quarta-feira, 4 de julho de 2012

F. J. Haydn

Havia, aliás, grande necessidade de senso de humor no lar dos Haydn, batido da pobreza, pois a tristeza e a morte eram visitantes frequentes naquela choça camponesa de um andar em Rohrau, na Áustria.
A natureza, em seus displicentes experimentos, quebra muitos pedacinhos de barro para produzir uma obra prima.
E Haydn viveu sozinho os seus últimos dias. Perdera o amor, mas encontrara a paz.
Compunha música que era como o cantar dos anjos em seus momentos jocosos.
Movimento pontuado dos "tristes suspiros e lamentos dos mortais presos ao seu destino"
Eis-me aqui de novo na solidão.
O coração continuava, incessante, a cantar-lhe, e a sua música brilhava como raio de sol bailarino refletido por um espelho que algum garoto travesso manejasse.
Eu desejaria apenas poder infundir a todos os meus amigos, principalmente aos críticos, a mesma intensa simpatia e profunda admiração que sinto pela música inimitável de Mozart... As nações deviam disputar-se mutuamente a posse de tamanha joia, afim de conservá-la dentro em suas fronteiras.
Principia com um bosquejo do caos - pandemônio de frases discordantes e incompletas, de estrondosas dissonâncias, de incerteza e suspensão. Logo - súbita e harmoniosa mistura de todos os instrumentos e vozes a anunciar o nascimento do universo: "E foi feita a luz".
Três semanas depois, expirava. "Esta guerra miserável", disse em seu leito de morte, "acabou comigo".





Eu, Álison

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