sábado, 26 de abril de 2014

You'll be with Me

Here look at me
From your cross
I'm not worth a penny
I'm the biggest loser of all

It took some time
To walk my way
Got no reason to be proud of
The things I did and said
I was guilty under suffering sun
Shining above me slowly killing me

I only deserve to die
But please remember me
In your kingdom

As a man
Condemned to die
I desperately turned out to you
Then I heard words of grace and truth
Piercing through my soul
Today you'll be with me in the Paradise
From now on you're mine
And I'll never let you go

Ele olhou para mim de sua cruz. Eu não valho nada, sou o maior perdedor de todos.
Levou algum tempo para seguir meu rumo. Não tenho razões para me orgulhar das coisas que fiz e disse. Eu era o culpado sob o sol escaldante, brilhando acima de mim, lentamente me matando. 
Eu apenas mereço morrer, mas, por favor, lembre-se de mim em seu Reino.
Como um homem condenado à morte eu desesperadamente me voltei para você. Então ouvi palavras de graça e verdade penetrarem minha alma. Hoje você estará comigo no Paraíso. A partir de agora você é meu e nunca vou te abandonar.





Eu, Álison

Eu não sei se estou certo

Mas é nisso que eu acredito. Eu sou uma pessoa pessimista (não por escolha, claro, apenas por lógica), e a vida de um pessimista não é fácil, mas existem certas pessoas que deixam a nossa busca um pouco mais branda.  Pessoas que diminuem o fardo que temos de levar. É como se, quando eu visse essas pessoas, por mais brevemente que fosse, eu pudesse esquecer que sou pessimista, esquecer da maldade, da pobreza de espírito e de todas as coisas não muito boas que acontecem durante a vida. É como se eu pudesse me livrar de tudo isso e apenas aproveitar a presença daquela pessoa.
Infelizmente esses momentos não acorrem muito, já que não é em qualquer esquina que eu encontro as pessoas que considero especiais, mas, às vezes, quando eu vejo alguma destas pessoas, sinto um frio na barriga. Sem perceber, a respiração muda e o coração sai correndo. Acho que isso é o sentimento mais lindo que existe, porque é um sentimento muito forte, tão forte que não se limita a ser somente algo mental, chega a ser uma sensação física, chega a ter uma resposta corporal àquela pessoa que estou vendo. E me sinto agradecido quando passo por esse tipo de experiência. É uma mistura de nervosismo com surpresa imersos em um oceano de alegria.
 Eu acho que o céu é algum lugar em que você está sempre com frio na barriga. Em que você está sempre vendo alguém que te dá essa sensação. E nessa hora eu posso esquecer que sou pessimista, esquecer da maldade das pessoas, da pobreza de espírito e de tudo aquilo que você já sabe.







Eu, Álison

Ou da sua

"A coisa boa de você ter um relógio de pulso é que você pode olhar as horas quando você não tem nada para fazer ou quando você está em um momento socialmente constrangedor com alguém que, aliás, é como qualquer outro momento da minha vida. Ou da sua, provavelmente".







Eu, Álison

Muitas mesmo

Gostaria de te desejar muitas coisas, mas como sei que dizer-lhes não seria o suficiente, desejo apenas uma coisa:


E o resto eu deixo que naturalmente aconteça.







Eu, Álison

Tão ruim

Nem tudo é tão ruim quanto parece. 


Às vezes é um pouco pior.






Eu, Álison

Eu vou embora...







Eu, Álison

Para evitar que isso me perturbe

Acho que ela é uma das moças mais encantadoras que já conheci, e que ainda poderia ser muito útil num trabalho como o que acabamos de fazer. Ela tem faro para isso, haja vista como guardou o plano de Agra dentre todos os papéis de seu pai. Mas o amor é uma coisa emotiva, e o que quer que seja emotivo é contrário a esse raciocínio frio e correto que ponho acima de tudo. Eu nunca me casarei, para evitar que isso perturbe meu raciocínio.

Sherlock Holmes para Watson em "O Signo dos Quatro".






Eu, Álison

domingo, 20 de abril de 2014

You were watching all night long

You can't hurt me this time,
I'm prepared for anything
You won't get that close now
I'm protected from your lies
Knowing what you will bring me
Knowing that I want no more, more

When the snow was falling
I could see your footprints
Right outside my window
You were watching all night long
Standing there in the shadows
Whispering my name in your spell

Fells like yesterday now
I can see it all so clear
You were closer whispering
It's you and me that count right now
I thought that the voice I was hearing
Was so completely sincere

Years have passed since that day
My morning has come to an end
I know you're still out there
Regretting the choices that you made
I won't follow you this time
I'll give you the pain that was mine

Won't fall again
I won't be fooled
This time my heart is strong
You are standing right before
The master of sorrow

Won't feel again
Suffer no more
This time my heart is cold
You are standing right before
The master of sorrow

You can't hurt me this time
I'm prepared for anything
You won't get that close now
I'm protected from you lies
Knowing what you will bring me
Knowing you…

Você não pode me machucar desta vez. Estou preparado para qualquer coisa. Você não vai mais chegar tão perto agora. Estou protegido contra suas mentiras, sabendo o que você me trará, sabendo o que eu não quero mais, não mais.
Quando a neve está caindo posso ver suas pegadas. Ali fora, pela minha janela, você me assiste a noite toda, escondida nas sombras, sussurrando meu nome em seus feitiços.
Até parece ontem. Eu posso ver claramente. Você bem perto, sussurrando. O que importa agora sou eu e você. Eu pensei que essa voz que eu estava ouvindo. Era tão sincera.
Passaram-se anos desde aquele dia. Minha manhã chegou a um fim. Eu sei que você continua aí fora se arrependendo das escolhas que fez. Não vou te seguir agora. Te dou a dor que antes era minha.
Não cairei de novo. Não serei enganado. Desta vez meu coração está forte. Você está diante do mestre da tristeza.
Não vou mais sentir. Não vou mais sofrer. Desta vez meu coração está frio. Você está diante do mestre da tristeza.
Você não pode me machucar agora. Estou preparado para tudo. Você não vai mais chegar tão perto. Estou protegido contra suas mentiras, sabendo o que você me trará, sabendo quem você é...





Eu, Álison

Uma grande paz

Ficamos, pois, de mãos dadas, como duas crianças, e apesar de todas as coisas tenebrosas que nos cercavam, sentíamos uma grande paz no coração.







 Eu, Álison

Mas eu gosto de você

E não costumo gostar de ninguém.







Eu, Álison

sábado, 19 de abril de 2014

We would never die

I know who I am, my dear
I'm a wanted man
The world I see looks good from here
Right from where I stand
Together we could disappear
I'm a wanted man
So come and get me

You know we are so alive
That even if they kill us
We would never die


Eu sei quem eu sou, querida. Sou um homem procurado. O mundo que vejo parece bom daqui onde estou. Juntos poderíamos desaparecer. Sou um homem procurado. Então venha e me pegue.
Você sabe que estamos muito vivos. Que ainda que nos matássemos, nós nunca morreríamos.








Eu, Álison

Se alguém tinha perdido um tesouro

Eu, naquela noite, havia ganho um.







Eu, Álison

Destruir o real

De fato, em Roma e na Grécia, foi quando a sociedade se sentiu gravemente atingida que surgiram as teorias pessimistas de Epícuro e Zenão. A formação desses grandes sistemas é pois índice de que essas corrente pessimista chegou a certo grau de intensidade anormal, devido a alguma perturbação do organismo social. Ora, é sabido como esses sistemas se multiplicaram modernamente. Para se ter uma justa noção do número e importância deles não basta considerar as filosofias que têm oficialmente esse caráter, como as de Schopenhauer, Hartmann e outros. Deve-se também considerar todas as que, sob nomes diferentes, procedem de um mesmo espírito. O anarquista, o esteticista, o místico, o socialista revolucionário, se não perdem a esperança no futuro, como o pessimista, concordam pelo menos num mesmo sentimento de ódio ou aversão pelo estado de coisas vigente, e na necessidade de destruir o real ou esquivar-se dele.






Eu, Álison

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Many times

 

"Não estou certo quando ao que sinto sobre isso".






Eu, Álison

Que susto!

Quase esqueci dos seus olhos. A última vez em que isso havia acontecido foi dia 19 de dezembro de 2010.


Ainda bem que ontem, em meio a uma multidão incontável, você me deixou vê-los novamente. Muito obrigado. É sempre um prazer vê-la de novo. É sempre um prazer falar contigo e sentir que o que eu via naquela época ainda está aí dentro.
Saudade. Eu estava com saudade.







Eu, Álison

terça-feira, 15 de abril de 2014

Bravo como um leão

Esse é o significado de seu nome. Do alemão Leonhard. Se estivesse vivo, Leonardo da Vinci completaria hoje, 15 de abril, 562 anos de vida. Bem, de certo modo ele não morreu, pois, apesar de ter vivido apenas 67 anos e sua sepultura ter sido destruída durante a Revolução Francesa, a grandeza que torna quase impossível que uma pessoa acredite em tudo que ele fez e tudo que ele sabia não diminuiu em nada desde sua morte no início do século XVI.
Admiro pessoalmente Leonardo da Vinci. Não porque ele era um gênio excepcional, pois todas as pessoas deveriam admirá-lo por isso. O que me deixa sem palavras e o que me fascina no Leonardo não a sabedoria em si, mas a vontade de querer saber. Por exemplo, o Leonardo sabia matemática, sabia música, sabia botânica, sabia geologia, sabia física, sabia astronomia, apesar de, como pintor, não precisar saber nada a respeito de nenhuma dessas ciências. Mas ele sabia. Não só sabia como dominava. Mas para ele não era uma questão de "Preciso saber isso porque meu emprego exige" ou "Vou ler sobre aquilo, pois assim posso exercer minha profissão de forma mais eficiente". Nada disso. Ele estudava pelo simples ato de estudar. Não era uma questão de aprender para exercer manualmente o que foi aprendido. Não havia necessidade de nenhum fim prático. A única finalidade era engrandecer a si mesmo. Engrandecer seu espírito. E ele fez isso durante a vida tida. Começou quando era apenas uma criança que morava no campo, desenhando tudo que via, até sua morte em 1519. Apesar das pinturas que tinha de realizar, das viagens que tinha de fazer, dos projetos que tinha que criar, durante sua vida Leonardo da Vinci escreveu nada menos do que 13.000 páginas sobre absolutamente todos os assuntos que alguém possa imaginar. Ele tinha um compromisso consigo próprio, ou, como ele mesmo escreveu (sempre em terceira pessoa): "Não conte com ele, pois ele tem uma obra a realizar que lhe tomará a vida inteira". Sobre a Mona Lisa, A Última Ceia e todos os outros quadros do Leonardo, eu acho desnecessário comentar alguma coisa. A genialidade está estampada em cada centímetro de cada obra inigualável que ele pintou.
Na página "Eu, Leonardo" coloquei outros textos sobre ele, trechos da biografia, frases, citações de algum livro, enfim, pode haver algo que lhe interesse. E só por curiosidade, escolhi esse nome para a página porque era assim que o Leonardo assinava suas obras. Ele não usava o sobrenome "da Vinci". Escrevia apenas "Io, Leonardo". Se prestarem atenção, em todas as postagens que faço escrevo "Eu, Álison", em referência à maneira como Leonardo assinava. Afinal, se eu devo escolher alguém a quem imitar, escolho o homem que foi o topo da humanidade.


Eu lhe deixo os meus parabéns Leonardo, onde quer que esteja, e espero que minha admiração por ti possa me fazer uma pessoa melhor.
"Que o teu orgulho e objetivo consistam em pôr no teu trabalho algo que se assemelhe a um milagre". - Leonardo da Vinci





Eu, Álison

sábado, 12 de abril de 2014

Não é estranho?

"Existem tantas pessoas por aí que secretamente amam alguém. E tantas outras que não fazem ideia de que são secretamente amadas".






Eu, Álison

Volta logo

Eu queria ajudá-la, mas ela sempre dizia que não queria que eu me envolvesse com seus problemas porque poderia me afetar... Tanto quanto a afetava. Hoje não consigo parar de pensar que tenho minha parcela de culpa nisso tudo e que se tivesse insistido um pouco mais em tentar salvá-la isso não teria acontecido. Nunca tive coragem de admitir que ela era uma mulher doente. Atualmente possuo essa coragem, só que ela foi despertada por algo muito mais forte. Hoje, tarde demais, eu admito que ela era uma mulher doente. Uma mulher que não conseguiu sobreviver ao próprio problema.
Da última vez que ela me visitou, eu disse a ela: "Volta logo, senão o meu coração vai doer". Ela dizia que estava melhorando.


Essa foi a visão que tive quando ela foi embora. 
Foi a última vez que a vi.






Eu, Álison

Mas quem seria?



Sentei-me junto à janela com o livro na mão, mas os meus pensamentos estavam longe das ousadas especulações do escritor. Revia mentalmente a nossa visitante... Os seus sorrisos, o timbre sonoro da sua voz, o estranho mistério que pairava sobre sua vida.






Eu, Álison

Vital

"Eu acho que o processo criativo de cada pessoa nasce da necessidade vital de você querer mostrar ao mundo alguma coisa".






Eu, Álison

Às vezes, eu vejo demais


 
 Eu não quero ver demais. Ver demais faz mal. 






Eu, Alison

Para que tudo isso?

Mas, na medida em que o crente duvide, isto é, se sinta menos solidário com o credo religioso de que é membro e dele se emancipe, na medida em que a família e a comunidade se tornem estranhos ao indivíduo, ele se torna para si mesmo um mistério, e então não pode se esquivar à incômoda e angustiante questão: para que tudo isso?


Em outras palavras, se, como já se disse inúmeras vezes, o homem é dúplice, é que ao homem físico se acrescenta o homem social. Ora, este último pressupõe necessariamente uma sociedade que ele exprime e a que serve. Mas se, pelo contrário, ela vem a se desagregar, e não mais a sintamos viva e atuante em torno e acima de nós, o que há de social em nós ficará destituído de todo fundamento objetivo. Já não passará de uma combinação artificial de imagens ilusórias, uma fantasmagoria que um pouco de reflexão bastará para desvanecer; nada, por conseguinte, que possa servir de finalidade aos nosso atos. E contudo esse homem social é a essência do homem civilizado: é ele que determina o valor da existência. 





Eu, Álison

É diferente

- Você parece cansado. Talvez esteja doente. Deveria descansar um pouco.
- Mas eu já descansei.
- Mas como? Você esteve esse tempo todo comigo.
- Exatamente. Consegue imaginar melhor descanso do que estar com você?







Eu, Álison

Não é verdade?

Isso é o idiota da objetividade e isso é o preponderante na nossa sociedade. Isso, eu acho, que faz o artista sofrer tanto. É muito cruel a natureza humana ser dessa maneira medíocre e objetiva, porque isso é a nossa grande miséria. Se a gente tem guerra, se a gente tem preconceito, se a gente tem injustiça, se a gente tem disparidade, é por causa desse ser. É o espírito de rebanho que o Nietzsche diria. Então, as pessoas tem que entender que a responsabilidade está no ser comum. As pessoas estão assumindo um papel quase troglodita. Sabe por que que a gente fica mais vulnerável a esse trogloditismo? Pelo excesso de informação. Então a gente se acha que está respaldado pela carga de modernidade que a gente tem, internet, telefone celular... A pessoa se acha em relação àquela carapaça tecnológica que ela tem. Agora, o problema é o seguinte: por exemplo, você que ia fazer um dever de casa da escola, e tinha que procurar no "Tesouros da Juventude", na "Biblioteca Barsa". Aí vem um babaca lá, baixa tudo no computador e cola tudo. E acha que é esperto! Depois te manda um e-mail assim, "trouxe" com C. Tem alguma coisa que é pior do que uma pessoa escrever errado? Você acredita, assim, se você receber uma declaração de amor com Ç trocado por SS... Você não vai acreditar que essa pessoa te ama! Não porque ela está mentindo, mas que ela não tem capacidade nem de amar. Não é verdade?







Eu, Álison

Não necessariamente é daquele jeito

O texto que segue foi retirado da biografia de Johannes Brahms, compositor de música clássica. O autor comenta sobre o desinteresse do músico com sua aparência física. Isso serve claramente para demonstrar como a aparência nada tem a ver com as qualidades de uma pessoa. Nesse caso, por mais desleixado que Brahms pudesse parecer, isso em nada impediu que ele se tornasse o gênio que era.
Porque aquilo que você está enxergando não necessariamente é daquele jeito.


 E como se quisesse acrescentar um novo símbolo ao seu caráter de eremita, deixou crescer uma barba que, com o tempo, se tornou branca e majestosa - e que lhe servia, além disso, para esconder o colarinho aberto, pois raramente usava gravata. À medida que envelhecia, tornava-se maior e mais pronunciado seu desleixo. Era, no íntimo, um camponês, que se agradava dos trajes grosseiros e das grosseiras gargalhadas dos camponeses. Trazia sempre um velho chapéu estragado que se diria ter saído de um cinzeiro. Nas mais rigorosas cerimônias envergava camisas de flanela sem mangas. As calças surradas apenas lhe chegavam aos sapatos. Certa noite, numa festa, como a conversa passasse a versar sobre meias, escandalizou um grupo de velhas senhoras vienenses observando: Vejam como são elegantes as minhas meias". E levantou a calça para mostrar um tornozelo nu. Via-se-lhe, de ordinário, um remendo no assento das calças e nos cotovelos do paletó de alpaca. Raramente trocava de roupa. Atirava-a de qualquer maneira dentro da mala quando tinha de viajar, e deixava-a espalhada pelo chão quando vinha dormir em casa. Nunca ninguém o viu passá-la a ferro. Persuadiram o alfaiate dele a cortar-lhe um par de calças que tivesse o comprimento adequado, mas quando Brahms as recebeu, cortou-lhe até que lhe ficaram acima dos sapatos. Nem sempre, no entanto, era muito acurado em seus cortes, de modo que, muitas vezes, aparecia com uma perna mais comprida do que a outra. Mesmo enquanto jovem, antes de se lhe confirmarem os hábitos de solteirão, demonstrava o mesmo relaxamento no tocante à aparência física.
Toda vez que se lhe rasgava as calças ele reunia os pedaços rasgados com lacre. "O que atrapalhava é que o lacre não durava muito tempo".





Eu, Álison

domingo, 6 de abril de 2014

O que acontece quando morremos?

- O que acontece? Nós retornamos ao lugar de onde viemos.
- Eu não me lembro do lugar de onde vim...
- Eu também não.
- Ela é tão pequena.
- Sim, é uma das coisas que acontecem. Parecemos menores.
- Ela parece estar em paz.

Trecho de "As Horas"







Eu, Álison

I'm hollow

"... Mas ajo como autômato e, quando me dirigem a palavra, elas me parecem ressoar no vazio. Meu maior tormento provém do pensamento do suicídio do qual não posso me livrar um minuto. Há um ano sou vítima dessa impulsão, que era, a princípio, pouco pronunciada. Mas há dois meses ela me persegue em todos os lugares, e, no entanto, não tenho motivo algum para me suicidar...".






Eu, Álison

Will you?

You've been standing on the edge
Lost between the worlds of agony and ecstasy 


What are you afraid to lose when you're left alone?
'Cause loving you was wasting 






Eu, Álison

sábado, 5 de abril de 2014

This is my last glance

Here I am waiting, I have to leave soon
Why am I holding on?
We knew this day would come
We knew it all along, how did it come so fast?

This is our last night, but is late
And I'm trying not to sleep
'Cause I know when I wake
I will have to slip away

Here I am staring at your perfection
In my arms, so beautiful
The sky is getting bright and the stars are burning out
Somebody slow it down

This is way too hard, 'cause I know
When the sun comes up, I will leave
This is my last glance
That will soon be memory

I was afraid of the dark but now is all that I want

And when the daylight comes I'll have to go
But tonight I'm gonna hold you so close
'Cause in the daylight we'll be on our own
But tonight I need to hold you so close

Aqui estou eu esperando, tenho que ir logo embora. Por que eu estou esperando? Sabíamos que este dia chegaria. Sabíamos o tempo todo, como chegou tão rápido?
Essa é a nossa última noite, mas já está tarde e estou tentando não dormir por que sei que quando eu acordar vou ter que ir embora.
Aqui estou eu olhando para a sua perfeição em meus braços, tão linda. O céu está ficando brilhante e as estrelas estão queimando. Alguém tem que atrasar isso.
Isso é muito difícil, porque sei que quando o sol chegar, eu vou embora. Este é o meu último olhar. Isso em breve será uma lembrança.
Estava com medo do escuro mas agora é tudo o que quero.
E quando a luz do dia chegar vou ter que ir, mas essa noite vou te segurar bem perto. Porque quando a luz do dia chegar nós estaremos separados, mas essa noite preciso te segurar bem perto.







Eu, Álison

Só queria dizer mais uma coisa









Eu, Álison

Beautiful things

Every day I discover
more and more
beautiful things.
It’s enough to drive one mad.
I have such a desire
to do everything,
my head is bursting with it.







Eu, Álison

Que foto engraçada!

Engraçado: adj. Que tem graça.


Graça, do latim gratia, bondade, aquele que é abençoado ou cuidado, que por sua vez origina-se do grego cáris (carisma). Sendo assim, uma pessoa engraçada é aquela deixa o mundo melhor. Aquela que protege, aquela que faz bem. Alguém tira uma foto engraçada quando a olha e vê que ela está permeada de bondade e que as pessoas que estão nela se sentem bem por estar ali.
A foto cumpre um papel muito importante, pois eterniza a graça do momento e a graça das pessoas.






Eu, Álison

Then love might pass you by

 

Então nossa diferença poderia ser minha casa.
O que senti lendo suas cartas poderia ser meu alimento
Mas eu acho que você já foi embora. E eu nem te disse que...






Eu, Álison

Janela da Alma - Parte 3

Todos nós somos criaturas emocionais, e creio que todas as nossas percepções, nossas sensações e experiências são carregadas de emoção, de pessoal emoção. Acredito que a emoção fique, por assim dizer, codificada na imagem. Curiosamente, às vezes, a emoção pode se separar da imagem. Aparentemente, o que acontece nesse caso é que o sentimento de ternura e familiaridade desaparece. Isso reforça a ideia de que o reconhecimento visual, a memória visual e toda a forma de percepção devem estar inseparavelmente ligadas à emoção. Quando a memória visual é desconectada da emoção que lhe corresponde uma grande crise nervosa pode ocorrer. - Oliver Sacks

O que é o olhar? É uma interpretação, não é? Sempre é uma interpretação. Tudo que a gente olha, a gente está mediado pelos nossos conceitos, pelos nossos valores. Tem tanta coisa. Às vezes, a gente passa diante do muro e sempre vê o muro. Num determinado dia aquilo se abre diferente, parece outra coisa, uma coisa nunca vista antes. - Paulo Cezar Lopes

É uma coisa linda. Viajando de ônibus... Eu estou lá na cadeira e eu estou vendo coisas maravilhosas que ninguém está vendo e eu estou vendo, e está todo mundo achando que eu não estou vendo. E enxergando menos do que eu! - Hermeto Pascoal

Eu estava em um restaurante em Lisboa, estava sozinho até, e de repente eu pensei: "E se nós fôssemos todos cegos?". E depois, praticamente no segundo seguinte, eu estava a responder, eu respondia a esta pergunta que tinha feito. Mas nós estamos realmente todos cegos. Cegos da razão, cegos da sensibilidade, enfim, de tudo aquilo que faz de nós não um ser razoavelmente funcional, no sentido da relação humana, mas pelo contrário, um ser agressivo, um ser egoísta, um ser violento, e isto é o que nós somos. E o espetáculo que o mundo nos oferece é precisamente esse. Um mundo de desigualdade, um mundo de sofrimento, sem justificação, ou melhor, com explicação. Nós podemos explicar o que se passa, mas não tem justificação. - José Saramago

A imagem que mais me faz falta é aquela da qual todos carecem, isto é, poder ver a si mesmo com próprios olhos. As pessoas acreditam que se veem com os próprios olhos, mas, assim como eu, precisam de um espelho. A diferença, no meu caso, é que os espelhos são diferentes. Mas isso é uma sorte para mim, porque dessa maneira evito me afogar, tal como o infeliz Narciso. Sou um Narciso sem espelho, isto é, é uma sorte. - Eugen Bavcar

O que eu acho é que nós nunca vivemos tanto na caverna de Platão como hoje. Hoje é que nós estamos a viver de fato na caverna do Platão. Porque as próprias imagens que nos mostram a realidade. Então, de uma maneira, substitui a realidade. Nós estamos no que chamamos de mundo audiovisual. Nós estamos efetivamente a repetir a situação das pessoas aprisionadas, atadas, na caverna de Platão, olhando em frente, vendo sombras, e acreditando que essas sombras são a realidade. Foi preciso passarem todos estes séculos para que a caverna do Platão aparecesse finalmente num momento da história da humanidade, que é hoje. E vai ser. E vai ser cada vez mais. - José Saramago

Vemos tantas coisas fora de contexto. A maioria das imagens que vemos são vistas fora de contexto. A maioria das imagens que vemos não tentam nos dizer algo, mas nos vender algo. Na verdade, a maioria as coisas que vemos, revistas, televisão, tentam nos vender algo. Mas a necessidade fundamental do ser humano é que as coisas comuniquem um significado, como uma criança ao se deitar. Ela quer ouvir uma história. Não é tanto a história que conta, mas o próprio ato de contar a história cria segurança e conforto. Acho que mesmo quando crescemos nós amamos o conforto e a segurança das histórias, qualquer que seja o tema. A estrutura da história cria um sentido, e nossa vida, de maneira geral, carece de sentido, por isso, temos uma intensa sede de sentido. - Wim Wenders

Acho que acontece o mesmo com todas as outras coisas que temos em excesso. Quero dizer, temos muitas coisas em excesso nos dias de hoje. A única coisa que não temos o suficiente é tempo, mas a maioria de nós tem tudo em excesso. E ter tudo em excesso significa que nada temos. A atual superabundância de imagens significa, basicamente, que somos incapazes de prestar atenção. Somos incapazes de nos emocionarmos com as imagens. Atualmente, as histórias precisam ser extraordinárias para nos comoverem. As histórias simples... Não conseguimos mais vê-las. - Wim Wenders

Vivemos todos numa espécie de Luna Park audiovisual, onde os sons se multiplicam, onde as imagens se multiplicam, e onde nós, mais ou menos, creio eu, que isso vai acontecer, nós vamos, cada vez mais, nos sentirmos perdidos. Perdidos, em primeiro lugar, de nós próprios. E em segundo lugar, perdidos na relação com o mundo. Acabamos por circular aí sem saber muito bem nem o que somos, nem para que servimos, nem que sentido tem toda a existência. - José Saramago

Tenho outro exemplo, também de Jacques Demy. Lembro-me de ter dito, durante a narração, que nenhum jornalista, nenhum repórter, teria continuado a filmar meu querido colocando seu suéter, apenas eu. Ninguém mais teria ficado lá para ver a cena. Ele arruma aqui, arruma ali, é interminável. Mas eu fiquei. E quando vejo as imagens, agora que ele se foi, lembro-me de como me irritava com sua lentidão, mas tendo-a filmado, eu o perdoei completamente, porque está em imagens, as pessoas podem ver como ele era lento. Acho que apenas eu, amando-o desta maneira, poderia ter sido capaz de filmar essa imagem. Então, a alteração não vem da doença, do mal estar, da cegueira. Acredito que venha do nosso sentimento, da nossa posição no momento que filmamos. Da nossa relação, da nossa conexão com o tema, com a pessoa filmada ou com aquele momento de nossas vidas. Você não acha? - Agnès Varda

No entanto, para se chegar a isso, a essa redução do trágico. Do anúncio do trágico. Mas ele conseguiu isso, essa síntese. É simples, e não é. Não é que o simples seja o desleixado, não é isso. É o simples, o substantivo. É a única coisa que poderia ser, é aquilo. É o irredutível. É isso que eu chamo simples. Eu acho que nisso talvez esteja, um pouco, a minha ideia do que seja a beleza. - Walter Lima Jr.

Gasto uma grande parte do meu dia no jardim, aí fora. Olhar para as plantas. Acompanhar, sobretudo, o crescimento delas. Esta preocupação minha com aquilo que cresce, e neste caso estou falando das plantas, e aquilo que está a passar nas plantas. A flor, o fruto, enfim, tudo isso. Se está mal, se tem alguma praga, se tem qualquer coisa, enfim. Tudo isto. E, sobretudo, esta atenção muito particular ao crescimento da árvore, ou da planta, em geral. No fundo, talvez tenha outra razão que eu não tinha pensado antes. Que, como, enfim, tenho 77 anos, minha vida vai se aproximando do fim. É como se eu tivesse a necessidade de existir. De ver aquilo que, de alguma forma, está ainda no princípio, por estar a crescer. E algumas vezes até, não direi falar com elas, porque elas não respondem, mas comentar, digamos, mais ou menos, em voz alta, como é que estão, se tem bom aspecto, se não tem bom aspecto. É uma coisa um pouco... Um pouco pateta, um pouco ridícula, mas enfim... - José Saramago






Eu, Álison

É simples... Mas não é

Mas você faz de uma maneira que a simplicidade se torna mais grandiosa do que qualquer outra coisa. Eu acho que isso é arte. A elevação do simples, mas sem que, nesse processo, ele perca a beleza inerente à simplicidade.











Eu, Álison

É minha maior recompensa

- Meu cérebro, disse ele, rebela-se contra a estagnação. Dê-me problemas, dê-me trabalho, dê-me o mais abstruso criptógramo, ou a mais intrincada análise, e eu estarei no meu elemento. Dispensarei, então, os estimulantes artificiais. Detesto a rotina monótona da existência. Preciso ter a mente em efervescência.


Não procuro honras nesses meus trabalhos. Meu nome não aparece nos jornais. O trabalho em si, o prazer de achar um campo para as minhas faculdades específicas, é minha maior recompensa.






Eu, Álison