O malogro de Mendel nos exames era devido à sua originalidade. Escrevia coisas que ficavam além da compreensão dos examinadores.
E a linha de ação escolhida por Gregor visava descobrir e revelar alguns dos segredos da natureza. Descobrir esses segredos, não nos compêndios, mas no coração da própria natureza.
Cuidando das plantas e observando-as. Adquiriu um amor precoce ao estudo.
“Cumpre-me”, escreveu, “escolher uma profissão que me liberte da contínua ansiedade quanto aos meios de vida”.
Era uma alma demasiadamente sensitiva para afazer-se aos choques e sangrias do mundo cotidiano. Era um espírito contente em um mundo formoso. O mundo era formoso, mas o homem fazia o possível para afeiá-lo. Os sonhos dos criadores eram frequentemente espezinhados pelas ambições dos destruidores.
Os discípulos admiravam o humor jovial que lhe permitia rir dos próprios vexames. Mas admiravam acima de tudo a brandura de Mendel.
Suas dádivas eram quase sempre anônimas. “De nada serve humilharmos a pessoa beneficiada apregoando-nos como seus benfeitores”.
Considerava-se “um cruzado solitário na luta pelo direito”.
Enquanto os anos corriam e a luta permanecia indecisa, Mendel começou a sofrer de uma irritabilidade patológica. Queixava-se aos sobrinhos que estava sendo perseguido. Tal foi a atmosfera carregada e sombria em que ele passou os últimos anos de vida.
Continuava a realizar experiências com as leis da vida, embora soubesse que a sua própria vida se aproximava do fim. E o fim veio a 6 de janeiro de 1884.
Eu, Álison
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