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sábado, 16 de agosto de 2014

Você já escutou o silêncio? - IX

Silêncio


I

Você já escutou o silêncio?
Já olhou para o vazio?
Sentiu gosto de nada?
Sem cheiro?

Um som no meio de todo silêncio
Precisa ter respeito
O único detalhe no meio do vazio
O gosto sutil, um perfume...

Quando tudo fala, tudo se mostra
Gosto e cheiro não identificáveis
Que valor há nisso?

O detalhe, único perfume
Som sutil, um só gosto
Este tem valor

Se por si, ou se pelo nada
Que o cerca, não sei
Mas tem valor, o pouco no muito
Ou só o nada
Só o vazio
A expectativa do que virá

A concentração em si
Do nada que nos forma
Do detalhe que somos

II

O único beijo, o toque de leve
O olhar que só os dois viram
A dúvida do nada real
O que virá?

O ponto criado
O quase sem som emitido
O perfume, o sabor

É só o que quero, o que tenho
Um pouco do todo de todos
O silêncio





Eu, Álison

domingo, 6 de julho de 2014

Você já escutou o silêncio? - IV

Poema cara de pau


Reclamas de minha atenção
Desde o primeiro dia
Sempre dizes
Sempre falas
E eu não escuto
Parece boba falando para ninguém
Pareço bobo, absorto, em outro lugar
Sem ligar para o que falas

Como dizes
Concordo contigo
Sempre que nos encontramos
Não consigo me concentrar
Quando vejo, não sei do que estás falando
Quando me dou conta, já perdi o assunto
Tens toda razão
Eu confesso
Não me concentro

Diante de teus olhos
Não consigo prestar atenção em mais nada





Eu, Álison

sexta-feira, 29 de março de 2013

Ninguém sabe

Ele tinha pouquíssimas relações sociais e baixa empatia. Era desconfiado, paranoico, cruel e sádico, mas tinha uma enorme capacidade de hiperfoco.
Ele se torna mais brilhante, e ainda mais solitário. Newton trabalha obsessivamente. É recluso e escreve grande quantidade de material que ninguém vê. Este é o conhecimento que ele está desenvolvendo para si próprio.
Ele é muito obsessivo sobre seu trabalho e fora dele poucas coisas atraem seu interesse.
Com exceção de duas ou três pessoas durante a vida de Newton, ninguém sabe o que ele pensa e no que ele acredita. 
Ele escrevia palavras sem sessar. Estas não são páginas de uma obra, mas, com frequência, milhares de palavras que ele escrevia do nada. Creio haver muitas provas independentes de que Newton chegou a seu próprio limite continuamente e que tinha um comportamento confuso, sendo capaz de se concentrar profundamente e ficar obcecado por alguma coisa que estivesse fazendo.
Ele é uma figura grandemente contraditória e isso é muito comum em gênios.
Newton é agora uma figura a mais de sua época e entender como ele via o mundo e como sua ciência emergiu é o modo mais interessante de contemplá-lo.





Eu, Álison