quinta-feira, 19 de julho de 2012

Que seja à caneta

Que nossa história seja escrita à caneta.
Para que nenhum espírito mesquinho possa apagá-la.
Para que o Tempo não consuma o brilho dos momentos.
Para que o futuro não reduza a grandeza das pessoas, e para que elas, em um incerto amanhã, possam ler suas frases com um sorriso tranquilo.
Que as letras definam o essencial e destaquem o sublime.
Que ela seja redigida com calma e sensatez, para que não tomemos as decisões equivocadas.
Que ela seja cheia de ironias, metáforas e alegrias.
Que ela contenha frases diretas e claras, mas que nela também haja versos pressupostos.
Que nenhuma das folhas seja escrita pela metade e que todas as páginas possam trazer um detalhe que desperte algo que está adormecido dentro de cada um.
Que ela seja cheia de pontos.
Pontos de interrogação que despertem a curiosidade.
Pontos de exclamação que expressem a surpresa.
Que ela tenha vírgulas e reticências que a torne mais atraente.
Que cada nova linha simbolize um sonho que o destino tornou real; e que haja muitas novas linhas.
Que comecemos nossa história com uma letra maiúscula no momento que nascemos e que por sorte, o ideal se realize, e que coloquemos um ponto final somente quando morrermos, jamais antes, para que possamos viver plenamente tudo o que há.
E para o que não há ao nosso redor, nós possamos fazer haver dentro de nós.
E para o que não há nem mesmo dentro de nós, possamos encontrar alguém que nos conceda o dom de fazer haver o invisível aos olhos.
Porque talvez você mude. Talvez você seja diferente. E talvez seu ponto final não seja, no fim das contas... O fim.





Eu, Álison

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