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domingo, 4 de maio de 2014

Você precisa me dizer

- Quando ele vai voltar? Ele falou que queria me contar seu segredo!
- Quando? Bem, quando o sol nascer a oeste e se puser a leste - disse tristemente. Quando os mares secarem e as montanhas forem sopradas pelo vento como folhas. Então regressará, meu sol-e-estrelas, e não antes.
- Nunca, gritou a escuridão, nunca, nunca, nunca.








Eu, Álison

sábado, 13 de outubro de 2012

Is time to disappear

Uma vez um menino escreveu, antes de fugir, as palavras que mostro-lhes a seguir:

"Não há como expressar a dor que me persegue,
Mas suas palavras fazem meu espírito mais forte e mais leve
Minha alma mais segura
Minha mente mais tranquila.
No entanto, minhas palavras não fazem o mesmo.
Não fortificam, não protegem, não acalmam,
Mas quando te olhar de cima
Vou te dar minha auréola
Para prender seu cabelo
Para que o vento de minhas asas
Não atrapalhe nosso abraço."


Ninguém sabe para onde ele foi. Seus amigos o procuram até hoje.




Eu, Álison

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Parei e fui pensar

Segunda-feira, 16 de Julho de 2012.
11:00 PM.

A ideia era fazer um café e voltar para o quarto, mas decidi sentar em uma cadeira na área da minha casa e parar para pensar. Apesar de ser inverno, havia uma brisa muito agradável que me convidava a permanecer ali. Pensar sobre as coisas é uma atividade transformadora e como eu precisava refletir, achei aquele ambiente propício.
Olhar perdido e distante. Eu não estava pensando em nada, apenas resolvi deixar que minha mente falasse comigo, que ela se mostrasse, e esperava que isso tirasse um pouco do peso em minha cabeça. Se me perguntassem o que aconteceu enquanto estava ali sentado não saberia dizer. Toda a minha atenção estava voltada para dentro. A cada gole de café minha consciência saía flutuando em meio ao vento, organizando a bagunça e tentando combater a confusão.
O tempo passou, os goles de café acabaram, mas eu continuei ali. Não interiorizava nenhuma sensação, apenas deixava que minha mente esvaziasse e se reordenasse, que ela voltasse no tempo e tentasse entender porque havia feito aquilo horas atrás.
Não precisei focar em um assunto, minha cabeça pensava por conta própria. Eu havia me desligado do mundo e pulado num poço de pensamentos. Prestava atenção somente no que minha mente dizia. E dizia muita coisa. A única manifestação exterior que me distraía era o vento. Ele me deixava mais disperso do que eu já estava, mas isso era bom. Minha consciência precisava de tempo.

Terça-feira, 17 de Julho de 2012.
00:00 AM

Me levanto da cadeira com a xícara vazia. O vento ainda estava lá. Minha mente havia dado mil voltas e agora parecia mais tranquila. Depois de uma hora pensando, me levantei e voltei para meu quarto. Parte da confusão havia sido expulsa e levada pelo vento. Parecia que a bagunça havia diminuído. Eu estava melhor. O que eu havia feito já não parecia tão grave. A notícia que havia lido já não parecia tão estarrecedora. Ainda não havia recebido meu perdão, mas minha consciência estava começando a me absolver de meu desprezível e medíocre ato de dúvida. De meu pecado narcisista.
Meu pedido foi aceito e fui perdoado quinta-feira, dia 19 de Julho, à tarde.
Hoje o que eu fiz é passado. Não quero precisar suplicar desculpas novamente por fazer algo tão patético.




Eu, Álison

sábado, 15 de setembro de 2012

A criação de tudo

Mito chinês sobre a criação do mundo:

"A criação do mundo não terminou até que P'an Ku morreu. Somente sua morte pôde aperfeiçoar o Universo: de seu crânio surgiu a abóboda do firmamento, e de sua pele a terra que cobre os campos; de seus ossos vieram as pedras; de seu cabelo veio toda a vegetação. Sua respiração se transformou em vento, sua voz, em trovão; seu olho direito se transformou na Lua, seu olho esquerdo, no Sol. De sua saliva e suor veio a chuva. E dos vermes que cobriam seu corpo surgiu a humanidade".

O ser humano foi colocado em seu devido lugar.





Eu, Álison

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Um pouco como você

Eu via você brincando sozinho
Eu via você fugindo do vento
E escutando o silêncio
Eu sabia que você me entendia
Eu via você andando à noite olhando as pessoas
Procurando nelas um pouco de você mesmo
E eu via que você não conseguia encontrar nada
Eu via que você me via
E me sentia estranho
Era como se você me dissesse
Dissesse que me conhecia
Dissesse talvez outro dia
Dissesse que eu era a pessoa que era 
Um pouco como você
Mas a gente não se falava
Às vezes, nem se olhava
Mas você via,
E se via...
Por isso eu sabia
Sabia que você me entendia





Eu, Álison

sábado, 11 de agosto de 2012

Essa é a diferença

Quando o ar move-se rápido, algumas pessoas constroem muralhas para se proteger. Outras, no entanto, criam moinhos de vento.





Eu, Álison

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Não acreditam

Uns não acreditam na água, mas nem por isso deixa de chover
Uns não acreditam no calor, mas nem por isso o Sol deixa de existir
Uns não acreditam no frio, mas nem por isso deixa de nevar
Uns não acreditam no fogo, mas nem por isso ele deixa de queimar
Uns não acreditam na luz, mas nem por isso ela deixa de brilhar
Uns não acreditam no vento, mas nem por isso deixa de ventar
Uns não acreditam em mim...





Eu, Álison

sábado, 10 de setembro de 2011

A Marcha do Imperador

As filhas da noite usam seu mais belo véu.
Elas correm sob as estrelas,
Elas dançam ao som do vento.
Coragem povo sofrido,
Pois essa dança irá aos confins do céu
Buscar o Sol que nos esqueceu.










Eu, Álison

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Você diz...

"Você diz que ama a chuva, mas abre seu guarda-chuva quando chove;
Você diz que ama o Sol, mas você procura um ponto de sombra quando o Sol brilha;
Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra;
É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama."

William Shakespeare



Hoje em dia tem tanta idiotice por aí que, para citar uma pessoa que pensa, eu tenho que falar de alguém que viveu a séculos atrás. É foda.







Eu, Álison