Mais uma vez fui surpreendido pelo que algumas pessoas conseguem fazer. Dessa vez a surpresa veio do Lucas, um amigo de quem espero qualquer coisa, mas isso não impede que eu me impressione com o que ele faz. O texto abaixo foi escrito por ele e eu estou até agora tentando entender como ele conseguiu escrever uma coisa dessas. Eu vejo como se fosse a descrição de uma pessoa que está a ponto de desabar. E se ela desabar...
"E o meu interior ri, mas não com uma risada normal. Uma risada enferrujada de orgulho, arrogância e fúria. Risada de satisfação por causar anarquia e aflorar o conflito de mentes que jaziam em anseios de revolta. Em minha face, um leve sorriso com o canto da boca e olhos fixos em devaneios, como de um frígido algoz a cumprir sua sina. Um dos punhos serrados com tamanha força que chegavam à tremura, enquanto o outro mexia-se freneticamente percebendo os anseios por atrocidades de seu gêmeo. A respiração brusca condena mais uma vez o meu temperamento, o corpo enrijecido se torna imóvel, o único movimento é o sangue correndo pulsado por um coração amargurado. A mente envenenada tece histórias, planeja para que não haja fugas... Não é assim que me sinto...?!
Sangue? ...não! A porta arranhada que separa a sanidade da loucura fora poupada. Por milhares de vezes, dias a fio ainda podia ouvir a mente, parecendo ter vida própria, gritando como por uma busca desesperada: Vingança! Vingança!"
Mas para tentar chegar perto do que o Lucas escreveu, vou postar um texto que eu criei um tempo atrás e que gostei muito. Depois de ter publicado, eu reli e nem acreditei que havia conseguido criar algo assim. Eu escrevi de uma forma diferente e sobre um assunto diferente, mas acho que por trás do que ele demonstra também há escondida muita inspiração. O nome é "Diga-me".
Me diga
Diga como que, entre três pessoas,
Pode haver seis estrelas;
Um mar de neve,
Talvez dois, três.
Escondidas por trás
De longos fios de ouro negro:
Flores, incontáveis flores.
A maior delas com um perfume...
Com algo que as flores
Normalmente não têm.
E ela sorria,
Se divertia,
Apesar de viver em um mundo
Que não a via, não a entendia.
Mas ela via,
E se via...
Eu, Álison
http://classemediasofre.tumblr.com/
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