segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O acaso os trouxe a mim

E hoje não sei viver sem eles.
Acredito que sempre tive uma vida mais teórica do que prática. Mas como uma das poucas exceções a minha aversão a atividades que exigem muito movimento posso citar um esporte, o vôlei.
Pois bem, a principal consequência de você praticar um esporte é a manutenção da saúde. Em segundo lugar, é uma atividade que faz você sair da rotina e contribui para seu lazer. Mas como de costume, comigo foi diferente. A principal consequência de eu ter começado a jogar vôlei foi eu conhecer pessoas incríveis, e através dessas pessoas conheci outras tão incríveis quanto as primeiras. Não sei se isso acontece com todo mundo, mas minha vida pode ser dividida entre "antes do vôlei" e "depois do vôlei", sendo que a parte depois do vôlei é consideravelmente melhor do que a anterior.
A motivação principal que me levava a sair de casa (algo que não acontece muito) a ir jogar nunca era o vôlei em si, mas as pessoas que estariam jogando comigo, tanto que quando essas pessoas não iam jogar eu também não ia. A graça não estava em jogar vôlei, não que eu não goste, mas o interessante era jogar com 'aquelas pessoas', se, e somente se, com aquelas pessoas, fosse no colégio ou não, com uma bola boa ou não, jogando bem ou não, com bastante gente ou não. Nada disso importava se eu estivesse com aquelas pessoas.
Devido a meus planos futuros, nunca dei muita importância a práticas esportivas, mas essas pessoas mudaram minha vida. Ainda pratico menos exercícios do que deveria, mas se não tivesse conhecido essas pessoas provavelmente não praticaria nenhum.
Junto dessas pessoas que eu conheci estavam também outras que eu já sabia quem eram, pois estudavam ou já tinham estudado comigo, e jogar vôlei acabou se tornando um momento em que eu estava rodeado de pessoas que prezo e que me divertiam o tempo todo. Se nunca tivesse começado a jogar vôlei, não teria conhecido nem a metade das pessoas que hoje tenho perto de mim.
Agradeço sinceramente a cada uma dessas pessoas por todos os momentos que passamos juntos, jogando vôlei ou não, dos mais incríveis aos mais simples, apesar de que, para mim, nenhum desses momentos foi simples, porque eu não estava com pessoas simples. Eu estava... Com vocês.






 Eu, Álison

E, à medida que isto se amplia

Acabará por romper as barreiras e nos esmagar.

"Exageras tudo e, por certo, cometes pelo menos o erro de aceitar o suicídio, que é do que estamos falando agora, como se fosse uma grande ação, quando não é nada mais do que simplesmente fraqueza. Pois, para ser sincero, é mais fácil morrer do que suportar com firmeza uma vida de tormentos".

A natureza humana tem seus limites; pode suportar até certo ponto a alegria, a mágoa, a dor, mas passando deste ponto ela sucumbe. A questão não é, pois, saber se um homem é fraco ou forte, mas se pode suportar o peso dos seus sofrimentos, quer morais, quer físicos.

Tudo é escuridão a sua volta, nenhuma perspectiva, nenhum consolo, nenhum vislumbre de esperança, porque a abandonou o único por quem e em quem ela sentia viver! Ela sente-se sozinha, abandonada por todos... E cega, oprimida pelo horrível aperto de seu coração, arroja-se para o abismo para sufocar todos os seus tormentos na morte que tudo abarca.

[...] Antes andou louco durante um ano inteiro e teve de ser recolhido ao hospício, onde jazia algemado. De repente pôs-se a devanear, caiu doente de febre, depois veio o delírio, e agora acha-se no estado em que o vedes. Pobre miserável! E, contudo invejo-te a loucura, esse desarranjo dos sentidos em que te consomes! Não sentes, não sentes que é em teu coração destroçado, em teu cérebro arruinado, que jaz tua miséria, da qual nem todos os reis da terra poderiam te libertar.

Morra desesperado aquele que rir de um doente, que viaja às fontes mais distantes para buscar águas que, ao invés de diminuir, lhe aumentam a enfermidade e lhe tornam o fim da vida ainda mais doloroso! E o mesmo aconteça àquele que fizer pouco do coração opresso que, para se libertar dos remorsos, para acalmar sua aquietação e o sofrimento de sua alma, faz a peregrinação ao Santo Sepulcro!

"Está decidido, Carlota, quero morrer, e escrevo-te sem nenhuma exaltação romantesca, sossegado, na manhã do dia em que te verei pela última vez. Quando leres esta, minha querida, o túmulo gelado já estará cobrindo os despojos rijos do inquieto, do desgraçado que não conheceu prazer mais doce para os derradeiros momentos de sua vida do que o de se ocupar contigo. Tive uma noite terrível e, por que não dizer, uma noite benéfica. Ela definiu, radicou a minha resolução... Quero morrer! Quando me arranquei ontem de perto de ti, que convulsão sentia na alma, que horrível aperto no coração, ao notar o modo brutal como o meu ser se consumia junto de ti, sem alegria, sem esperança, numa frialdade tenebrosa... Mal pude chegar ao meu quarto. Lancei-me de joelhos, sentindo-me fora de mim, e, oh Deus! Concedeste-me pela última vez o alívio das lágrimas mais amargas. Mil projetos, mil perspectivas lutaram em fúria na minha alma, e por fim ficou ali firme e inteiriço, o último, o único pensamento... Quero morrer! Estava calmo quando comecei... E agora... Agora choro como uma criança ao sentir que tudo me afeta de maneira tão viva".

De manhã, por volta das seis, o criado entrou no quarto com a lamparina nas mãos. Encontrou seu senhor prostrado ao chão, a pistola e sangue.





Eu, Álison

domingo, 30 de dezembro de 2012

Já não sei mais

À noite, decido que vou gozar o nascer do sol no dia seguinte, mas não consigo levantar da cama. De dia espero ficar alegre com o luar, mas à noite fico trancado em meu quarto. Já não sei mais por que levanto, já não sei mais por que vou dormir.







Eu, Álison

sábado, 29 de dezembro de 2012

Que só ela via

Esta virtude infeliz e solitária foi sempre tida como defeito e mesmo loucura porque, em vez de humana, visível, comum, é sobre humana e raríssima.


Sorrindo misteriosamente para coisas que só ela via. Seu desejo era extinguir-se dentro de um sonho de proporções imensas de beleza e loucura.
Conseguiu seu intento.






Eu, Álison

Só resta lamentar

Ai de ti quando em pé diante do seu leito, como um condenado, sentires que nada podes fazer com todo o teu poder, e estiveres lacerado de angústias por dentro, de sorte que de bom grado darias tudo para infundir àquela moribunda uma gota de conforto, um raio de coragem!





 Eu, Álison

Em todos os meus nervos

"Todo meu desejo emudece em sua presença. Não sei jamais o que se passa comigo quando estou a seu lado; parece que a minha alma se revolve em todos os meus nervos. Ela tem uma grande alma e essa alma transparece inteira através de seus olhos azuis".






Eu, Álison

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

De vez em quando

Refaço o caminho que percorria com meus colegas quando estava voltando para casa na época do colégio. Durante o percurso penso em muitas coisas, mas só chego a uma conclusão:


 Não é a mesma coisa sem eles...





Eu, Álison

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Louis Pasteur

“Ele é o aluno mais dócil, menor e menos prometedor da minha classe”, escreveu o mestre de Louis Pasteur. Mas o menino tinha uma curiosidade insaciável.
“Tenha paciência e confie em mim”, escreveu o mal aventurado estudante. “Hei de conseguir maior êxito mais adiante”.
Padecia fome com frequência. “Mas, por sorte, eu também era sujeito a frequentes dores de cabeça, de modo que uma dor neutralizava a outra”.
“Não podemos ajuizar os teus ensaios”, escreveu-lhe o pai, “mas certamente podemos apreciar o teu caráter. Só nos tem dado motivos de satisfação”.
“Temo”, escreveu à mãe da moça, “que tenha Mlle. Marie ligue demasiada importância às primeiras impressões, que só me podem ser desfavoráveis. Não há nada em mim que atraia uma moça. Mas a experiência me diz que as pessoas gostam de mim depois que me conhecem melhor”. Poderia enganar-se, bem sabe. O tempo há de mostrar-lhe que, sob esta aparência fria e reservada, palpita um coração cheio de afeto por Mademoiselle.
“Estou sondando, o melhor que posso, o impenetrável mistério da Vida e da Morte”.
E assim, Pasteur lançou uma cruzada para eliminar uma dupla fonte de infecção – o micróbio físico, que atacava o corpo humano, o e “micróbio mental”, que tolhia o espírito humano.
No decorrer de suas pesquisas nesse campo, foi obrigado, como sempre, a combater não apenas contra a virulência da praga, mas também contra a virulência igualmente pertinaz dos preconceitos humanos.
Calmamente, como se ignorasse que estava cortejando a morte, sugou para dentro do tubo a peçonhenta saliva.
“Senhores... Vós me proporcionais a maior felicidade que pode ser experimentada por um homem cuja fé inabalável é que a ciência e a paz hão de triunfar sobre a ignorância e a guerra...”.






Eu, Álison

Apenas me deixem

A verdade é que vocês são todos vermes, aves de rapina, alimentando-se da morte, da dor, das lágrimas. Veem esta que dorme na caixa de madeira? É a minha garota, meu pote de sonhos e ela não vai mais acordar. Ela não vai mais dançar sob o véu púrpura, não vai mais brilhar nos palcos da vida, não vai mais sorrir, não vai mais respirar… Minha garota me deixou para sempre. Algum de vocês sabe o que significa para sempre? Não, mas é claro que não. Recolham as lágrimas, não ousem as derramar sobre minha pequena, deixem-na dormir, deixem-na em paz e deixem a mim também. Estou dispensando os pêsames e toda a falsa solidariedade que a tragédia inspira. Estou dispensando todos vocês. Eu não preciso. Meu coração acaba de morrer e se eu for capaz de continuar a existir sem ele, não será difícil ficar sem todo o resto. Não escarneçam de mim! Recolham também os murmúrios, os olhares desconfiados a expressões penosas. Vamos! Saiam todos! Arrastem seus corpos de volta à suas vidas medíocres, me deixem a sós com ela, com a minha dor… Apenas me deixem.







Eu, Álison

No vão dos versos que escrevi

Se eu fosse um pássaro,
Tua janela seria minha preferida.
E eu sorriria com teu canto,
A cada manhã florida.

O silêncio sempre foi minha citação favorita.

Eu menti.
A verdade está aqui,
Por trás das coisas que omiti,
No vão dos versos que escrevi
Em cada vez que eu lhe sorri
Em tudo que foi por ti.

O inexplicável me fascina,
Me alucina e me atiça
A desvendar o indecifrável...






Eu, Álison

We'll make them suffer



Too much.
And we'll make them bleed, down at our feet. The torture just began...





Eu, Álison

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Goodbye



It's time to disappear
It's time to despair
It's time to disPOOOWWW!






Eu, Álison

Please, can you save me from myself?

Can't you hear me
Calling out for help
My days are coming to an end
Can't you hear, I'm crying in despair


Why can't you save me from myself?





Eu, Álison

Consideravelmente difícil

Visto que existem milhares de pessoas que podem passar na frente da minha casa, em diversas horas do dia, em diversos dias do ano, acredito que seja uma coincidência, no mínimo, muito peculiar, eu olhar na janela do meu quarto as 06h: 30min da manhã e ver um conhecido meu que mora em outra cidade passar em frente a minha casa.
Agora você pensa que essa pessoa poderia ter passado em qualquer outra hora, em qualquer outro dia em que eu não estivesse olhando. Ela poderia nem estar na minha cidade, e ainda por cima não é sempre que acordo cedo como aconteceu hoje. Ela passou exatamente naquele momento.
Duvido alguém conseguir me dar uma explicação racional de como isso aconteceu.




 



Eu, Álison

Houve um tempo



Houve um tempo em que eu olhava nos olhos do meu pai. Em um lar feliz, eu era um rei, eu tinha um trono dourado. Aqueles dias se foram, agora as memórias estão na parede.
Lá na colina, do outro lado do lago azul, foi lá que meu coração se partiu pela primeira vez. Ainda me lembro de como tudo mudou.
Meu pai disse: "Não se preocupe garoto. Veja, o céu tem um plano para você".
Houve um tempo em que eu conheci uma garota diferente. Mandávamos no mundo, pensei que nunca a perderia de vista. Éramos tão jovens.
Penso nela de vez em quando.
Ainda ouço as canções que me lembram de um amigo...






 Eu, Álison

Sua consciência te arrasta no chão

As pessoas com sentimentos de culpa muitas vezes receiam ser punidas por sua raiva, a qual, em segredo, acreditam que merecem. Elas podem até agir de uma maneira que convida à rejeição ou à mágoa porque, na verdade, sentem-se aliviadas quando são castigadas. Parecem estar viciadas em trabalhos que não dão compensação e em situações de vida que são punitivas. Não admira. O constante tormento externo, pelo menos, as poupa do fardo da autopunição. É uma maneira torturada de viver.






Eu, Álison

domingo, 23 de dezembro de 2012

Gregor Mendel


O malogro de Mendel nos exames era devido à sua originalidade. Escrevia coisas que ficavam além da compreensão dos examinadores.
E a linha de ação escolhida por Gregor visava descobrir e revelar alguns dos segredos da natureza. Descobrir esses segredos, não nos compêndios, mas no coração da própria natureza.
Cuidando das plantas e observando-as. Adquiriu um amor precoce ao estudo.
“Cumpre-me”, escreveu, “escolher uma profissão que me liberte da contínua ansiedade quanto aos meios de vida”.
Era uma alma demasiadamente sensitiva para afazer-se aos choques e sangrias do mundo cotidiano. Era um espírito contente em um mundo formoso. O mundo era formoso, mas o homem fazia o possível para afeiá-lo. Os sonhos dos criadores eram frequentemente espezinhados pelas ambições dos destruidores.
Os discípulos admiravam o humor jovial que lhe permitia rir dos próprios vexames. Mas admiravam acima de tudo a brandura de Mendel.
Suas dádivas eram quase sempre anônimas. “De nada serve humilharmos a pessoa beneficiada apregoando-nos como seus benfeitores”.
Considerava-se “um cruzado solitário na luta pelo direito”.
Enquanto os anos corriam e a luta permanecia indecisa, Mendel começou a sofrer de uma irritabilidade patológica. Queixava-se aos sobrinhos que estava sendo perseguido. Tal foi a atmosfera carregada e sombria em que ele passou os últimos anos de vida.
Continuava a realizar experiências com as leis da vida, embora soubesse que a sua própria vida se aproximava do fim. E o fim veio a 6 de janeiro de 1884.




Eu, Álison

Não sei como transformaram

Isabelle Furhman



Em Esther Coleman


Mas deu certo...





Eu, Álison

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

E você não sabe porque

Os personagens são loucos. Sabem o que vem a ser um louco? É um indivíduo que solta tudo o que os normais escondem. Só o louco diz as verdades que a prudência e o juízo encadeiam. E as verdades... Quem as suporta? Ah, ninguém...


Estranho gênio. A tragédia não se manifestou somente nas suas peças avassaladoras, mas também no seu físico profundamente triste e no destino de sua vida. Dias depois, era encontrado morto entre os rochedos solitários e áridos, exposto ao sol ardente.





Eu, Álison

Sempre triste

Ela passava o dia inteiro sozinha, pensando em coisas misteriosas. Nunca pude adivinhar o que escondia no coração.
Ali ficava horas inteiras perguntando às árvores: "Por que sou triste?". E chorava baixinho.
Ali ficava até o anoitecer e voltava para casa mais triste ainda. Era um tormento! Que mulher... Que estranheza de mulher. Tinha poder, tinha ouro, mas nunca encontrava alegria nestas coisas. Sempre triste... Triste...






Eu, Álison

Um preço

Enxergar quebra cabeças em todos os lugares tem um preço: depois que você começa, não há mais como parar.







Eu, Álison

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Louis Agassiz


Que os outros estudantes desperdiçassem o tempo em prazeres. Ele seguiria o seu caminho.
Para Agassiz, a perda de seu grande colega e amigo foi um golpe tremendo. Onde encontraria agora o estímulo para continuar as pesquisas?
Passaram-se varias semanas sem que lhe chegasse uma única palavra de Humboldt ou do editor – semanas de fome, privações, desespero. E então Agassiz recebeu por fim uma resposta – uma carta diferente de tudo o que esperara.
Agassiz não restringia sua intensa atividade ao ensino e aos estudos. Era grande amigo das crianças, e essas o acompanhavam no grande amor à natureza. Não acreditava nas ilustrações das belezas da natureza que encontrava nos livros didáticos. A sua ciência era uma ciência viva, pronta para se desdobrar aos olhos de todos.
“Este homem” exclamou dos espectadores assombrados, “desvendou os próprios planos de Deus, como por milagre!”.
Um corpo de moço tão modesto para uma cabeça de velho sábio!
E o rei dos cientistas escreveu-lhe, com a mão trêmula da idade, uma carta de despedida. “Seja feliz em sua nova empresa, e reserve-me o primeiro lugar em seu coração. Quando voltar, já não estarei aqui”.
No Velho Mundo, um homem de dotes excepcionais passa a vida entregue a estudos solitários enquanto a seu lado milhares de seus semelhantes vegetam na degradação.
Estou certo que há, não apenas uma conexão material, mas também e principalmente uma conexão intelectual nas coisas...
Quando lhe perguntaram qual lhe parecia a maior das suas realizações, respondeu: “A observação. Ensinei os homens a observar”. Olhar, olhar, olhar – essa era sua constante recomendação. Olhar era saber.
“A honra me lisonjeou ainda mais por ser tão inesperada”, escreveu a um amigo.
O espírito desse homem recusava-se a morrer. As areias de sua vida estavam quase esgotadas.
“Quero descansar”, dizia ele. “Estou fadigado; estou pronto para ir-me”.






Eu, Álison

O que sabemos?

- Nada. Sem identificação digital, DNA ou dental. Roupas sob medida, sem marcas. Nada nos bolsos, só facas e fiapos. Nenhum documento... Nem falso!

- Fica deprimido, Comissário, ao perceber seu profundo nível de solidão?
- Onde ele está?
- Que horas são?
- E que diferença faz?
- Bom, dependendo da hora, ele pode estar em um lugar ou em vários...

- Para eles, você é só um louco, que nem eu. Precisam de você agora. Quando não for útil, vão expulsar você, como um leproso. A moral deles, a honra, é uma piada ruim. Se esquecem ao primeiro sinal de problema. As pessoas são tão boas quanto o mundo permite. Eu vou mostrar. Quando tudo acabar, essas tais pessoas civilizadas vão comer umas as outras. Eu não sou um monstro, eu só estou na vanguarda.
[...] Matar é fazer uma escolha. A escolha entre uma vida ou outra. Você não tem como me ameaçar. Nada a fazer com toda a sua força.





Eu, Álison

Sobre o fim do mundo

No próximo dia 21 de Dezembro, a terra entrará em um anel chamado "O Cinturão Fotônico" a 1: 00 da manhã, quando haverá um apagão no planeta e serão 3 dias de escuridão. Dizem que quando ficar completamente escuro ficará frio e haverá flashes de luz. Não acontecerá nada, é só um fenômeno extraordinário que acontece a cada 11 mil anos. É recomendado permanecer em suas casas já que não haverá energia. Os 3 dias de escuridão passarão e é a isso que o calendário Maia se referia.

SE COLOCAR ISSO NO SEU MURAL SE SALVARÁ E TERÁ ENERGIA ELÉTRICA PELOS 3 DIAS, CERVEJA INFINITA, 3 UNICÓRNIOS DE PROTEÇÃO E UM EXÉRCITO DE DUENDES MÁGICOS PARA COMBATER O APOCALIPSE ZOMBIE, UM ANJO COM A FORÇA DO UNIVERSO E A AJUDA DA GENKI DAMA DO GOKU PODERÁ EXPULSAR OS DEMÔNIOS E, ALÉM DISSO, CONCORRERÁ A UMA RIFA DA ARMADURA DOURADA DE SAGITÁRIO E UMA PASSAGEM SÓ DE IDA PRA NÁRNIA.






Eu, Álison

As Horas


Encarar a vida pela frente... Sempre. Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é. Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é. E depois... Abandoná-la...
Sempre os anos entre nós, sempre os anos... Sempre o amor... Sempre a razão... Sempre o tempo... Sempre... As horas.



"A beleza do mundo, que muito em breve perecerá, tem duas margens, uma do riso e outra da angústia, que cortam o coração em duas metades". - Virginia Woolf






Eu, Álison

Partir-se em pedaços

Não tinham andado muito, quando viram a Tartaruga Falsa à distância, sentada triste e solitária numa pequena saliência de rocha, e, quando chegaram mais perto, Alice a ouviu suspirar como se o coração fosse se partir em pedaços.







Eu, Álison

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sempre a perguntar

Todas as pessoas comentam que crianças pequenas estão sempre perguntando sobre as coisas. Se prosseguissem dessa forma por toda a vida dariam ótimos filósofos. Mas essa característica de perguntar é totalmente tolhida quando ela entra na escola e é obrigada a somente responder. Não há espaço para que ela encontre respostas para seus próprios questionamentos. Ela é obrigada a deixar a condição de curiosa e torna-se um robô mecanicamente treinado para responder perguntas que ela nem queria saber.







Eu, Álison

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Até mais ver

Saúdo todos os meus amigos. Que lhes seja dado ver a aurora desta longa noite. Eu, demasiadamente impaciente, vou-me antes. - Stefan Zweig







Eu, Álison

Os teus dons



"E, mesmo vendo com olhos de adivinho,
Não tinham talento suficiente para cantar os teus dons..."






Eu, Álison

Leonardo e Freud VI - O Final

Foi assim que se tornou o primeiro cientista natural moderno e uma abundância de descobertas e de ideias sugestivas recompensaram sua coragem de ter sido o primeiro homem, desde o tempo dos gregos, a indagar os segredos da natureza baseando-se unicamente na observação e em seu próprio julgamento.
“Os homens falarão com homens que nada percebem, que têm olhos abertos, mas que nada veem; falarão com eles e não terão resposta; implorarão as graças daqueles que têm orelhas, mas nada ouvem; acenderão luzes para quem é cego.”
Isto é lastimável, pois assim sacrificam a verdade em beneficio de uma ilusão, e por causa de suas fantasias infantis abandonam a oportunidade de penetrar nos mais fascinantes segredos da natureza humana.
O próprio Leonardo, com seu amor à verdade e sua sede de conhecimento, não desencorajaria qualquer tentativa de descobrir o que determinava seu desenvolvimento mental e intelectual, tomando como ponto de partida as peculiaridades triviais e os enigmas de sua natureza.
Não podemos conhecer direito as circunstâncias de sua hereditariedade; verificamos, por outro lado, que as circunstâncias acidentais de sua infância tiveram sobre ele um efeito profundo e perturbador. O instinto de ver e o de saber foram os mais fortemente excitados pelas impressões mais remotas de sua infância.
Leonardo surge da obscuridade de sua infância como artista, pintor e escultor devido a um talento especifico que foi reforçado, provavelmente, nos primeiros anos de sua infância pelo precoce despertar do seu instinto escoptofílico.
Antes disso, seu intelecto se elevara até o mais alto grau da realização formulando uma concepção do mundo que de muito ultrapassou sua época.
Parece, em todo caso, que somente um homem que tivesse passado pelas experiências infantis de Leonardo poderia ter pintado a Mona Lisa, ter acarretado um destino tão melancólico para suas obras e ter embarcado numa carreira tão extraordinária de cientista.





Eu, Álison