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sábado, 10 de maio de 2014

For no more farewell

Days had come, winters had gone,
And we gambolled like siblings in Paradise
I was your knight, holding you tight
As a brother when I saw your crying eyes.
Time wents by and we had to say goodbye

Staring up to the clouds above
Children - so little and sad.
Hoping the saints could help one day,
lead us together again.
Holding the key to the alley of dreams
Still in hands.

Stepbrother tell me where have you been
when they brought me to this godforsaken place
Sign of the Cross - they took me away
for healing with herbs by the way of grace
Now I wait for the day to feed the flames

I have been caught in a cage of despair
My heart as a monk's cell so empty and bare
But no holy water can make me
Forget you again

Time telling me to say farewell
but I knew that I would fight hell
and I know: We will
go for another time we can see,
for another time we'll be free
for no more farewell

No farewell could be the last one
If you long to meet again

Dias vieram, invernos se foram e nós nos divertíamos como irmãos no paraíso. Eu era seu cavaleiro, te segurando firme como um irmão, quando vi seus olhos chorando. O tempo passou e nós tivemos que dizer adeus.
Observando as nuvens acima. Crianças - tão pequenas e tristes. Esperando que os santos possam ajudar um dia a nos manter juntos novamente. Segurando a chave para o beco dos sonhos ainda em suas mãos.
Meio-irmão, me diga onde esteve quando eles me trouxeram à este lugar esquecido por Deus. Sinal da cruz - eles me levaram embora para curar com ervas no caminho da graça. Agora eu espero o dia para alimentar as chamas.
Eu fui trancado na prisão do desespero. Meu coração é como um quarto de monge, tão vazio e desprotegido, mas nenhuma água benta pode me fazer esquecer você de novo...
O tempo me falou para dizer adeus, mas eu sabia que iria combater o inferno e eu sei. Nós vamos para outra época onde podemos nos ver, para outra época para sermos livres para nunca mais dizer adeus.
Nenhum adeus pode ser o último, se você anseia por se encontrar novamente.





Eu, Álison

sábado, 1 de março de 2014

Não se preocupe



Os anos passam às centenas e aos milhares, e o que vê qualquer homem vivo, além de alguns Verões e alguns Invernos? Olhamos as montanhas e dizemos que são eternas, e é o que parecem ser... Mas, no correr do tempo, montanhas erguem-se e ruem, rios mudam de curso, estrelas caem do céu e grandes cidades afundam-se no mar. Pensamos que até os deuses morrem.






Eu, Álison


domingo, 7 de julho de 2013

É a última vez

Você tem muito
Uma casa, uma roupa
Eu tenho nada
Uma ponte, um papelão
Você vive sua bela vida
Eu sobrevivo minha quase vida
Você aproveita sua felicidade, mesmo no frio do inverno
Eu aproveito a tristeza, mesmo no calor do sol
Você não luta, mas consegue vencer
Eu sempre luto, mas não consigo parar de sofrer
Espero que você aproveite tudo
E alcance a aurora da vida
Eu, demasiadamente impaciente
Vou-me antes







Eu, Álison

quarta-feira, 29 de maio de 2013

As lágrimas da dor

Chegando pela primeira vez em Lo-Manthang, encontrei uma mulher que, diferente de mim, não cobria-se com grossas camadas de roupa, mas vestia um traje simples, apesar do frio incessante. Notei que estava chorando. Lágrimas sem fim desciam por seu rosto, revelando um sentimento que feria gravemente seu interior. Ela, parecendo ignorar que a umidade em seu rosto aumentaria ainda mais o frio, mirava o nada, ao que parecia estar olhando o vento assobiar, despreocupada se o tempo passava ao se já havia se esquecido de seguir sua missão.
Não pude evitar de me aproximar e perguntar à triste moça porque estava na rua, em um dia tão frio, chorando copiosamente. A mulher respondeu, sem cessar seu pranto, entre soluços, que seu filho, o único que tinha, havia sido encontrado sem vida em uma montanha próxima à vila. Ele tinha se perdido e não resistiu ao impetuoso inverno, que castigava, ano após ano, sem piedade alguma, os habitantes da região. Neste momento entendi sua dor e tentei não me imaginar em seu lugar, já que não queria sequer imaginar tamanho sofrimento.
Perguntei a ela se não iria se recolher do frio e tentei, inutilmente, consolá-la, apesar de saber que para esse tipo de dor não há consolo. Ela me disse que não voltaria para casa e que esperaria, pacientemente, enquanto lavava seus olhos, a mesma força sobrenatural que havia levado seu filho, vir até ela e levá-la, seja lá para onde, pois a vida já não lhe valia a pena.
Dias depois, ouvi em grupo de pessoas comentando que a moça havia morrido, mas a causa não havia sido o frio. Foi algo inimaginavelmente pior. A pobre moça, mergulhada em profunda melancolia, morrera de tristeza.






Eu, Álison

sexta-feira, 16 de março de 2012

Árdua sobrevivência

Desafiamos o inverno e chegamos ao limite da vida. Alguns de nós cruzam essa linha invisível, e adormecem... E um manto branco cobre seus corpos, que desaparecem para sempre.

O gelo faz suas vítimas, destruindo para sempre o tesouro dos apressados, desajeitados, desafortunados...

Infelizes daqueles que se desgarram da caravana ou que se perdem, os retardatários e os fracos. Os que ficaram esquecidos sucumbem lentamente.
Aqui, o branco reina, e quem morre... Desaparece...





Eu, Álison

quinta-feira, 15 de março de 2012

Uma lua se passa

Começaram a cair as primeiras lágrimas do inverno
Ainda são doces como nossas lembranças do mar
Silêncio
O amor foi declarado, o amor foi feito
Agora, todo povo faz silêncio
Uma promessa de vida se instala
No calor de nossos ventres
Uma lua passa, e nós esperamos
E mais uma lua, e ainda esperamos
E com a terceira lua, finalmente chega a hora...


"A marcha do Imperador"





Eu, Álison

sábado, 31 de dezembro de 2011

Sem solução

Sou um Observador e sabe o que eu vejo? Eu vejo isso:

Vejo que no Verão, as pessoas reclamam que sempre há Sol, que elas suam muito, que está sempre quente, que em todo lugar tem mosquito, que tudo é mais difícil de fazer por causa do calor, que precisam tomar vários banhos por dia, que não dá pra dormir sem ventilador.
Vejo que no Outono as pessoas reclamam que as plantas estão feias e sem vida, que suas folhas caíram, que o clima não é estável, que nenhum jardim é bonito.
Vejo que no Inverno as pessoas reclamam que está sempre frio, que não dá pra fazer nada porque está sempre chovendo, que é preciso usar muita roupa para se esquentar, que facilmente se fica doente, que anoitece muito cedo.
Vejo que na Primavera as pessoas reclamam que não está nem quente nem frio, que o tempo muda de uma hora para outra, que tudo dá alergia, principalmente o pólen das flores.

Mas as pessoas não falam que o Verão é a melhor época para viajar.
Não falam que no Outono o clima é agradável.
Que no Inverno se dorme melhor
E que na Primavera as flores deixam os jardins lindos.

Isso as pessoas não vêem e por isso tenho pena delas.




Eu, Álison