quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Depois da meia noite

Nós acendemos as luzes da cidade
Nos abraçamos e ficamos juntos
Até nascer o Sol
Depois da meia anoite






Eu, Álison

A negação



Negar que a vida é totalmente má e, pelo mínimo, achar na arte uma razão de viver. A arte é a razão da existência do indivíduo, mas por que é a razão? A arte é uma maneira de criar, às vezes, contra o vazio psíquico do indivíduo, para preencher esse mundo árido que, por vezes, nos deixa refletindo sobre quão mesquinha é a nossa existência, quão apagada, quão cinza e quão elementar é.






Eu, Álison

Dementes

"Espero que você tenha uma morte lenta, agonizante e cruel".






Eu, Álison

Marie Curie

Em 1903, Madame Curie era a mulher mais famosa do mundo. Madame Curie votava o mais profundo desprezo às honrarias e arrebatamentos da glória.
Referindo-se à mais modesta das mulheres célebres, o mais modesto dos homens célebres, – Albert Einstein – comentou uma vez: “Marie Curie é, entre todas as pessoas de nomeada, a única que a fama não corrompeu”.
“Meu Deus, restaurai a saúde de nossa mãe”. Mas aprouve a Deus arrebatar Madame Sklodovska a seus filhos. Era uma família triste e empobrecida a que se reunia em torna da mesa após o falecimento da Madame Sklodovska.
“A existência”, escreveu a jovem, “tornou-se-me intolerável... Eu não quereria que minha pior inimiga vivesse em semelhante inferno”. Manya acariciou por algum tempo a ideia do suicídio. “Sepultei em total esquecimento os meus planos”, escreveu a uma prima. Tenciono dizer adeus a este mundo desprezível. Pequena será a perda e não me lamentarão por muito tempo...
Mas conseguiu vencer o desalento. Os Sklodovska não pertenciam ao tipo suicida.
Nas aulas, sempre tomava lugar na primeira fila; mas assim que terminavam as aulas, escoava-se para fora como uma sombra. A triste experiência que tivera das convenções vigentes incutira nela uma certa aversão a toda espécie de ligações sociais. “Lindos cabelos, lindos olhos, lindo talhe de moça”, comentavam os rapazes da universidade. “O único inconveniente é que ela não fala com ninguém”.
Vivia no mundo dos livros. E das aulas. Os professores, encantados com a sua imaginação, entusiasmo e habilidade, instigavam-na a empreender novas pesquisas.
Depois do primeiro e infeliz mergulho no vórtice da paixão romântica, ela jurara dedicar o resto da vida à paixão exclusiva pela ciência. Não queria saber de homens. E por esse tempo vivia em Paris um jovem, Pierre Curie, que não queria saber de mulheres, Também ele consagrara a vida exclusivamente às atividades científicas. “Começamos a conversar sobre assuntos científicos... E, antes que disséssemos por tal, estávamos amigos”.
Foi com essa renda exígua que ele timidamente propôs casamento a Mademoiselle Sklodovska; e Mademoiselle Sklodovska – com igual timidez, é preciso confessar – aceitou. Sem embargo, a união de ambos resultou, não apenas em uma colaboração de gênios, mas em uma parceria de amor.
Pierre Curie sempre via coroados de êxito os seus esforços por fugir à notoriedade. O mesmo se dava com Marie. Seu melhor disfarce para evitar que a reconhecessem era não usar nenhum disfarce. À primeira vista, ninguém desconfiaria que a jovem camponesa de modesto vestido preto fosse à festejada cientista que recebera o Prêmio Nobel.
E então, numa chuvosa manhã de Abril de 1906, Pierre saiu de casa para visitar o seu editor. Algumas horas depois trouxeram a Marie o corpo exânime do marido. Escorregara no pavimento molhado e um enorme carro passara por cima. Acabara-se a felicidade de Marie.
E todas as noites, antes de deitar-se, escrevia ao querido morto um relato íntimo dos seus pensamentos. Era como se estivesse escrevendo uma carta a uma pessoa ainda viva. “Meu Pierre, penso em ti constantemente. Tenho a cabeça a rebentar e a razão turbada. Não posso conceber que, de ora avante, terei de viver sem ti”. “Já não amo o sol e as flores. Fazem-me sofrer. Sinto-me melhor nos dias escuros, como o da tua morte”.
Apesar da fadiga, das dores e dos desgostos, sempre estava pronta a dispensar um sorriso animador e uma palavra doce.
Viagens, honrarias, entrevistas, medalhas, conferências, banquetes – e trabalhos e tristeza. “Os sonhadores”, dizia, “não merecem a riqueza porque não a desejam”. Aproximava-se do fim o seu sonho. Madame Marie morrera mártir do seu trabalho.





Eu, Álison

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Que Deus tenha piedade da sua alma patética

"Você matou meu primeiro filho".


Você não é ninguém. Você é um animal!








Eu, Álison

A imbecilidade ataca novamente

A única coisa que eu posso dizer sobre o que aconteceu em Santa Maria, foi que mais uma vez a idiotice fez várias pessoas morrerem. Isso aconteceu por causa da estupidez descabida das pessoas e poderia ter sido evitado se as pessoas fossem só um pouquinho mais inteligentes.









Eu, Álison

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Ele é sempre novo



Dele se pode esperar sempre o inesperado.




Eu, Álison

Sou religioso, mas não tenho religião

Como recentemente tenho feito muitas críticas ruins, vou escrever algo um pouco mais positivo agora. Em Lucas, capítulo 17, versículo 21, lê-se: "Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós". Acho que essa parte da Bíblia se parece muito com o que diz o Budismo.
O Budismo não acredita que exista um deus porque o algo sagrado que existe e comanda nossas vidas está dentro de nós. Nós somos nosso próprio deus. Não precisamos que um deus nos guie, pois o que há dentro de nós é perfeitamente capaz de fazê-lo.

Vou tentar dar um exemplo: O oceano é feito de água. A chuva é feita de água, porém o oceano está na Terra, enquanto a chuva está nas nuvens, lá no céu. Bom, quando as gotas de chuva caem no oceano, elas se misturam com ele e tornam-se um só. Não existe mais o oceano e os pingos de chuva. Existe somente o que resultou da união entre eles. Agora a chuva que caiu é o oceano, já que não há mais como separá-la dele. Eles são um só.
Certo, quando sua alma está no seu corpo, ela é os pingos de chuva. Quando você morre, ela sai do corpo e se mistura com o oceano, que nesse caso é tudo o que existe, o universo da forma mais ampla possível. Da mesma forma que o pingo de chuva se transforma no oceano, você se transforma no todo, você passa a existir como algo incorpóreo, imaterial e intangível. Você está em todos os lugares ao mesmo tempo, você preenche o vazio, que nunca foi vazio, e passa a fazer parte do que os cristãos chamam de céu, e passa a existir no estado que os budistas chamam de Nirvana. Você se torna parte de Deus, parte de tudo. Algo que transcende até o infinito.

Buda disse que o que é sagrado está dentro de nós e que a iluminação só pode ser alcançada por mérito próprio. Ninguém pode se iluminar por você. Lucas citou o que disse Jesus sobre o Reino de Deus estar dentro de nós. Não acredito que isso seja coincidência.
Alguns podem dizer que isso é Panteísmo. Acho que talvez seja mesmo, mas é a melhor explicação que consegui formular para responder: "Onde está Deus?". Pois bem, Deus está dentro de você e dentro de mim, e quando você morrer vai poder dizer que faz parte de Deus. Se tiver coragem, vai poder dizer até que é Deus.





Eu, Álison

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Em quem você pensa quando ouve



"Segredo"?




Eu, Álison

Para ir te ver

Me desculpe por ter mentido para você. Os últimos dias têm sido bastante irritantes.
Mesmo agora não tenho certeza de se fiz a coisa certa. É estranho, realmente. Raramente entro em conflito com as decisões que tomo. Essa é a beleza do raciocínio dedutivo, eu suponho. Faz de quase tudo uma ciência. Mas não isso.


Sentirei falta disso. Trabalhar com você. Acho o que faz incrível. Lamento que nossos últimos dias foram tão ruins...




Eu, Álison

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Não quero ser nostálgico


 Mas nós estávamos rindo...





Eu, Álison

Viajantes



Em oposição ao deleite transbordante com que o amor pode nos abastecer, vivemos um intenso medo de perder aquele que amamos ou seu amor.
Mas diferentemente dos amantes que anseiam pelo eterno enquanto chama, buscam estes viajantes o buraco negro, o absoluto silêncio em si.





Eu, Álison

He presumed that know me

But my thoughts you can't decode.


Ele presumiu que me conhecia, e precisou que eu mostrasse que não é o caso.






Eu, Álison

Te olho e te digo

Com uma das penas de suas asas
Escrevo o que agora vós leem
O simples e o comum
Aos olhos de outrem
Mas o mágico e o belo
Aos olhos dos que veem
A luz é apagada
Mas o brilho perpetua
A presença do meu anjo
Clarifica a luz da Lua
"O que queres comigo
Se minh'alma é toda tua?"






Eu, Álison

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Ou do que não fazem



Considerar as pessoas como seres patológicos justifica muito do que elas fazem.





 Eu, Álison

Pelo menos não defender pedófilos

Eu não concordo com tudo que o PC Siqueira disse, mas acho que ele fala muito do que as pessoas têm medo de dizer. E espero que você perceba a ironia enquanto ele fala e não leve tudo a sério.

Acho melhor você roubar dinheiro dos pais do que a inocência das crianças.


E todo mundo leva aquelas lições lá como se elas fossem reais e levando ao pé da letra... Até hoje. Daí você diz assim: "Não, porque e bíblia é um livro metafórico". É metafórico só quando é conveniente. Quando ele não é conveniente, quando é para justificar os seus preconceitos, justificar o quanto filho da puta você é, é porque está escrito lá e é a palavra de Deus.





Eu, Álison

Estremeça à lembrança

Você se lembra da última noite, quando passei por esta porta e lhe pedi piedade, e você riu, riu na minha cara, como está tentando fazer agora? Mas o seu coração covarde não pôde impedir seus lábios de tremerem. Sim, nunca pensou que me tornaria a ver aqui de novo, mas aquela noite me ensinou como poderia encontrá-lo frente a frente, e a sós.
Você não arruinará outras vidas como fez com a minha. Não torturará corações como torturou o meu. Livrarei o mundo de um ser venenoso.







Eu, Álison

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Um tesouro no céu

Com a renúncia do atual para, espero que o próximo se importe um pouco mais com as pessoas que realmente precisam de sua ajuda. Espero que ele não ande com uma cruz de ouro, não sente em um trono de ouro, não use cálices de ouro, nem vista roupas que custam um absurdo. Ele não precisa de nada disso. O simples cargo de papa já é mais do que nobre. O papa, pelo contrário, deveria ser exemplo de como levar uma vida simples, para assim inspirar as pessoas mais pobres, que são a enorme maioria, mas me parece que lá no Vaticano não se costuma pensar muito nisso. Pena de morte não é algo muito digno, mas a meu ver é isso que estão fazendo, indiretamente. Se perguntarem, eles respondem que as pessoas que morreram estavam cumprindo a vontade de Deus.
Deus nunca concordaria em tratar tão bem uma única pessoa e deixar milhares morrendo porque são pobres demais para poder comprar um pão sequer. Você já ficou com fome? Com fome de verdade? Agora imagine uma semana com fome. Agora imagine um mês com fome. Agora imagine dois meses com fome. Agora imagine que você morreu porque não tinha o que comer. Acho que se o materialismo inútil das pessoas diminuísse um pouco, muitas vidas seriam salvas, porque você pode ter até uma casa feita de ouro, mas te garanto que ela não entra no céu.


"E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me".






Eu, Álison

Karl Steinmetz

O menino dobrou lentamente o seu traje de cerimônia e dobrou-o. As lágrimas lhe escaldavam as faces. Compreendia a razão da sua dispensa. O corpo deformado do aluno. As mentes deformadas dos mestres. Tinham vergonha de exibi-lo em público. Dando-lhe uma posição de proeminência entre os alunos, não tinham feito mais que acentuar-lhe dolorosamente o senso de solidão. Karl Steinmetz nunca mais tornou a usar traje de rigor.
Pouco depois de entrar na Universidade de Breslau, deu provas de um intelecto prodigioso. Os professores se espantavam dos seus “inconcebíveis malabarismos” com os números. Apelidaram-no Proteu. O corcunda marinho da antiga mitologia. De acordo com a lenda grega, Proteu não era maior que a mão humana. Quando capturado, assumia as mais diferentes formas. Mas se o captor o segurasse bem, Proteu retornava gradualmente à sua forma verdadeira e sussurrava ao ouvido os segredos do mundo.
Tinham certo medo à sua “inteligência sobrenatural”.
Antes de três anos, Karl Steinmetz tinha subido ao trono do reino da luz.
Por que não adotar Proteus como segundo nome?
E então, convencido de que aquilo não era um sonho, tomou da varinha de condão e realizou outro milagre. Sonhe o dia inteiro se tiver vontade.
Quando as luzes começaram a fluir dos dínamos sussurrantes e um milhar de sóis dançaram no ar da meia noite, Steinmetz compreendeu que alcançara a sua meta. Era esse o santuário milagroso que ele procurava desde a infância.
Supunha ser sua personalidade pitoresca o que fascinava as pessoas e não o respeito por suas ideias e sentimentos. E seriam capazes de perceber o quanto se sentia só nesse ambiente luxuoso? E era por isso que tinha edificado uma mansão – um eremitério que lhe satisfizesse as necessidades de experimentador, um espaçoso templo de luz. Um rei sem família, sem amigos. Os jornalistas se entusiasmavam com o esplendor da casa, sem se preocuparem com a solidão do proprietário. Mas ele procurou vencer a solidão.
Mas Steinmetz continuava só – fugindo à companhia do próximo de quem tanto diferia fisicamente.
“Trazei luz às vidas das pessoas – uma luz que não destrói, e apenas cura”.
Mas as sombras ameaçavam tanto a beleza como a fealdade. Steinmetz ia ficando velho e cansado.
Alguns minutos depois o filho adotivo entrou no quarto com a bandeja. Aproximou-se da cama. O homenzinho estava profundamente adormecido.





Eu, Álison

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Mas não com você

Não sei, acho que é difícil prever o que você vai fazer.
Geralmente sou muito bom com deduções... Mas não com você.

 
Ele disse que você era obcecado por enigmas, mas ela é o maior enigma que você vai encontrar. 





Eu, Álison

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Se o senhor quer falar de genética

Pois então vamos falar de genética.



Esse Silas Malafaia daria um ótimo comediante. E eu não estou copiando essa frase de ninguém, sou eu que estou dizendo mesmo.



O sarcasmo é gigante.
"Se você falar mal de um evangélico, você tem preconceito com ele, e se ele fala mal de você, é porque é Filosofia. [...] Então, na verdade, eu não gosto dos evangélicos, não por ódio, não por preconceito, mas puramente por Filosofia".





Eu, Álison

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Incontrolável

"Então deveis falar de alguém que amou, não sabiamente, mas em demasia". - Otelo, Ato 5, Cena 2, linhas 343 e 344.







Eu, Álison

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Vi algo em você

Nunca fui capaz de fazê-los entender o que faço. 
Você se esforça para parecer convencional, mas sei que compartilha minha paixão pelo excêntrico e que não se encaixará em uma vida monótona e ordinária. Eles nunca entenderiam isso.


Suponho que estar certo é o melhor presente. As pessoas encontram seu caminho das formas mais estranhas.





 Eu, Álison

As pessoas acham que eu não vejo



Mas eu vejo. Não como o Sherlock, não como a My, não como o Cal. Mas vejo...






Eu, Álison

Nunca mais

"Melhores momentos nunca vão voltar, tudo tende a virar lembranças". - M. D.






 Eu, Álison