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sexta-feira, 29 de março de 2013

Ninguém sabe

Ele tinha pouquíssimas relações sociais e baixa empatia. Era desconfiado, paranoico, cruel e sádico, mas tinha uma enorme capacidade de hiperfoco.
Ele se torna mais brilhante, e ainda mais solitário. Newton trabalha obsessivamente. É recluso e escreve grande quantidade de material que ninguém vê. Este é o conhecimento que ele está desenvolvendo para si próprio.
Ele é muito obsessivo sobre seu trabalho e fora dele poucas coisas atraem seu interesse.
Com exceção de duas ou três pessoas durante a vida de Newton, ninguém sabe o que ele pensa e no que ele acredita. 
Ele escrevia palavras sem sessar. Estas não são páginas de uma obra, mas, com frequência, milhares de palavras que ele escrevia do nada. Creio haver muitas provas independentes de que Newton chegou a seu próprio limite continuamente e que tinha um comportamento confuso, sendo capaz de se concentrar profundamente e ficar obcecado por alguma coisa que estivesse fazendo.
Ele é uma figura grandemente contraditória e isso é muito comum em gênios.
Newton é agora uma figura a mais de sua época e entender como ele via o mundo e como sua ciência emergiu é o modo mais interessante de contemplá-lo.





Eu, Álison

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Isaac Newton

Nasceu pouco depois da morte de seu pai - uma caricatura de criança, franzino, prematuro e doentio. A parteira não esperava que ele vivesse. Foi dessa maneira singular que o destino introduziu no mundo um cérebro prodigioso.
Em seus momentos mais tranquilos, compunha poesias e traçava desenhos a carvão nas paredes do quarto.
[...] Prosseguindo os estudos no Trinity College, de Cambridge, o garoto se viu possuidor de uma grande desvantagem - tinha facilidade excessiva em aprender matemática. O que é facilmente adquirido é facilmente desprezado. Nos estudos de formatura em Cambridge, não somente se antecipara às soluções acadêmicas dos problemas, como frequentemente sugeria novos e mais simples métodos de solução aos professores. Mas o estudo da matemática não apresentava especial interesse para Newton. Considerava-a simplesmente como uma via de acesso um tanto obscura aos mistérios da natureza. Visava conquistas mentais muito mais altas. Pois era, não apenas um pensador, mas um sonhador; não apenas um matemático, mas um poeta. Seu método não era a da observação exaustiva, mas o da imaginação criadora. Pretendia mergulhar ousadamente, e não procurar timidamente o caminho nas florestas inexploradas da especulação humana. Assim falava o poeta que estava disposto a sofrer em cumprimento da sua visão. Todo grande cientista é um poeta capaz de visão.
O próprio Newton, embora escapasse à esterilidade intelectual dos colegas, não pode eximir-se inteiramente às suas excentricidades. Absorvido em sonhos cósmicos, tinha pouco tempo de cuidar da aparência. Mas, com todo o seu desalinho, Newton era um moço de coração romântico.
 "Ah, minha querida, perdoe-me! Vejo que é impossível. Parece que estou condenado a ficar solteiro".
Seus colegas espantavam-se com a facilidade com que ele efetuava os cálculos.
Pois Newton possuía um senso de valores práticos bastante singular. Sempre o desorientava essa questão dos pesos e dos valores que os outros atribuíam às coisas.
Durante as férias, muitas vezes voltava ao lar materno e ficava horas inteiras sentado no jardim. Pois o espírito do homem sentado no jardim se pôs a girar tão vertiginosamente como a terra. Ali estava a base do valor das coisas - algo que os avaliadores de pedras e os mercadores de ouro nunca haviam sonhado! Só os poetas lunáticos, os únicos sãos de espíritos num mundo de dementes, eram capazes de interpretar o enigma do universo.
A princípio Newton não queria publicar os resultados das suas observações. Pois era um filósofo tímido e retraído. "Não hei de imprimir nada", declarava aos amigos. "Isso só me traria novas relações. E é isso que desejo evitar". Suas descobertas eram um passatempo com que se distraía nas horas de estudos solitários. Vivia só, num supermundo imaginário de sua criação. Era um divertimento fascinante.
Contava poucos amigos íntimos. Ninguém sabia nada ao certo sobre Newton. A vida inteira, a sua personalidade foi um problema difícil de explicar.
Um filósofo de primeira plana foi visitar Newton e pediu-lhe a indicação de um curso de estudos que o habilitassem a entender a complexa matemática dos Principia. Newton solicitamente organizou um rol de "livros necessários". "Só a leitura da listra preliminar", declarou, "consumiria a maior parte da minha vida".
Poucos dos seus contemporâneos compreenderam Newton. Mas isso não é muito de surpreender; o complexo e paradoxal matemático mal se entendia a si mesmo. No próprio momento de Triunfo sentia-se extremamente infeliz.
Uma ventosa manhã, ao voltar da capela, descobrira que o gato havia derrubado a vela sobre a mesa, incendiando alguns dos seus mais importantes papéis. E o pesar pela perda daqueles papéis, que continham os resultados de muitos anos de pesquisa, acabara de transtornar-lhe a cabeça. Assomos de cólera, perdas de memória, repentinos acessos de desconfiança e igualmente repentinos acessos de compulsão - não eram esses os sintomas de um espírito desequilibrado?




Eu, Álison

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O inglês solitário

"Isso é um colosso. Homens como Einstein ao verem o trabalho de Newton ficaram impressionados. Impressionados com a sua capacidade de assimilar tamanho conhecimento".
"Ele era um gênio de um calibre extraordinário".
Por ser um estudante introvertido e solitário ele fez poucos amigos e parecia não ter muito interesse nos estudos. Newton encontrou um refúgio para sua vida sem amor e solitária. Ele começou a se sobressair na escola e passou rapidamente a ser o melhor aluno da sala. Enquanto outros alunos desfrutavam de uma emocionante vida social, Newton raramente socializava. Ao invés disso, tratava da sua sede insaciável por conhecimento. O estudo da álgebra de Descartes mudou a vida de Newton para sempre. Ele se apaixonou pela matemática. O que antes parecia um mínimo interesse no seu dia a dia letivo, agora transformara-se num frenesi apaixonado de aprendizado. Em um ano, de 1663 a 1664, ele aprendeu tudo o que havia para ser aprendido sobre matemática moderna.
"Ele sabia a resposta para problemas que apenas os melhores matemáticos da época podiam solucionar. Ele sabia que era melhor do que qualquer um deles e acho que neste momento ele se distanciou dos outros".
Você precisa ter em mente que Newton não julgava fácil relacionamentos sociais e acho que ele encontrou na matemática um ambiente no qual ele poderia viver.
"Vejo que me tornei um escravo da Filosofia. Vou relutantemente me despedir externamente exceto do que faço por satisfação própria".
"É tão intenso e tão sério com seus estudos que se alimenta moderadamente. Muitas vezes esquece de se alimentar".
"E Newton se deu conta, ele disse que este era um problema tão complexo que nem a força matemática de toda a raça humana daria conta de resolvê-lo. O 'Principia', que ele escreveu depois é uma elaboração de como lidar com esse problema". "'Principia' de Newton é geralmente visto como o livro científico mais importante já escrito e publicado. Eu não conheço nenhum outro trabalho que tenha um efeito tão profundo na natureza da própria ciência".
A sua ausência fez com que Newton refletisse sobre a sua dificuldade em assumir um cargo devido à sua deficiência em lidar com as pessoas. No final de 1693, Newton teve uma crise nervosa. "Não há dúvidas de que ele tenha passados por uma crise".
"Quando a notícia se espalhou deu que havia algo errado com ele durante esta crise dos anos 1690, Pepys lhe escreveu: Receio que algo esteja acontecendo com seu cérebro e com sua mente".
Newton se recuperou rapidamente, mas ele nunca mais obteria o brilhantismo de antes. Apesar de sua aceitação e sucesso, Newton ainda era um homem infeliz. Dizem que ele riu apenas uma vez, quando lhe perguntaram para que a geometria poderia servir. Apesar de viver no centro vibrante da vida social de Londres, ele raramente se divertia e nunca se casou.
"Seus livros são seus guias. Ele mora com os livros. Ele não mora com seres humanos".
Sir Isaac Newton era agora o homem mais famoso da Grã-Bretanha.
"Então, Newton não se comportava como pessoas comumente fariam".
Seu maior trabalho, 'Principia', é para a ciência o que a Mona Lisa é para a arte. É uma obra prima, um pináculo da expressão científica.
O professor Chandrasekhar, ganhador do prêmio Nobel pela Astrofísica resumiu o prestígio de Newton para a ciência assim: "Sempre que olho para o que Newton fez me sinto como um aluno sendo advertido pelo seu professor".

"Não sei o que posso parecer ao mundo, mas, para mim, não passo de um garoto brincando na praia e me divertindo de vez em quando, encontrando uma pedra mais lisa ou uma concha mais bonita do que as outras enquanto o grande oceano das verdades se coloca desconhecido à minha frente".




Eu, Álison

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Esse é Newton

Será possível enxergarmos a importância do legado científico de Newton? Certamente não; pois é consenso geral que, das obras que são parte da história intelectual da humanidade, pouquíssimas deixaram uma marca tão profunda quanto a de Newton.

O gênio de Newton não conhecia fronteiras. Seu apetite pelo saber transcendia o estudo do que hoje chamamos de ciência. Talvez ele tenha devotado mais tempo aos seus estudos em Alquimia e Teologia, investigando detalhadamente questões que incluíam desde a transmutação dos elementos até a cronologia de episódios bíblicos e a natureza da Santíssima Trindade.
A história desse “rapaz pensador, sombrio e silencioso” começa no dia de Natal de 1642, no solar de Woolsthorpe, em Lincolnshire.
O fraco Isaac nasceu sem pai e estava prestes a perder também sua mãe. A partida da mãe deixou um vazio emocional que iria perseguir Newton pelo resto de sua vida. Sua frustração emocional ficaria para sempre trancafiada em seu interior, sua energia sobre-humana dedicada a uma furiosa e obsessiva devoção ao seu trabalho criativo.
Apesar de eu não ter a pretensão de compreender os segredos da mente de Newton, é certo que sua frustração e sua raiva irão influenciá-lo profundamente por toda a vida. Ele tornou-se um homem amargo e torturado, desconfiado de tudo e todos, sempre à beira de uma crise nervosa.
Quando Newton trabalhava num problema, o mundo à sua volta deixava de existir. Sua concentração era tamanha que até se esquecia de comer, beber ou dormir, apenas cedendo aos gritos de desespero de seu corpo com muita relutância. Ele apenas trabalhava. Enquanto a maioria dos cientistas consegue focar sua atenção num problema por apenas alguns instantes, Newton o fazia por horas ou até dias sem interrupção. Dotado de um incrível poder de concentração, uma intuição genial, uma devoção obsessiva e uma enorme habilidade matemática, ele tinha todos os ingredientes necessários para garantir seu sucesso como cientista; porém ele tinha ainda muito mais do que apenas os ingredientes necessários.
Ele era um individuo multidimensional, que tentou entender o mundo ao seu redor através de vários caminhos.
[...] Durante esses dois anos, o gênio de Newton explodiu com uma intensidade quase sobre-humana. Mas a originalidade e a enorme quantidade de ideias que brotaram de sua mente em tão curto período de tempo é realmente incrível. 

Trechos de "A Dança do Universo", de Marcelo Gleiser.




Eu, Álison

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Somente o acaso

Para ele, a nossa distância com o Sol era a ideal, pois de outro modo, se estivéssemos próximos demais ou demasiadamente distantes teríamos climas mais quentes ou mais frios e estações menores ou maiores que não possibilitariam a existência de diversas formas vegetais e animais em diferentes locais do planeta. Do mesmo modo, não poderíamos habitar a Terra se seu eixo de inclinação fosse outro; e se a trajetória elíptica que ela desenha ao redor do Sol fosse desigual seria o caos, pois teríamos estações frias demais ou quentes em demasia. Bentley dizia que as leis da gravitação universal permitiam infinitas variações na disposição dos planetas e do Sol, mas só sendo exatamente como eram as órbitas poderíamos existir e nos desenvolver. Além disso, o Sol tinha também a temperatura exata que condizia com a distância da Terra. Para ele, dada a infinita possibilidade de combinações de fatores determinantes para a existência da vida era absurdamente improvável que todas essas coincidências tivessem ocorrido ao acaso; e que era mais provável que um projetista tivesse ordenado e desenhado tudo perfeitamente como é.





Eu, Álison

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

sábado, 4 de junho de 2011

Gênios

O que Isaac Newton, Paracelso, Leonardo da Vinci, Joseph Haydn, Tales de Mileto e Buda têm em comum? Todos eles mudaram a história com sua genialidade e sabedoria.

Existem certas pessoas que realmente não são normais e nascem nesse pequeno planeta para nos guiar e nos fazer progredir.

Nos mais variados ramos da ciência, somos abençoados com indivíduos que fazem descobertas, criam teoremas e fórmulas, nos ensinam lições de vida e como dar valor a ela. Essa minoria aparece na Terra com uma única missão: ensinar o resto do mundo, que está imerso na escuridão, a como evoluir, o que, com certeza, a humanidade não conseguiria fazer sozinha.

Esses seres superiores aparecem de tempos em tempos em todos os lugares do planeta ensinando sobre os mais variados assuntos e reduzindo nossas necessidades para que possamos viver plenamente toda a nossa vida.

A maioria das pessoas normais não percebe a importância dessas pessoas, provavelmente porque elas são diferentes de tal maneira do resto do mundo que essa genialidade não se evidencia, encoberta pelos costumes inúteis que a humanidade cultiva, mas certamente eles estão lá, nos ajudando em tudo que precisamos.

Não há como saber quando irá aparecer um desses sábios. Talvez até você mesmo que está lendo seja um e ainda não saiba. Mas não se preocupe, pois se você for um desses iluminados, sua vida vai te guiar para sua missão e é aí que você vai perceber o quão grandioso pode ser.

Não sei você, mas eu vou continuar seguindo em frente, procurando as respostas para minhas tantas perguntas, e acreditando que talvez também seja um abençoado, com essa maneira incrível e única de ser.

E mesmo que eu seja apenas em reles mortal, agradeço por tudo que tenho. Tudo.

Obrigado a esses... Todos esses.






Eu, Álison