grau da realização formulando uma concepção do mundo que de muito ultrapassou sua época.
Parece, em todo caso, que somente um homem que tivesse passado pelas experiências infantis de Leonardo poderia ter pintado a Mona Lisa, ter acarretado um destino tão melancólico para suas obras e ter embarcado numa carreira tão extraordinária de cientista.





Eu, Álison

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Leonardo e Freud V

Qualquer pessoa que pense nas pinturas de Leonardo recordar-se-á de um sorriso notável, ao mesmo tempo fascinante e misterioso, que ele punha nos lábios de seus modelos femininos. Durante quase quatro séculos, a Mona Lisa tem feito perder a cabeça a todos que falam dela, depois que a contemplam muito tempo.
O que, sobretudo, enfeitiça o espectador é a magia demoníaca desse sorriso. Centenas de poetas e escritores já escreveram sobre essa mulher que ora parece sorrir-nos sedutoramente, ora parece fitar o espaço, friamente e sem alma. E ninguém jamais decifrou o enigma de seu rosto nem leu o significado de seus pensamentos. Sabemos do enigma insolúvel e fascinante com que a Mona Lisa tem desafiado, durante quase quatro séculos, os admiradores que se amontoam à sua frente.
A dama sorria com régia tranquilidade: seus instintos de conquista, de ferocidade, toda a hereditariedade da espécie, o desejo de seduzir e fascinar, o encanto do artifício, a bondade que esconde o propósito cruel – tudo isso parecia, desaparecia e voltava a aparecer, escondendo-se por trás do sorriso velado e mergulhado no poema de seu sorriso... Boa e má, cruel e piedosa, graciosa e felina, ela ria...
Enquanto foi pintado, foi proclamado como sendo o mais elevado que a arte poderia realizar, porém é sabido que o próprio Leonardo não se satisfez com o resultado. Deixando sem solução a enigmática expressão no rosto de Mona Lisa, vamos anotar o fato inegável de que o seu sorriso, que tanto fascina todos os que têm contemplado durante esses quatro séculos, exerceu também poderoso fascínio sobre Leonardo.
O sorriso que paira nos lábios de ambas as mulheres, embora seja inegavelmente o mesmo da Mona Lisa, perdeu seu caráter estranho e misterioso; o que ele exprime aqui é sentimento íntimo e serena felicidade. Já não abaixam os olhos, mas contemplam-nos com uma expressão de misterioso triunfo como se conhecessem uma grande felicidade cujo segredo devessem calar.





Eu, Álison

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Charles Darwin

O ano de 1809 foi pródigo na sua chuva meteórica de gênios. Só nesse ano a humanidade recebeu no seu regaço uma abada inteira de grandes vultos – Darwin, Lincoln, Chopin, Mendelssohn, Poe.
Charles Darwin foi um menino dócil, meditativo e observador penetrante de tudo que o rodeava. Desde a primeira infância adquiriu o habito de observar as coisas por si mesmo.
Organizou um laboratório secreto no jardim da casa e deu de fazer experiências químicas e físicas.
E quanto às lições da matéria médica, achava-as “algo medonho de escutar-se”. Ademais o seu temperamento passivo não lhe permitia suportar as demonstrações cirúrgicas. Um dia, quando se realizava uma operação em uma criança, ele abandonou precipitadamente o anfiteatro. Nesse tempo ainda se operava sem anestesia, e os gritos da criança excruciada perseguiram-no por muitos anos.
Para ele o mundo inteiro era um grande ponto de interrogação. E possuía uma coisa preciosa, ainda maior que a paixão pela ciência – o amor aos seus semelhantes. O barbarismo da escravatura repugnava-lhe extremamente. A vida inteira, Charles Darwin conservou o coração aberto aos sofrimentos dos homens. E o seu coração sensível e olhos argutos estavam alojados num corpo débil.
A primeira impressão foi “um verdadeiro furacão de encanto e assombro”. Mas o seu gênio o levara a fazer uma grande descoberta e a honestidade não lhe permitiria descansar enquanto não desse a conhecer essa descoberta ao mundo.
“Que cada homem espere e creia o que puder”.
A vida de Darwin foi talvez e melhor prova da sua teoria da evolução. Sua capacidade para o amor parecia aumentar de ano em ano. Sentia-se atraído pelas pessoas, que por sua vez eram atraídas para ele. Quanto aos amigos íntimos, encontravam em seu caráter meigo uma “benção perpétua”. Pois a amizade, para Darwin, era a maior de todas as bênçãos concedidas à raça humana. “Falem-me de fama, honra, prazer, riqueza”, escreveu em uma de suas cartas; “tudo isso é pó, em comparação com o sentimento da amizade”.
Tocava-lhes as pétalas delicadamente, com o infinito amor de um sábio e a admiração ingênua de uma criança.
O senso de respeito – isto é, o hábito da consideração pelos sentimentos dos outros – era um traço predominante do caráter de Darwin.
“Darwin provou que Deus não existe, é verdade”, disse ela. “Mas Deus é tão bom que há de perdoá-lo”.






Eu, Álison

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Leonardo e Freud IV

Ele conseguira sujeitar seus sentimentos ao domínio da pesquisa e reprimir a sua livre expressão; mas para si mesmo havia ocasiões em que o que suprimira forçava um meio de expressão. A morte da mãe, a quem tanto amara em certa época, foi uma delas. O que temos diante de nós nesses apontamentos sobre as despesas do enterro é a expressão, sob um disfarce quase irreconhecível, de sua tristeza pela morte da mãe. Ficamos pensando o porquê desse disfarce, e na verdade não o podemos entender se o considerarmos um processo mental normal.
A natureza generosa deu ao artista a capacidade de exprimir seus impulsos mais secretos, desconhecidos até por ele próprio, por meio dos trabalhos que cria; e estas obras impressionam enormemente outras pessoas estranhas ao artista e que desconhecem, elas também, a origem da emoção que sentem.






Eu, Álison

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Leonardo e Freud II

Era gentil e amável para com todos. Condenava a guerra e o derramamento de sangue e descrevia o homem como sendo não tanto o rei do mundo animal, e sim a pior das bestas selvagens.
“Somente este desenho anatômico seria suficiente para que se deduzisse a repressão – repressão que levou o grande artista e pesquisador a um estado próximo à confusão”.
O seu insaciável desejo de tudo compreender em seu redor e de pesquisar com atitude de fria superioridade o segredo mais profundo de toda a perfeição condenou sua obra a permanecer para sempre inacabada.
“Não se tem o direito de amar ou odiar qualquer coisa da qual não se tenha conhecimento profundo. Pois, na verdade, o grande amor surge do conhecimento profundo do objeto amado e, se este for pouco conhecido, o seu amor por ele será pouco ou nenhum...”.
Não é verdade que os seres humanos protelam o amor ou o ódio até adquirirem conhecimento mais profundo e maior familiaridade com o objeto desses sentimentos. Ao contrário, amam impulsivamente, movidos por emoções que nada têm a ver com conhecimento e cuja ação, muito ao contrário, poderá ser amortecida pela reflexão e pela observação.
Dever-se-ia amar controlando o sentimento, sujeitando-o à reflexão e somente permitir sua existência quando capaz de resistir à prova do pensamento. Seus afetos eram controlados e submetidos ao instinto da pesquisa; ele não amava nem odiava, porém se perguntava a cerca da origem daquilo que deveria amar ou odiar.
Na verdade, Leonardo não era insensível à paixão; não carecia da centelha sagrada que é direta ou indiretamente a força motora de qualquer atividade humana. Apenas convertera sua paixão em sede de conhecimento; entregava-se, então, à investigação com a persistência, constância e penetração que derivam da paixão e, ao atingir o auge de seu trabalho intelectual, isto é, a aquisição do conhecimento, permitia que o afeto há muito reprimido viesse à tona a transbordasse livremente.





Eu, Álison