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sábado, 22 de março de 2014

Só é grande se sofrer

"Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você"
- Vinicius de Moraes







Eu, Álison

sábado, 18 de janeiro de 2014

Está tudo acabado

Dizem que a obra do grande artista mistura-se com a sua vida, e vice-versa. Com Edgar Allan Poe esta máxima aplica-se perfeitamente. Apesar de ter escrito para as massa, como forma de ganhar a vida, ficou conhecido por produzir obras cheias de morte, medo e dor. Influenciou artistas como Machado de Assis, Fernando Pessoa, Franz Kafka, e outros.

Nascido em Boston, no dia 19 de janeiro de 1809, ficou órfão aos 2 anos. Apesar de algum reconhecimento, foi um completo fracasso em vida como homem e artista.
Em 1835, casou-se com sua prima, Virginia Clemm. Para muitos, o grande amor de sua vida. Em meio à grandes dificuldades econômicas, mudou-se constantemente de cidade, sempre com empregos mal remunerados. No ano de 1845, publicou sua obra mais famosa, O Corvo. Mas ele mesmo, certa vez, havia dito que a maldição era um cão negro seguindo a sua vida, pois em 1847 sua amada Virginia tossiu sangue pela primeira vez.
Era o fantasma da tuberculose pairando sobre sua felicidade. Nos meses seguintes, ela havia apresentado melhoras. Esperança que serviu apenas para acentuar a dor vindoura. Já que no fim daquele mesmo ano, as tosses com sangue voltaram mais intensas, junto com o fogo da febre. Ela viria a morrer pouco tempo depois, em presença do poeta que assistia a tudo impotente. A partir daí, mergulhou numa existência cada vez mais sombria.

Os dois últimos anos de sua vida estão encobertos por uma névoa de mistério. Mas sabe-se que planejava-se casar novamente em 1849. Com esse propósito, ele viajou para Baltimore no dia 27 de setembro de 1849. Depois de jantar com amigos, partiu às 4 horas da manhã, já que planejava uma viajem rápida. Nunca chegou ao seu destino.
Em 03 de outubro de 1849, Edgar Allan Poe foi encontrado em estado de delírio, com roupas que não eram suas, caído nas calçadas da cidade, por um homem que escreveu para um amigo dele. Na carta, ele diz que encontrou um mendigo que responde por Allan Poe e alega conhecer o destinatário da carta. Pede desesperadamente a presença do mesmo, pois o estado de saúde dele era grave. Esse amigo o havia levado à um hospital, no qual faleceria em 07 de outubro de 1849.

Durante os 4 dias de internação, Edgar Allan Poe não conseguiu pronunciar um discurso coerente sobre o que havia lhe ocorrido. Chama constantemente por alguém com o nome de Reynolds. Suas últimas palavras foram: “Está tudo acabado: escrevam Eddy já não existe”. A causa da morte nunca foi precisamente apurada. Nem quem era o homem chamado Reynalds.






Eu, Álison

sexta-feira, 8 de março de 2013

Quem não sabe tocar o intangível

Não é poeta. Ando com os nervos à flor da pele, mas por que insistis que sou louco?

Fiel a si mesmo, Poe existiu em desacordo social. No senso da arte, avançou a ponto de provocar a contestação que hoje ainda, cá e ali, comicamente se repete. Mas ele não tinha mesmo uma impressão otimista sobre os homens. Por ver a verdade nos sonhos, imaginava de antemão não poder transformar a vida cotidiana para melhor. Segundo Poe, o ser humano, ao contrário do estabelecido por Jean-Jacques Rousseau, nasce marcado pelo mal.


"Será sempre difícil exercer, de forma ao mesmo tempo nobre e frutífera, a condição do homem de letras sem se expor à difamação, à calúnia dos impotentes, à inveja dos ricos - inveja que é o castigo deles! -, às vinganças de mediocridade burguesa" escreveu Baudelaire.
Para Poe, e também para Baudelaire, um conceito como beleza ainda fazia um sentido literário. Não a beleza ligada à versificação, à idealização da natureza, ao encanto dos sentimentos, mas uma beleza visceral, algo ultrajante, fabricada pelo sangue.

"Muitas pessoas já me caracterizaram como louco. Resta saber se a loucura não representa, talvez, a forma mais elevada de inteligência". - Edgar Allan Poe.






Eu, Álison

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

As Horas


Encarar a vida pela frente... Sempre. Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é. Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é. E depois... Abandoná-la...
Sempre os anos entre nós, sempre os anos... Sempre o amor... Sempre a razão... Sempre o tempo... Sempre... As horas.



"A beleza do mundo, que muito em breve perecerá, tem duas margens, uma do riso e outra da angústia, que cortam o coração em duas metades". - Virginia Woolf






Eu, Álison

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Até mais ver

Saúdo todos os meus amigos. Que lhes seja dado ver a aurora desta longa noite. Eu, demasiadamente impaciente, vou-me antes. - Stefan Zweig







Eu, Álison

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

À Menina dos Olhos

Hoje vou apresentar a vocês um texto que não fui eu quem escrevi. Quem escreveu ele foi um gigante que eu conheço, um cara chamado Lucas e é uma honra para mim poder mostrar esse texto aqui no meu blog.

Acredito que por trás desse texto haja uma inspiração, alguém que serviu de motivo para que esse texto fosse escrito. Também acredito que eu saiba quem seja essa inspiração. Mas é claro, eu não vou dizer...

Esse texto é muito diferente dos que eu costumo escrever. Tecnicamente falando, ele é muito, mas muito mais difícil do que os meus. É muito mais técnico e exige muito mais conhecimento. Sinceramente, acho muito complicado escrever desse modo, até porque se eu achasse fácil, eu sempre escreveria assim. Mas eu estou só começando, talvez daqui mais um tempo eu consiga escrever melhor. Segue:


"E pergunto: de que forma não sentir-me-ia eu atraído, extasiado, por tal? Cujos olhos tão claros quanto as virgens fontes de águas, tantas vezes escondido em meio a longos e lisos fios de seda que se assemelham as majestosas cores da mítica cidade de El Dourado, admiro. Alva como a neve que o sol de seu olhar ilumina. Seria ilusão, mentira, ou tornou-se o sonho real? Temo pois, que tamanha deusa de marfim, com toda sua perfeição, não venha a aceitar minha total devoção."


Não sei você, mas eu achei esse texto incrível. Além do tecnicismo, há também um sentido muito grande por trás dele. Fascinante.






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