- Ela vai para o céu.
- Mas ela não acredita no céu.
- Ah, então ela vai para um lugar melhor.
Eu, Álison
"E o meu interior ri, mas não com uma risada normal. Uma risada enferrujada de orgulho, arrogância e fúria. Risada de satisfação por causar anarquia e aflorar o conflito de mentes que jaziam em anseios de revolta. Em minha face, um leve sorriso com o canto da boca e olhos fixos em devaneios, como de um frígido algoz a cumprir sua sina. Um dos punhos serrados com tamanha força que chegavam à tremura, enquanto o outro mexia-se freneticamente percebendo os anseios por atrocidades de seu gêmeo. A respiração brusca condena mais uma vez o meu temperamento, o corpo enrijecido se torna imóvel, o único movimento é o sangue correndo pulsado por um coração amargurado. A mente envenenada tece histórias, planeja para que não haja fugas... Não é assim que me sinto...?!
Sangue? ...não! A porta arranhada que separa a sanidade da loucura fora poupada. Por milhares de vezes, dias a fio ainda podia ouvir a mente, parecendo ter vida própria, gritando como por uma busca desesperada: Vingança! Vingança!"
Me diga
Diga como que, entre três pessoas,
Pode haver seis estrelas;
Um mar de neve,
Talvez dois, três.
Escondidas por trás
De longos fios de ouro negro:
Flores, incontáveis flores.
A maior delas com um perfume...
Com algo que as flores
Normalmente não têm.
E ela sorria,
Se divertia,
Apesar de viver em um mundo
Que não a via, não a entendia.
Mas ela via,
E se via...