Eu, Álison
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sábado, 12 de abril de 2014
Vital
"Eu acho que o processo criativo de cada pessoa nasce da necessidade vital de você querer mostrar ao mundo alguma coisa".
Eu, Álison
Eu, Álison
Não é verdade?
Isso é o idiota da objetividade e isso é o preponderante na nossa sociedade. Isso, eu acho, que faz o artista sofrer tanto. É muito cruel a natureza humana ser dessa maneira medíocre e objetiva, porque isso é a nossa grande miséria. Se a gente tem guerra, se a gente tem preconceito, se a gente tem injustiça, se a gente tem disparidade, é por causa desse ser. É o espírito de rebanho que o Nietzsche diria. Então, as pessoas tem que entender que a responsabilidade está no ser comum. As pessoas estão assumindo um papel quase troglodita. Sabe por que que a gente fica mais vulnerável a esse trogloditismo? Pelo excesso de informação. Então a gente se acha que está respaldado pela carga de modernidade que a gente tem, internet, telefone celular... A pessoa se acha em relação àquela carapaça tecnológica que ela tem. Agora, o problema é o seguinte: por exemplo, você que ia fazer um dever de casa da escola, e tinha que procurar no "Tesouros da Juventude", na "Biblioteca Barsa". Aí vem um babaca lá, baixa tudo no computador e cola tudo. E acha que é esperto! Depois te manda um e-mail assim, "trouxe" com C. Tem alguma coisa que é pior do que uma pessoa escrever errado? Você acredita, assim, se você receber uma declaração de amor com Ç trocado por SS... Você não vai acreditar que essa pessoa te ama! Não porque ela está mentindo, mas que ela não tem capacidade nem de amar. Não é verdade?
Eu, Álison
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sábado, 18 de janeiro de 2014
Está tudo acabado
Dizem que a obra do grande artista mistura-se com a sua vida, e vice-versa. Com Edgar Allan Poe esta máxima aplica-se perfeitamente. Apesar de ter escrito para as massa, como forma de ganhar a vida, ficou conhecido por produzir obras cheias de morte, medo e dor. Influenciou artistas como Machado de Assis, Fernando Pessoa, Franz Kafka, e outros.
Nascido em Boston, no dia 19 de janeiro de 1809, ficou órfão aos 2 anos. Apesar de algum reconhecimento, foi um completo fracasso em vida como homem e artista.
Em 1835, casou-se com sua prima, Virginia Clemm. Para muitos, o grande amor de sua vida. Em meio à grandes dificuldades econômicas, mudou-se constantemente de cidade, sempre com empregos mal remunerados. No ano de 1845, publicou sua obra mais famosa, O Corvo. Mas ele mesmo, certa vez, havia dito que a maldição era um cão negro seguindo a sua vida, pois em 1847 sua amada Virginia tossiu sangue pela primeira vez.
Era o fantasma da tuberculose pairando sobre sua felicidade. Nos meses seguintes, ela havia apresentado melhoras. Esperança que serviu apenas para acentuar a dor vindoura. Já que no fim daquele mesmo ano, as tosses com sangue voltaram mais intensas, junto com o fogo da febre. Ela viria a morrer pouco tempo depois, em presença do poeta que assistia a tudo impotente. A partir daí, mergulhou numa existência cada vez mais sombria.
Os dois últimos anos de sua vida estão encobertos por uma névoa de mistério. Mas sabe-se que planejava-se casar novamente em 1849. Com esse propósito, ele viajou para Baltimore no dia 27 de setembro de 1849. Depois de jantar com amigos, partiu às 4 horas da manhã, já que planejava uma viajem rápida. Nunca chegou ao seu destino.
Em 03 de outubro de 1849, Edgar Allan Poe foi encontrado em estado de delírio, com roupas que não eram suas, caído nas calçadas da cidade, por um homem que escreveu para um amigo dele. Na carta, ele diz que encontrou um mendigo que responde por Allan Poe e alega conhecer o destinatário da carta. Pede desesperadamente a presença do mesmo, pois o estado de saúde dele era grave. Esse amigo o havia levado à um hospital, no qual faleceria em 07 de outubro de 1849.
Durante os 4 dias de internação, Edgar Allan Poe não conseguiu pronunciar um discurso coerente sobre o que havia lhe ocorrido. Chama constantemente por alguém com o nome de Reynolds. Suas últimas palavras foram: “Está tudo acabado: escrevam Eddy já não existe”. A causa da morte nunca foi precisamente apurada. Nem quem era o homem chamado Reynalds.
Nascido em Boston, no dia 19 de janeiro de 1809, ficou órfão aos 2 anos. Apesar de algum reconhecimento, foi um completo fracasso em vida como homem e artista.
Em 1835, casou-se com sua prima, Virginia Clemm. Para muitos, o grande amor de sua vida. Em meio à grandes dificuldades econômicas, mudou-se constantemente de cidade, sempre com empregos mal remunerados. No ano de 1845, publicou sua obra mais famosa, O Corvo. Mas ele mesmo, certa vez, havia dito que a maldição era um cão negro seguindo a sua vida, pois em 1847 sua amada Virginia tossiu sangue pela primeira vez.
Era o fantasma da tuberculose pairando sobre sua felicidade. Nos meses seguintes, ela havia apresentado melhoras. Esperança que serviu apenas para acentuar a dor vindoura. Já que no fim daquele mesmo ano, as tosses com sangue voltaram mais intensas, junto com o fogo da febre. Ela viria a morrer pouco tempo depois, em presença do poeta que assistia a tudo impotente. A partir daí, mergulhou numa existência cada vez mais sombria.
Os dois últimos anos de sua vida estão encobertos por uma névoa de mistério. Mas sabe-se que planejava-se casar novamente em 1849. Com esse propósito, ele viajou para Baltimore no dia 27 de setembro de 1849. Depois de jantar com amigos, partiu às 4 horas da manhã, já que planejava uma viajem rápida. Nunca chegou ao seu destino.
Em 03 de outubro de 1849, Edgar Allan Poe foi encontrado em estado de delírio, com roupas que não eram suas, caído nas calçadas da cidade, por um homem que escreveu para um amigo dele. Na carta, ele diz que encontrou um mendigo que responde por Allan Poe e alega conhecer o destinatário da carta. Pede desesperadamente a presença do mesmo, pois o estado de saúde dele era grave. Esse amigo o havia levado à um hospital, no qual faleceria em 07 de outubro de 1849.
Durante os 4 dias de internação, Edgar Allan Poe não conseguiu pronunciar um discurso coerente sobre o que havia lhe ocorrido. Chama constantemente por alguém com o nome de Reynolds. Suas últimas palavras foram: “Está tudo acabado: escrevam Eddy já não existe”. A causa da morte nunca foi precisamente apurada. Nem quem era o homem chamado Reynalds.
Eu, Álison
sábado, 13 de julho de 2013
Completamente diferente
Supostamente o artista é aquele que desenvolve em linguagem aquela problemática que transcendentalmente o angustia. O artista é, supostamente, uma pessoa que vai além.
Um artista é uma pessoa que tem o maior índice de sensibilização. É capaz de captar as coisas da melhor maneira; é capaz de agredir as coisas porque lhe desagradam; é alguém que defronta o universo com um olhar crítico.
Arte é algo mais do que equilibração de forma ou de cor agradável. Arte é muito mais do que isso. É uma conscientização do homem perante o seu universo naquele momento. Artista é alguém que tem condições de penetrar um pouco mais e de fazê-lo insatisfeito, porque a arte é uma insatisfação. A arte deixa a pessoa insatisfeita, porque ela quer mais, deseja penetrar em seu mundo... Quem já experimentou isso não se conforma em ser uma pessoa quadradinha, bonitinha, dentro dos padrões que se esperam dela. De certa maneira, um artista é um rebelde consigo mesmo e com o mundo.
Conhecer o mundo não é apenas senti-lo. Para isso poderíamos dizer que o processo perceptivo, em arte, apresenta alguma sequência. Primeiro, a sequência do aprender a ver - a aprendizagem do ver é uma das aprendizagens mais significativas no processo da arte. Segundo, é o compreender, que se mede muito mais naquilo que já se viu.
A mensagem do artista seria, possivelmente, uma visão nova do seu mundo; seria uma visão típica, uma visão que quer colocar perante os outros.
Cremos que se precisa aprender a perceber, a configurar, a integrar... Este é um trabalho pessoal, próprio do indivíduo. Não é um trabalho de grupo. Uma das características mais importantes de uma pessoa que se dedica à arte está justamente em sua capacidade de abrir perspectivas, especialmente para si e para os outros. E, talvez, abrindo perspectivas, a pessoa consiga realizar alguma coisa completamente diferente.
Um artista é uma pessoa que tem o maior índice de sensibilização. É capaz de captar as coisas da melhor maneira; é capaz de agredir as coisas porque lhe desagradam; é alguém que defronta o universo com um olhar crítico.
Arte é algo mais do que equilibração de forma ou de cor agradável. Arte é muito mais do que isso. É uma conscientização do homem perante o seu universo naquele momento. Artista é alguém que tem condições de penetrar um pouco mais e de fazê-lo insatisfeito, porque a arte é uma insatisfação. A arte deixa a pessoa insatisfeita, porque ela quer mais, deseja penetrar em seu mundo... Quem já experimentou isso não se conforma em ser uma pessoa quadradinha, bonitinha, dentro dos padrões que se esperam dela. De certa maneira, um artista é um rebelde consigo mesmo e com o mundo.
Conhecer o mundo não é apenas senti-lo. Para isso poderíamos dizer que o processo perceptivo, em arte, apresenta alguma sequência. Primeiro, a sequência do aprender a ver - a aprendizagem do ver é uma das aprendizagens mais significativas no processo da arte. Segundo, é o compreender, que se mede muito mais naquilo que já se viu.
A mensagem do artista seria, possivelmente, uma visão nova do seu mundo; seria uma visão típica, uma visão que quer colocar perante os outros.
Cremos que se precisa aprender a perceber, a configurar, a integrar... Este é um trabalho pessoal, próprio do indivíduo. Não é um trabalho de grupo. Uma das características mais importantes de uma pessoa que se dedica à arte está justamente em sua capacidade de abrir perspectivas, especialmente para si e para os outros. E, talvez, abrindo perspectivas, a pessoa consiga realizar alguma coisa completamente diferente.
Eu, Álison
sábado, 6 de julho de 2013
O vazio
O mundo interior é rico em conteúdo e significação, porém, pode ser pobre, vazio, inócuo. E então a obra artística refletirá o vazio, a pobreza, a inocuidade.
Por Louis Wain
Eu, Álison
quarta-feira, 15 de maio de 2013
E todo o talento
É alguma coisa que põe você diferente das pessoas, diferente do grupo. As pessoas acham que vão fazer análise para se tratar de um problema muito sério, de uma coisa muito ruim. Eu diria que as pessoas vão fazer análise para poder suportar as suas qualidades, antes de mais nada. Porque quando você tem um problema, o problema é sempre solidário, é uma socialização da dor. Agora, quando alguém tem um talento claro que o define na sua diversidade... Então eu acho que o artista mostra a necessidade a cada um de nós de saber suportar essa singularidade.
Eu, Álison
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Ernst Haeckel
Além de sua dupla visão física, Haeckel possuía uma dupla visão mental. Era metade cientista arguto e metade artista imaginativo.
Então se desenrolou o primeiro dos seus dois romances trágicos. Enamorou-se de sua prima Anna Sethe, moça “de raros dotes de espírito e coração”. Foi precisamente no trigésimo aniversário de Haeckel que sua jovem esposa morreu. Por algum tempo os amigos temeram que ele não sobrevivesse ao golpe. “Só o trabalho pode salvar-me da loucura”.
Nas salas de aula, entretanto, os alunos sentiam unicamente uma única admiração por aquele professor que “falava como um demônio e desenhava como um deus”. Não o tolhia nenhum senso de falsa modéstia.
Uma figura alta e venerável, com os ombros largos de um atlas que sustentasse um mundo de pensamentos... “Era como se algum sábio sublime da antiguidade helênica, um Sócrates ou um Aristóteles, surgisse redivivo à minha frente”.
“Não existe Deus”, dizia. Atacava o “fanatismo da religião” com um fanatismo irreligioso igualmente frenético.
Desvencilhado das algemas do preconceito, ele seguira um novo caminho para o âmago do mistério do mundo.
Sem dúvida, hás de ter percebido, pelo meu porte canhestro, quão completamente a tua gentil visita veio transformar a serenidade habitual da minha existência prosaica – como a radiação de uma doce fada primaveril, que trouxe o recender de flores a um pobre cativo solitário.
Os dias adoráveis que passamos juntos parecem-me um sonho belo demais para durar. Essa recordação ainda me envolve e enfeitiça de tal maneira que me é difícil exprimir em palavras o que me agita o coração.
“A idade” – escreveu Haeckel em uma de suas cartas a Franziska, - “não é garantia contra as loucuras. Parto para os mares tropicais a fim de escapar de ti e de mim – duas almas raras e extraordinárias, feitas uma para a outra, e que, separadas, devem errar solitárias pela vida... Mas, aonde quer que fosse, levava a sua mágoa. O homem não pode fugir de si mesmo em parte alguma”.
“O enigma da vida humana”, escreveu alguns dias antes de morrer, “continua indecifrado”.
Então se desenrolou o primeiro dos seus dois romances trágicos. Enamorou-se de sua prima Anna Sethe, moça “de raros dotes de espírito e coração”. Foi precisamente no trigésimo aniversário de Haeckel que sua jovem esposa morreu. Por algum tempo os amigos temeram que ele não sobrevivesse ao golpe. “Só o trabalho pode salvar-me da loucura”.
Nas salas de aula, entretanto, os alunos sentiam unicamente uma única admiração por aquele professor que “falava como um demônio e desenhava como um deus”. Não o tolhia nenhum senso de falsa modéstia.
Uma figura alta e venerável, com os ombros largos de um atlas que sustentasse um mundo de pensamentos... “Era como se algum sábio sublime da antiguidade helênica, um Sócrates ou um Aristóteles, surgisse redivivo à minha frente”.
“Não existe Deus”, dizia. Atacava o “fanatismo da religião” com um fanatismo irreligioso igualmente frenético.
Desvencilhado das algemas do preconceito, ele seguira um novo caminho para o âmago do mistério do mundo.
Sem dúvida, hás de ter percebido, pelo meu porte canhestro, quão completamente a tua gentil visita veio transformar a serenidade habitual da minha existência prosaica – como a radiação de uma doce fada primaveril, que trouxe o recender de flores a um pobre cativo solitário.
Os dias adoráveis que passamos juntos parecem-me um sonho belo demais para durar. Essa recordação ainda me envolve e enfeitiça de tal maneira que me é difícil exprimir em palavras o que me agita o coração.
“A idade” – escreveu Haeckel em uma de suas cartas a Franziska, - “não é garantia contra as loucuras. Parto para os mares tropicais a fim de escapar de ti e de mim – duas almas raras e extraordinárias, feitas uma para a outra, e que, separadas, devem errar solitárias pela vida... Mas, aonde quer que fosse, levava a sua mágoa. O homem não pode fugir de si mesmo em parte alguma”.
“O enigma da vida humana”, escreveu alguns dias antes de morrer, “continua indecifrado”.
Eu, Álison
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Leonardo e Freud VI - O Final
Foi assim que se tornou o primeiro cientista natural moderno e uma abundância de descobertas e de ideias sugestivas recompensaram sua coragem de ter sido o primeiro homem, desde o tempo dos gregos, a indagar os segredos da natureza baseando-se unicamente na observação e em seu próprio julgamento.
“Os homens falarão com homens que nada percebem, que têm olhos abertos, mas que nada veem; falarão com eles e não terão resposta; implorarão as graças daqueles que têm orelhas, mas nada ouvem; acenderão luzes para quem é cego.”
Isto é lastimável, pois assim sacrificam a verdade em beneficio de uma ilusão, e por causa de suas fantasias infantis abandonam a oportunidade de penetrar nos mais fascinantes segredos da natureza humana.
O próprio Leonardo, com seu amor à verdade e sua sede de conhecimento, não desencorajaria qualquer tentativa de descobrir o que determinava seu desenvolvimento mental e intelectual, tomando como ponto de partida as peculiaridades triviais e os enigmas de sua natureza.
Não podemos conhecer direito as circunstâncias de sua hereditariedade; verificamos, por outro lado, que as circunstâncias acidentais de sua infância tiveram sobre ele um efeito profundo e perturbador. O instinto de ver e o de saber foram os mais fortemente excitados pelas impressões mais remotas de sua infância.
Leonardo surge da obscuridade de sua infância como artista, pintor e escultor devido a um talento especifico que foi reforçado, provavelmente, nos primeiros anos de sua infância pelo precoce despertar do seu instinto escoptofílico.
Antes disso, seu intelecto se elevara até o mais alto grau da realização formulando uma concepção do mundo que de muito ultrapassou sua época.
Parece, em todo caso, que somente um homem que tivesse passado pelas experiências infantis de Leonardo poderia ter pintado a Mona Lisa, ter acarretado um destino tão melancólico para suas obras e ter embarcado numa carreira tão extraordinária de cientista.
“Os homens falarão com homens que nada percebem, que têm olhos abertos, mas que nada veem; falarão com eles e não terão resposta; implorarão as graças daqueles que têm orelhas, mas nada ouvem; acenderão luzes para quem é cego.”
Isto é lastimável, pois assim sacrificam a verdade em beneficio de uma ilusão, e por causa de suas fantasias infantis abandonam a oportunidade de penetrar nos mais fascinantes segredos da natureza humana.
O próprio Leonardo, com seu amor à verdade e sua sede de conhecimento, não desencorajaria qualquer tentativa de descobrir o que determinava seu desenvolvimento mental e intelectual, tomando como ponto de partida as peculiaridades triviais e os enigmas de sua natureza.
Não podemos conhecer direito as circunstâncias de sua hereditariedade; verificamos, por outro lado, que as circunstâncias acidentais de sua infância tiveram sobre ele um efeito profundo e perturbador. O instinto de ver e o de saber foram os mais fortemente excitados pelas impressões mais remotas de sua infância.
Leonardo surge da obscuridade de sua infância como artista, pintor e escultor devido a um talento especifico que foi reforçado, provavelmente, nos primeiros anos de sua infância pelo precoce despertar do seu instinto escoptofílico.
Antes disso, seu intelecto se elevara até o mais alto grau da realização formulando uma concepção do mundo que de muito ultrapassou sua época.
Parece, em todo caso, que somente um homem que tivesse passado pelas experiências infantis de Leonardo poderia ter pintado a Mona Lisa, ter acarretado um destino tão melancólico para suas obras e ter embarcado numa carreira tão extraordinária de cientista.
Eu, Álison
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Leonardo e Freud IV
Ele conseguira sujeitar seus sentimentos ao domínio da pesquisa e reprimir a sua livre expressão; mas para si mesmo havia ocasiões em que o que suprimira forçava um meio de expressão. A morte da mãe, a quem tanto amara em certa época, foi uma delas. O que temos diante de nós nesses apontamentos sobre as despesas do enterro é a expressão, sob um disfarce quase irreconhecível, de sua tristeza pela morte da mãe. Ficamos pensando o porquê desse disfarce, e na verdade não o podemos entender se o considerarmos um processo mental normal.
A natureza generosa deu ao artista a capacidade de exprimir seus impulsos mais secretos, desconhecidos até por ele próprio, por meio dos trabalhos que cria; e estas obras impressionam enormemente outras pessoas estranhas ao artista e que desconhecem, elas também, a origem da emoção que sentem.
Eu, Álison
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Leonardo e Freud
Todos os posts que tiverem o nome "Leonardo e Freud" contêm trechos retirados de um livro que Freud escreveu sobre Leonardo da Vinci. Esse é o primeiro, mas adiante haverão mais posts com outros trechos.
Leonardo da Vinci (1452 - 1519) foi admirado, até mesmo
pelos seus contemporâneos, como um dos maiores homens da renascença italiana.
No entanto, já nessa época começara a parecer um enigma, tal como nos parece
hoje em dia. Era um gênio universal “cujos traços se podia apenas esboçar, mas
nunca definir”.
O que impediu que a personalidade de Leonardo fosse
compreendida pelos seus contemporâneos? O motivo, certamente, não terá sido a
versatilidade de seus talentos, nem a extensão do seu saber. Tampouco pertencia
ele à classe dos gênios fisicamente mal dotados pela natureza e que por isso
mesmo desprezam as formas exteriores da vida e, numa atitude de penosa
melancolia, fogem a qualquer contato com seus semelhantes.
Foi por isso, forçosamente, um solitário entre seus
contemporâneos. Para eles, sua atitude em face da sua arte foi sempre incompreensível.
O que ao leigo pode parecer uma obra prima nunca chega a
representar para o criador uma obra de arte completa, mas apenas a
concretização insatisfatória daquilo que tencionava realizar; ele possui uma
tênue visão da perfeição que tenta sempre reproduzir sem nunca conseguir
satisfazer-se.
Parecia tremer o tempo todo quando se punha a pintar e, no
entanto, nunca terminou nenhum trabalho que começou, sentindo um tal respeito
pela grandeza da arte que descobria defeitos em coisas que, aos outros,
pareciam milagres“.
Um de seus contemporâneos, o contista Matteo Bandelli, que
na época era um jovem frade naquele convento, conta que Leonardo costumava
muitas vezes subir nos andaimes pela manhã cedo e lá permanecer até o cair da
tarde sem nem uma vez descansar o pincel e nem se lembrar de comer ou de beber.
Depois, passava dias sem tornar a tocar no trabalho. Muitas vezes passava horas
diante de sua obra, somente analisando-a mentalmente.
Ao contrário, é possível observar uma extraordinária
profundeza e uma riqueza de possibilidades que vêm dificultar qualquer decisão
final, ambições enormes difíceis de satisfazer, e uma inibição na execução
definitiva para a qual não encontramos justificativa, mesmo considerando que o
artista nunca consegue realizar o seu ideal.
Eu, Álison
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Um tal de Michael Jackson
O dia 29 de agosto não poderia deixar de ser lembrado. Se estivesse vivo, hoje Michael Jackson estaria completando 54 anos de idade. Meus parabéns a ele pelo aniversário, onde quer que esteja.
Falar sobre Michael Jackson é falar sobre um conjunto inumerável de talentos reunidos em uma única pessoa. Você pode falar da voz dele e de como ele cantava, pode falar de como ninguém conseguia dançar como ele dançava, você pode falar que ele compôs músicas em vários estilos, pode falar que ele vendeu milhões e milhões de álbuns e de todos os recordes de vendas que ele tem. Você pode falar das dúzias de coisas que ele fez e que só ele, e ninguém mais, poderia fazer. Michael Jackson não era um músico, não era um humano. Ele era uma daquelas pessoas de quem se poderia esperar qualquer coisa. E mesmo sabendo disso, o mundo ficava perplexo diante do que ele fazia. Fosse onde fosse, Michael Jackson era sempre o melhor. Sempre o maior.
Falar sobre Michael Jackson é falar sobre um conjunto inumerável de talentos reunidos em uma única pessoa. Você pode falar da voz dele e de como ele cantava, pode falar de como ninguém conseguia dançar como ele dançava, você pode falar que ele compôs músicas em vários estilos, pode falar que ele vendeu milhões e milhões de álbuns e de todos os recordes de vendas que ele tem. Você pode falar das dúzias de coisas que ele fez e que só ele, e ninguém mais, poderia fazer. Michael Jackson não era um músico, não era um humano. Ele era uma daquelas pessoas de quem se poderia esperar qualquer coisa. E mesmo sabendo disso, o mundo ficava perplexo diante do que ele fazia. Fosse onde fosse, Michael Jackson era sempre o melhor. Sempre o maior.
Não é a toa que era chamado de Rei e que foi eleito O Maior Artista de Todos os Tempos. Michael Jackson não morreu, apenas foi fascinar as pessoas em outro lugar.
Eu, Álison
terça-feira, 12 de junho de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
We could've had it all...
...Rolling in the deep
You had my heart inside of your hand
And you played it to the beat
Lembranças a você que leu no ritmo da música.
E lembranças a pessoa que olha meu blog e não gosta da Adele e que vai comentar de novo falando mal dela.
Eu, Álison
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
O Show
Vejo que pessoas brigam nos shows, vejo que elas discutem, que elas não prestam atenção na música. Vejo que não apreciam o show em que estão, que elas não dão importância ao que o artista fala e faz.
Mas, felizmente, também vejo que pessoas se divertem nos shows, cantam as músicas, pulam o show todo, vejo que as pessoas riem nos shows, que elas estão ali porque querem estar, e vejo que essas pessoas são as recompensas que o artista recebe por estar lá em cima, no palco, cantando para aqueles que o quiserem ouvir. Vejo que, nos shows, a platéia fica feliz quando ela canta uma parte da música e que essa felicidade pode ser vista no rosto da cantora, ou do cantor, se os antes citados tiverem um real apreço por seus fãs. Isso é um verdadeiro show.
Mas, felizmente, também vejo que pessoas se divertem nos shows, cantam as músicas, pulam o show todo, vejo que as pessoas riem nos shows, que elas estão ali porque querem estar, e vejo que essas pessoas são as recompensas que o artista recebe por estar lá em cima, no palco, cantando para aqueles que o quiserem ouvir. Vejo que, nos shows, a platéia fica feliz quando ela canta uma parte da música e que essa felicidade pode ser vista no rosto da cantora, ou do cantor, se os antes citados tiverem um real apreço por seus fãs. Isso é um verdadeiro show.
Eu, Álison
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