Eu, Álison
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domingo, 10 de agosto de 2014
A perversidade é que é natural
Para Aristóteles, "o homem tem, por natureza, o desejo de conhecer" e é naturalmente inclinado à verdade, só cedendo ao erro por acidente ou privação. Para Schopenhauer, ao contrário, a perversidade é que é natural ao gênero humano, e não só a perversidade moral, mas também a perversidade cognitiva que leva a preferir o erro à verdade.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Ernst Haeckel
Além de sua dupla visão física, Haeckel possuía uma dupla visão mental. Era metade cientista arguto e metade artista imaginativo.
Então se desenrolou o primeiro dos seus dois romances trágicos. Enamorou-se de sua prima Anna Sethe, moça “de raros dotes de espírito e coração”. Foi precisamente no trigésimo aniversário de Haeckel que sua jovem esposa morreu. Por algum tempo os amigos temeram que ele não sobrevivesse ao golpe. “Só o trabalho pode salvar-me da loucura”.
Nas salas de aula, entretanto, os alunos sentiam unicamente uma única admiração por aquele professor que “falava como um demônio e desenhava como um deus”. Não o tolhia nenhum senso de falsa modéstia.
Uma figura alta e venerável, com os ombros largos de um atlas que sustentasse um mundo de pensamentos... “Era como se algum sábio sublime da antiguidade helênica, um Sócrates ou um Aristóteles, surgisse redivivo à minha frente”.
“Não existe Deus”, dizia. Atacava o “fanatismo da religião” com um fanatismo irreligioso igualmente frenético.
Desvencilhado das algemas do preconceito, ele seguira um novo caminho para o âmago do mistério do mundo.
Sem dúvida, hás de ter percebido, pelo meu porte canhestro, quão completamente a tua gentil visita veio transformar a serenidade habitual da minha existência prosaica – como a radiação de uma doce fada primaveril, que trouxe o recender de flores a um pobre cativo solitário.
Os dias adoráveis que passamos juntos parecem-me um sonho belo demais para durar. Essa recordação ainda me envolve e enfeitiça de tal maneira que me é difícil exprimir em palavras o que me agita o coração.
“A idade” – escreveu Haeckel em uma de suas cartas a Franziska, - “não é garantia contra as loucuras. Parto para os mares tropicais a fim de escapar de ti e de mim – duas almas raras e extraordinárias, feitas uma para a outra, e que, separadas, devem errar solitárias pela vida... Mas, aonde quer que fosse, levava a sua mágoa. O homem não pode fugir de si mesmo em parte alguma”.
“O enigma da vida humana”, escreveu alguns dias antes de morrer, “continua indecifrado”.
Então se desenrolou o primeiro dos seus dois romances trágicos. Enamorou-se de sua prima Anna Sethe, moça “de raros dotes de espírito e coração”. Foi precisamente no trigésimo aniversário de Haeckel que sua jovem esposa morreu. Por algum tempo os amigos temeram que ele não sobrevivesse ao golpe. “Só o trabalho pode salvar-me da loucura”.
Nas salas de aula, entretanto, os alunos sentiam unicamente uma única admiração por aquele professor que “falava como um demônio e desenhava como um deus”. Não o tolhia nenhum senso de falsa modéstia.
Uma figura alta e venerável, com os ombros largos de um atlas que sustentasse um mundo de pensamentos... “Era como se algum sábio sublime da antiguidade helênica, um Sócrates ou um Aristóteles, surgisse redivivo à minha frente”.
“Não existe Deus”, dizia. Atacava o “fanatismo da religião” com um fanatismo irreligioso igualmente frenético.
Desvencilhado das algemas do preconceito, ele seguira um novo caminho para o âmago do mistério do mundo.
Sem dúvida, hás de ter percebido, pelo meu porte canhestro, quão completamente a tua gentil visita veio transformar a serenidade habitual da minha existência prosaica – como a radiação de uma doce fada primaveril, que trouxe o recender de flores a um pobre cativo solitário.
Os dias adoráveis que passamos juntos parecem-me um sonho belo demais para durar. Essa recordação ainda me envolve e enfeitiça de tal maneira que me é difícil exprimir em palavras o que me agita o coração.
“A idade” – escreveu Haeckel em uma de suas cartas a Franziska, - “não é garantia contra as loucuras. Parto para os mares tropicais a fim de escapar de ti e de mim – duas almas raras e extraordinárias, feitas uma para a outra, e que, separadas, devem errar solitárias pela vida... Mas, aonde quer que fosse, levava a sua mágoa. O homem não pode fugir de si mesmo em parte alguma”.
“O enigma da vida humana”, escreveu alguns dias antes de morrer, “continua indecifrado”.
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domingo, 7 de outubro de 2012
Realmente ser humano
Ao decorrer de nossas vidas vamos construindo relacionamentos com as pessoas com que temos contato. A família nesse caso é uma exceção à regra, já que desde que nascemos estamos ligados a ela. Como já disse várias vezes, acho que a Amizade é vital para qualquer um e é desse laço que vou tentar falar um pouco.
Como qualquer amizade, a minha começou quando encontrei meu amigo, que nessa época ainda não era meu amigo, mas somente um desconhecido para mim. Por um motivo ou outro, começamos a conversar. Nós estudávamos juntos, então diariamente nos víamos. Depois de um tempo, passamos de desconhecidos para conhecidos.
Passado um período mais longo, conseguimos continuar estudando na mesmo turma, então com o progressivo aumento de afinidade, tornamo-nos colegas (não colegas por simplesmente estudarmos juntos, colegas mesmo). Essa época foi meio instável. Ocorreram algumas discussões entre nós, mas depois aprendi que essas discussões são normais em qualquer relação que está começando, pois uma pessoa está conhecendo a outra e é comum que hajam desavenças. Isso também aconteceu com as outras pessoas que hoje são próximas a mim, então não acabe sua amizade com alguém por causa de uma briga, isso é normal e para que você estabeleça uma relação firme você precisa passar por isso.
Tive a sorte de estudar desde a 5ª série com meu amigo e isso ajudou que mantivéssemos contato diariamente. Passados alguns anos, depois de já conhecer bem quem eu considerava apenas um colega, finalmente comecei a chamá-lo de amigo. Isso não aconteceu de uma hora para outra, como acontece com a maioria das pessoas hoje em dia. Passaram-se alguns anos para que chegasse a esse ponto. Depois que você estabelece uma autêntica amizade, as coisas só tendem a melhorar. Não há mais brigas, não há mais discussões. A única coisa que haverá será uma pessoa ao seu lado que estará sempre fazendo você se divertir. Mas isso não é o fim. A amizade continua progredindo.
Essa parte pode parecer meio subjetiva porque se baseia na minha experiência e você tem direito de discordar. Depois de muito tempo, e aqui me refiro a anos, chegará um ponto em que sua amizade (não quero parecer muito pretensioso) não dependerá mais de palavras. Você vai conhecer seu amigo tão bem, mas tão bem, que quando alguma coisa acontecer, um simples gesto vai ser suficiente para que um se comunique com o outro. É uma coisa fora do comum.
E no que considero a última etapa, você não dependerá de palavras e nem mesmo de gestos. Você conhecerá seu amigo de uma forma única, como quase ninguém conhece. Sua relação com ele será comparável apenas com a dos integrantes da sua família. Quando alguma coisa acontecer, não haverá a necessidade nem de gestos. Você pode praticamente adivinhar o que seu amigo está pensando, pois o conhece e o compreende de uma maneira que não pode ser explicada. Tudo que você precisará fazer é olhar para seu amigo, e com apenas esse simples movimento você expressará claramente seus pensamentos à seu amigo e ele os compreenderá perfeitamente. Tudo que tiver para ser dito será demonstrado pelo que os olhos expressarem. A harmonia existente entre as duas pessoas será o que vai mantê-los juntos através de um laço que ninguém poderá separar. Você entende seu amigo tão bem que o uso da linguagem, habilidade que diferencia os humanos de qualquer outro ser, será desnecessária. Não serão as palavras que irão uni-los, mas a afinidade mental que irá conectá-los, e essa ponte construída entre as duas mentes será mais forte do que qualquer coisa. Será algo inexplicável, além de todos os hábitos e costumes corriqueiros.
Para mim, essa é a maneira mais elevada do ser humano exercer suas virtudes. Aristóteles disse que a amizade é uma alma perdida entre dois corpos e acho que isso é uma das melhores maneiras de descrever esse estado de espírito consonante. Quando alguém chega a esse ponto, alcança o que considero o ápice da amizade. O ser humano está exercendo sua humanidade. Ele está sendo plenamente humano.
Como qualquer amizade, a minha começou quando encontrei meu amigo, que nessa época ainda não era meu amigo, mas somente um desconhecido para mim. Por um motivo ou outro, começamos a conversar. Nós estudávamos juntos, então diariamente nos víamos. Depois de um tempo, passamos de desconhecidos para conhecidos.
Passado um período mais longo, conseguimos continuar estudando na mesmo turma, então com o progressivo aumento de afinidade, tornamo-nos colegas (não colegas por simplesmente estudarmos juntos, colegas mesmo). Essa época foi meio instável. Ocorreram algumas discussões entre nós, mas depois aprendi que essas discussões são normais em qualquer relação que está começando, pois uma pessoa está conhecendo a outra e é comum que hajam desavenças. Isso também aconteceu com as outras pessoas que hoje são próximas a mim, então não acabe sua amizade com alguém por causa de uma briga, isso é normal e para que você estabeleça uma relação firme você precisa passar por isso.
Tive a sorte de estudar desde a 5ª série com meu amigo e isso ajudou que mantivéssemos contato diariamente. Passados alguns anos, depois de já conhecer bem quem eu considerava apenas um colega, finalmente comecei a chamá-lo de amigo. Isso não aconteceu de uma hora para outra, como acontece com a maioria das pessoas hoje em dia. Passaram-se alguns anos para que chegasse a esse ponto. Depois que você estabelece uma autêntica amizade, as coisas só tendem a melhorar. Não há mais brigas, não há mais discussões. A única coisa que haverá será uma pessoa ao seu lado que estará sempre fazendo você se divertir. Mas isso não é o fim. A amizade continua progredindo.
Essa parte pode parecer meio subjetiva porque se baseia na minha experiência e você tem direito de discordar. Depois de muito tempo, e aqui me refiro a anos, chegará um ponto em que sua amizade (não quero parecer muito pretensioso) não dependerá mais de palavras. Você vai conhecer seu amigo tão bem, mas tão bem, que quando alguma coisa acontecer, um simples gesto vai ser suficiente para que um se comunique com o outro. É uma coisa fora do comum.
E no que considero a última etapa, você não dependerá de palavras e nem mesmo de gestos. Você conhecerá seu amigo de uma forma única, como quase ninguém conhece. Sua relação com ele será comparável apenas com a dos integrantes da sua família. Quando alguma coisa acontecer, não haverá a necessidade nem de gestos. Você pode praticamente adivinhar o que seu amigo está pensando, pois o conhece e o compreende de uma maneira que não pode ser explicada. Tudo que você precisará fazer é olhar para seu amigo, e com apenas esse simples movimento você expressará claramente seus pensamentos à seu amigo e ele os compreenderá perfeitamente. Tudo que tiver para ser dito será demonstrado pelo que os olhos expressarem. A harmonia existente entre as duas pessoas será o que vai mantê-los juntos através de um laço que ninguém poderá separar. Você entende seu amigo tão bem que o uso da linguagem, habilidade que diferencia os humanos de qualquer outro ser, será desnecessária. Não serão as palavras que irão uni-los, mas a afinidade mental que irá conectá-los, e essa ponte construída entre as duas mentes será mais forte do que qualquer coisa. Será algo inexplicável, além de todos os hábitos e costumes corriqueiros.
Para mim, essa é a maneira mais elevada do ser humano exercer suas virtudes. Aristóteles disse que a amizade é uma alma perdida entre dois corpos e acho que isso é uma das melhores maneiras de descrever esse estado de espírito consonante. Quando alguém chega a esse ponto, alcança o que considero o ápice da amizade. O ser humano está exercendo sua humanidade. Ele está sendo plenamente humano.
Eu, Álison
domingo, 6 de maio de 2012
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