Eu, Álison
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quarta-feira, 15 de maio de 2013
E todo o talento
É alguma coisa que põe você diferente das pessoas, diferente do grupo. As pessoas acham que vão fazer análise para se tratar de um problema muito sério, de uma coisa muito ruim. Eu diria que as pessoas vão fazer análise para poder suportar as suas qualidades, antes de mais nada. Porque quando você tem um problema, o problema é sempre solidário, é uma socialização da dor. Agora, quando alguém tem um talento claro que o define na sua diversidade... Então eu acho que o artista mostra a necessidade a cada um de nós de saber suportar essa singularidade.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Resolver sozinho
A proteção contra doenças neuróticas que a religião concede a seus crentes é facilmente explicável: ela afasta o complexo paternal, do qual depende o sentimento de culpa, quer no indivíduo, quer na totalidade da raça humana, resolvendo-o para ele, enquanto o incrédulo tem de resolver sozinho o seu problema.
Eu, Álison
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Um sintoma?
Sim, é um sintoma, mas não o sintoma inicial que a pessoa trouxe para a análise, porque aquele eu decifro. É um sintoma indecifrável. É um sintoma que não será transformado em mais nada, a não ser a pessoa descobrir que ela é o seu sintoma.
É a pessoa se dar conta de sua existência como um sintoma indecifrável. É um sintoma porque eu não sei muito bem o que é, mas eu vou ter que lidar com essa coisa que eu não sei o que é.
É a pessoa se dar conta de sua existência como um sintoma indecifrável. É um sintoma porque eu não sei muito bem o que é, mas eu vou ter que lidar com essa coisa que eu não sei o que é.
Eu, Álison
Leonardo e Freud
Todos os posts que tiverem o nome "Leonardo e Freud" contêm trechos retirados de um livro que Freud escreveu sobre Leonardo da Vinci. Esse é o primeiro, mas adiante haverão mais posts com outros trechos.
Leonardo da Vinci (1452 - 1519) foi admirado, até mesmo
pelos seus contemporâneos, como um dos maiores homens da renascença italiana.
No entanto, já nessa época começara a parecer um enigma, tal como nos parece
hoje em dia. Era um gênio universal “cujos traços se podia apenas esboçar, mas
nunca definir”.
O que impediu que a personalidade de Leonardo fosse
compreendida pelos seus contemporâneos? O motivo, certamente, não terá sido a
versatilidade de seus talentos, nem a extensão do seu saber. Tampouco pertencia
ele à classe dos gênios fisicamente mal dotados pela natureza e que por isso
mesmo desprezam as formas exteriores da vida e, numa atitude de penosa
melancolia, fogem a qualquer contato com seus semelhantes.
Foi por isso, forçosamente, um solitário entre seus
contemporâneos. Para eles, sua atitude em face da sua arte foi sempre incompreensível.
O que ao leigo pode parecer uma obra prima nunca chega a
representar para o criador uma obra de arte completa, mas apenas a
concretização insatisfatória daquilo que tencionava realizar; ele possui uma
tênue visão da perfeição que tenta sempre reproduzir sem nunca conseguir
satisfazer-se.
Parecia tremer o tempo todo quando se punha a pintar e, no
entanto, nunca terminou nenhum trabalho que começou, sentindo um tal respeito
pela grandeza da arte que descobria defeitos em coisas que, aos outros,
pareciam milagres“.
Um de seus contemporâneos, o contista Matteo Bandelli, que
na época era um jovem frade naquele convento, conta que Leonardo costumava
muitas vezes subir nos andaimes pela manhã cedo e lá permanecer até o cair da
tarde sem nem uma vez descansar o pincel e nem se lembrar de comer ou de beber.
Depois, passava dias sem tornar a tocar no trabalho. Muitas vezes passava horas
diante de sua obra, somente analisando-a mentalmente.
Ao contrário, é possível observar uma extraordinária
profundeza e uma riqueza de possibilidades que vêm dificultar qualquer decisão
final, ambições enormes difíceis de satisfazer, e uma inibição na execução
definitiva para a qual não encontramos justificativa, mesmo considerando que o
artista nunca consegue realizar o seu ideal.
Eu, Álison
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Não interpreta Michael Jackson
Palavras de Jorge Forbes, psicanalista, sobre a morte de Michael Jackson.
A psicanálise serve, a meu ver, para lembrar que pessoas
como o Michael Jackson, que são a arte encarnada... São eles que nos interpretam.
São eles que nos comovem, são eles que fazem com que a gente se pergunte, são eles
que mostram, de certa forma, uma pequenez do nosso dia a dia, são eles que
mostram que o mundo pode ser diferente, que a gente pode andar diferente.
Acho que todos nós temos um interrogante em nós, sabendo que sempre existe um descompasso entre o que a gente sente e o que a gente diz. A gente vive desse descompasso.
Acho que todos nós temos um interrogante em nós, sabendo que sempre existe um descompasso entre o que a gente sente e o que a gente diz. A gente vive desse descompasso.
E que responde a sua pergunta sobre o porquê
essa comoção mundial. É porque ele não é de ninguém. E, como ele não é de ninguém, cada um de nós pode ver o nosso Michael Jackson.
Eu acho que o que
faz a obra de arte ser imortal, o que faz um livro ser imortal, um quadro ser
imortal, um artista ser imortal, é exatamente o fato de ele escapar sempre a
todas as tentativas nossas cognoscíveis de aprendê-lo. Nós não conseguimos
fazer isso com a Mona Lisa, nós não conseguimos fazer isso com o Moisés de Michelangelo. Nem o autor dele consegue. Eu acho que o
Michael Jackson é isso. E tem uma coisa muito interessante no Michael Jackson.
Ele morre no momento que ele ia retomar, e ele não retomou. Então cada um de
nós vai ficar com a ideia do show que ele não fez. Ele morreu no momento da
esperança, o que, evidentemente, contribui muitíssimo para um envolvimento de
todos nós, porque todos nós sonhamos juntos o que seria esse show em Londres.
Todo talento é uma coisa que põe você diferente das pessoas,
diferente do grupo. Agora, quando alguém tem um talento claro, que o define na
sua diversidade. Eu tomaria pela essência da palavra, pela diversidade, pelo
diferente, pelo não costumeiro, pelo não habitual que ele era. Então eu acho que o artista mostra a
necessidade, a cada um de nós, de saber suportar essa singularidade. E isso não
é fácil.
Michael Jackson teve problemas? Nós sabemos. O Michael
Jackson teve sofrimento? Nós sabemos. O Michael Jackson é uma pessoa esquisita
a todas nós? Nós sabemos. Isso explica o
talento, a genialidade de um homem que revolucionou a música? Nós não sabemos. Quer dizer, nós não temos
a essência de ir lá dizer: “Com isso daqui eu faço outro Michael Jackson”. Eu não
faço. O mundo hoje está de luto. Nós perdemos a maior expressão da música
popular no século, uma pessoa que revolucionou. Nós ficamos de luto porque nós
perdemos, mas nós não sabemos exatamente o que nós perdemos. Eu acho que nesse
momento, você tem duas opções na vida, para dizer grosseiramente: Ou você consegue se responsabilizar pela
sua singularidade, ou você vira genérico. Se você puder suportar isso, e suportar isso
quer dizer suportar o desentendimento, suportar o mal entendido, suportar o
silêncio, suportar a angústia, porque não tem padrão, então a angústia vai
aumentando, suportar essa singularidade, aí nesse momento a sua possibilidade
de se manter nesse ponto é muito maior.
Para encerrar, brevemente, duas palavras, uma sobre o herói
e uma sobre o Michael Jackson. Sobre o herói, acho que nós estamos em um
momento na globalização, nós temos uma outra relação com os heróis, os heróis sempre
existirão, sempre existiram aquelas pessoas que nos tocam de alguma forma. Será
aquele que nos interrogará, que nos fascinará, que nos equivocará, que nos
mostrará algo diferente e diverso, como o Michael Jackson. E a última palavra, eu
acho, sobre o dia de hoje, é “Que pena...”.
Eu, Álison
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Quem tem sucesso é solitário
Esse vídeo fala sobre as pessoas que têm sucesso e como elas encaram suas vidas nessa condição. Quem está falando é o psicanalista Jorge Forbes e ouvi-lo te faz pensar muito sobre muitas coisas.
Eu, Álison
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Isso ou aquilo
Normalmente as pessoas pensam que o duro é enfrentar a morte e sustentá-la. Não do ponto de vista psicanalítico. Do ponto de vista psicanalítico, o duro é enfrentar a vida. Por quê? Porque a morte, de certa forma, é um sentimento oceânico, onde as pessoas estariam juntas naquele silêncio eterno. A vida é o sentimento da diferença, é o sentimento do detalhe, é o sentimento da diversidade e é sobre a vida que a responsabilidade é normalmente maior que sobre a morte.
O que a pessoa prefere, isso ou aquilo, é para pôr em discussão.
Jorge Forbes, psicanalista.
O que a pessoa prefere, isso ou aquilo, é para pôr em discussão.
Jorge Forbes, psicanalista.
Eu, Álison
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Queria que a projeção terminasse
Por incrível que pareça, eu queria que a projeção acabasse. Queria que tudo se tornasse admiração e que toda essa confusão tivesse fim. Acho que seria o melhor para todos.
Eu, Álison
sábado, 28 de julho de 2012
Perdido em si
O psicótico, em geral, vem trazido por um familiar; se jovem, é a mãe. Não que ele não se sinta doente, isto tem de ficar bem claro. Ele não se sente é capaz de procurar ajuda sozinho, muitas vezes. Só isto. Sabe que está doente mais do que qualquer pessoa possa imaginar. Na verdade, é porque é a psicose o que leva a pessoa verdadeiramente ao sofrimento. Então o paciente chega ao consultório muito sofrido.
O trabalho é muito difícil, pois está se lidando com pessoas que têm um nível de sofrimento muito alto e a tendência delas e a nossa também é, ao sofrer, querer arrancar de si um pedaço e jogá-lo fora (o sofrimento).
"Se eu (autora) não conseguisse por minha conta um terapeuta, um amigo, bastante amigo, deveria me levar a consultar um que não tivesse medo de doenças e nem de doentes, no caso, eu. Gostaria que o terapeuta fosse um ser humano, não um poço de onipotência, que até pudesse me dizer que algumas coisas que lhe conto ele não entende, mas que fará o possível para me ajudar e me compreender. Enfim, gostaria de me tratar com uma pessoa, uma pessoa que sorrisse para mim. Gostaria que se meu terapeuta me visse na rua me cumprimentasse para que eu não achasse que estava louca ao reconhecer uma pessoa e cumprimentá-la e ter como resposta um olhar distante e desconhecedor. Eu gostaria que meu terapeuta gostasse da minha doença, pois dela emergirá minha saúde. O delirante capta algo que não está bem mesmo e mistura com uma porção de impressões emocionais suas, por isso algumas ideias delirantes de pacientes psicóticos nos parecem tão absurdas".
O trabalho é muito difícil, pois está se lidando com pessoas que têm um nível de sofrimento muito alto e a tendência delas e a nossa também é, ao sofrer, querer arrancar de si um pedaço e jogá-lo fora (o sofrimento).
"Se eu (autora) não conseguisse por minha conta um terapeuta, um amigo, bastante amigo, deveria me levar a consultar um que não tivesse medo de doenças e nem de doentes, no caso, eu. Gostaria que o terapeuta fosse um ser humano, não um poço de onipotência, que até pudesse me dizer que algumas coisas que lhe conto ele não entende, mas que fará o possível para me ajudar e me compreender. Enfim, gostaria de me tratar com uma pessoa, uma pessoa que sorrisse para mim. Gostaria que se meu terapeuta me visse na rua me cumprimentasse para que eu não achasse que estava louca ao reconhecer uma pessoa e cumprimentá-la e ter como resposta um olhar distante e desconhecedor. Eu gostaria que meu terapeuta gostasse da minha doença, pois dela emergirá minha saúde. O delirante capta algo que não está bem mesmo e mistura com uma porção de impressões emocionais suas, por isso algumas ideias delirantes de pacientes psicóticos nos parecem tão absurdas".
Eu, Álison
sábado, 16 de junho de 2012
Me identifiquei bastante
Encontrei uma matéria sobre os benefícios de ser tímido. Eu particularmente não sei dizer o que mais gostei, achei todos os cinco interessantes.
É comum as pessoas quererem falar e não se interessarem pelo que o outro tem a dizer. Um tímido, pelo contrário, pode ser um excelente ouvinte. "Demonstrar um interesse pelo outro, dar lugar para que o outro se coloque, são algumas das qualidades de uma pessoa mais tímida", ressalta a psicóloga Anna Hirsch Burg, do Núcleo Brasileiro de Pesquisas Psicanalíticas. Ela afirma que, quando a pessoa sempre tem que falar e ocupar o "centro do palco", pode ser sinal de grande insegurança - e até maior que a de alguém tímido.
2- Preserva a sua vida pessoal e a sua imagem
O tímido, por não expor muito seus pensamentos e sentimentos e apresentar certo "acanhamento" - incômodo ou inibição nos relacionamentos interpessoais -, preserva a sua imagem e não se expõe demais perante os outros nas situações cotidianas. De acordo com a coordenadora do setor de gerenciamento de estresse e qualidade de vida da Unifesp, Denise Diniz, um dos aspectos positivos desse tipo de atitude é a defesa. A pessoa acaba tendo uma atitude de cautela, buscando a atitude adequada para a situação. O tímido preserva a sua vida pessoal, apresenta um baixo volume de voz e costuma ser uma pessoa mais comedida.
3- As pessoas se aproximam de tímidos com interesse genuíno
Alguns tímidos transmitem paz e tranquilidade. A psicanalista Anna Burg enfatiza que, muitas vezes, pessoas caladas e tímidas são vistas como alguém que não fala porque está escondendo o "ouro", ou seja, alguém muito sábio, que pensa para falar e tem respostas geniais para os problemas. Dessa forma, as pessoas tímidas podem ser requisitadas de maneira genuína para se tornarem amigas. Por serem mais discretas, costumam guardar melhor os segredos dos outros e esta é uma qualidade que aumenta a confiança, imprescindível em qualquer amizade.
4- São mais cautelosos na hora de se relacionar
A timidez pode servir como o comportamento de adaptação a novos relacionamentos. "Para o começo de relações amorosas ou de amizade, essa cautela do tímido pode ser muito benéfica", adverte a psicóloga Denise. Passada a inibição, cautela e, até mesmo, o medo inicial, o tímido consegue conviver bem com a outra pessoa e só aprofunda a relação quando sabe que o outro também é de confiança e merece respeito e amizade. Dessa forma, eles se decepcionam menos com as suas relações e só investem o seu tempo e o seu carinho em pessoas que fazem por merecer.
5- A timidez evita ofensas desnecessárias
Por não falar tudo o que pensa e ser comedido com as palavras, o tímido evita fazer comentários desnecessários, e assim, não ofende as outras pessoas com "excesso de sinceridade" e de palavras. De acordo com os especialistas entrevistados, vivemos em uma sociedade que exige que as pessoas sejam lindas, inteligentes e extrovertidas. Por conta disso, a timidez pode ser até vista como ruim para os outros, mas não é necessariamente um mal para o tímido. Se esse tipo de comportamento é só mais um fator da sua personalidade e você convive bem com ele, não há razões para mudar a sua essência. Só é preciso preservar a sua autoestima e valorizar-se do jeito que você é.
Link original: http://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/13468-descubra-cinco-aspectos-positivos-da-timidez
Eu, Álison
sábado, 12 de maio de 2012
Não há empatia
Eu devia ficar feliz pelas pessoas. Feliz mesmo. Elas estão juntas, estão se divertindo e rindo bastante, mas eu não consigo. Não consigo ficar feliz pelas pessoas. Eu procuro qualquer coisa que possa despertar um pouco de alegria em relação às outras pessoas, mas eu não encontro nada. Nem pareço uma pessoa que fala tanto em empatia.
Só sinto inveja, ciúme e um pouco de tristeza.
Alguém pode fazer o favor de me pagar um psiquiatra, um psicólogo, um psicanalista ou qualquer outra pessoa que tenha "psi" no nome e trate de gente louca?
Eu, Álison
quarta-feira, 11 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Amizades
A Amizade é algo inexplicável. Se você tiver uma em sua vida, nunca estará sozinho. Apesar disso, acredito que a época que você começa sua Amizade influencia a duração e a resistência da mesma.
Acho que a Amizade mais forte que pode existir é a que inicia na infância, mais precisamente na escola, onde você cria os primeiros laços de afeto fora da família. Nessa época, você não tem ciência do que fará no futuro, de todas as suas obrigações e de todas as dificuldades que poderá passar. Se você cria uma Amizade nessa idade, é porque o seu único interesse é realmente criar essa Amizade. Você não pensa em tirar vantagem, em passar os outros para trás, em ser melhor, você só quer ficar perto do seu amigo. Não há má intenção por trás da sua Amizade e é isso que a torna tão importante.
Na adolescência, você ainda não tem todos os compromissos de um adulto e também não pensa em passar os outros para trás. O problema é que a cabeça das pessoas na adolescência é muito confusa. Essa é a faixa etária em que as pessoas estão concretizando sua personalidade e até isso acontecer, pode haver muitas variações. Eu não estou dando uma de psicanalista, sei disso por experiência própria. Não que tenha acontecido comigo, mas aconteceu com pessoas próximas a mim. As Amizades nessa época podem ser muito frágeis e podem acabar muito rápido devido à instabilidade das pessoas. Não digo que é impossível que Amizades comecem nessa idade, só acredito que seja mais difícil.
Complicado é depois que você vira adulto. Por mais que você queira ter uma Amizade séria, na maioria das vezes a sociedade que você vive te impede de fazer isso. Você tem que se preocupar em arranjar dinheiro, já que provavelmente não vai continuar morando com a família, ou seja, arranjar um emprego, e isso pode ser muito ruim para um relacionamento. Se você vive sempre escolhendo entre "você ou eu", na maioria das vezes é obrigado a escolher você mesmo. Não há como ser amigo de alguém assim. Você vai sempre ter que priorizar você em detrimento dos que estão ao seu redor. Não haverá a opção "nós dois". Ou você se dá bem ou outro se dá por você. O lado bom é que você já tem a cabeça pronta, aí pode pensar de forma mais clara quem quer ter por perto.
Acho que a Amizade mais forte que pode existir é a que inicia na infância, mais precisamente na escola, onde você cria os primeiros laços de afeto fora da família. Nessa época, você não tem ciência do que fará no futuro, de todas as suas obrigações e de todas as dificuldades que poderá passar. Se você cria uma Amizade nessa idade, é porque o seu único interesse é realmente criar essa Amizade. Você não pensa em tirar vantagem, em passar os outros para trás, em ser melhor, você só quer ficar perto do seu amigo. Não há má intenção por trás da sua Amizade e é isso que a torna tão importante.
Na adolescência, você ainda não tem todos os compromissos de um adulto e também não pensa em passar os outros para trás. O problema é que a cabeça das pessoas na adolescência é muito confusa. Essa é a faixa etária em que as pessoas estão concretizando sua personalidade e até isso acontecer, pode haver muitas variações. Eu não estou dando uma de psicanalista, sei disso por experiência própria. Não que tenha acontecido comigo, mas aconteceu com pessoas próximas a mim. As Amizades nessa época podem ser muito frágeis e podem acabar muito rápido devido à instabilidade das pessoas. Não digo que é impossível que Amizades comecem nessa idade, só acredito que seja mais difícil.
Complicado é depois que você vira adulto. Por mais que você queira ter uma Amizade séria, na maioria das vezes a sociedade que você vive te impede de fazer isso. Você tem que se preocupar em arranjar dinheiro, já que provavelmente não vai continuar morando com a família, ou seja, arranjar um emprego, e isso pode ser muito ruim para um relacionamento. Se você vive sempre escolhendo entre "você ou eu", na maioria das vezes é obrigado a escolher você mesmo. Não há como ser amigo de alguém assim. Você vai sempre ter que priorizar você em detrimento dos que estão ao seu redor. Não haverá a opção "nós dois". Ou você se dá bem ou outro se dá por você. O lado bom é que você já tem a cabeça pronta, aí pode pensar de forma mais clara quem quer ter por perto.
Eu, Álison
sexta-feira, 13 de maio de 2011
PSICANÁLISE
Obrigado Freud
Segundo alguns psicanalistas, quando se apaixona, você não se relaciona com alguém de carne e osso, mas com uma projeção criada por você mesmo, a e projeção que fazemos é de um ser absolutamente perfeito, mas depois de um período a projeção acaba e você passa a enxergar de verdade a pessoa com quem está se relacionando; invariavelmente algumas virtudes do parceiro ou da parceira vão embora junto com a projeção, outras ficam, e se o que ficou de cada um for o suficiente para os dois, a relação perdura, caso contrário, ninguém sabe o que faz o botãozinho ligar e iniciar uma nova projeção.
Muito interessante mesmo, vale a pena ver. Ninguém pensa por esse lado...
Eu, Álison
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