quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PC Siqueira não é pessimista

Mas a depressão que ele sofre é. As pessoas podem pensar que o PC Siqueira é pessimista porque ele quer, porque ele é chato, mas nunca perguntarem para ele se ele gostava de tomar cuspida na escola, se ele gostava que colocassem ele nos latões de lixo, se ele gostava que chamassem ele de vesgo. Com isso ninguém se preocupa, afinal, é muito mais fácil falar mal do que tentar entender.
E só para constar, eu apoio o pessimismo. É muito melhor do que ser falso.







Eu, Álison

domingo, 27 de janeiro de 2013

Sem querer ofender, já ofendendo

A Bíblia prega, acima de tudo, o amor que Deus tem pela humanidade. Mas pelo jeito o amor para com homossexuais não se enquadra nessa virtude. Em Levítico 18: 22, lemos que "Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é". Abominação é uma palavra muito forte para relacionar-se com o dito amor de Deus.
Mais adiante lemos em II Samuel 1: 26 Davi dizendo a Jônatas que "Tua amizade me era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me eras deliciosamente querido!". Essa maneira de se expressar me parece vinda de um homossexual, mas em Levítico está escrito que a homossexualidade é uma abominação.
Existe alguma coisa muito confusa nessa história. Primeiro vê-se uma afirmação e mais adiante uma declaração que contradiz a afirmação, mas ambas estão no mesmo livro.
Acho que está na hora das pessoas começarem a pensar um pouco.






Eu, Álison

Salmos 91: 11

"Porque a seus anjos Ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos". 





Eu, Álison

A cada 40 segundos

O desespero beira o insuportável. A cada dia, o sofrimento – físico ou emocional – fica mais intenso e viver torna-se um fardo pesado e angustiante. Sua dor parece incomunicável; por mais que você tente expressar a tristeza que sente, ninguém parece escutá-lo ou compreendê-lo. A vida perde o sentido. O mundo ao seu redor fica insosso. Você sonha com a possibilidade de fechar os olhos e acordar num mundo totalmente diferente, no qual suas necessidades sejam saciadas e você se sinta outro. Será que a morte é o passaporte para essa nova vida? Atire a primeira pedra quem nunca pensou em morrer para escapar de uma sensação de dor ou de impotência extremas. Parece comum ao ser humano experimentar, pelo menos uma vez na vida, um momento de profundo desespero e de grande falta de esperança. Os adjetivos são mesmo esses: extremo, insuportável, profundo.
A angústia existencial do suicida sempre vai fornecer justificativas para a sua morte.
“Constatei, pelos discursos, que o suicida está num quadro de embotamento, como se estivesse afogado nas próprias emoções. Ele não aproveita os vínculos sociais para partilhar seus sentimentos e vê o mundo de uma maneira muito própria.” O suicídio, então, torna-se um meio de expressão, uma fala que não pôde ser dita.
“O indivíduo não consegue pedir socorro de outro modo, então opta por um ato extremo.
Incapazes de comunicar a própria dor, os suicidas recorrem a algumas fantasias para justificar a si mesmos a autodestruição.
“A ideia da não-existência é tão insuportável que a mente humana inevitavelmente recorre às fantasias para levar adiante o projeto de auto-aniquilamento".
“O que me impressionava eram as pessoas que tentavam suicídio dizerem que não queriam morrer”. “Como alguém tenta o suicídio e diz que não quer morrer? Na verdade, queriam acabar com uma situação de desespero. Como não conseguiam ver outra alternativa, recorriam ao suicídio. Mas, ao depararem com a possibilidade concreta da morte, percebiam que não queriam, de fato, morrer”.
O cansaço existencial e as crises constantes também alimentam o desejo de morrer.

"Eu não deveria existir. Desculpa, não consegui".





Eu, Álison

I'm a looker

Estou muito longe de ser o que as pessoas acham que eu sou.






Eu, Álison

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Existimos sob o mesmo código indecifrável

Amor, era o que me vinha. Amor. Uma pequena onda de amor sentido por elas que, hoje, perdidas as marcas, ficava me machucando com outros nomes como memória, saudade, perda. A quem eu amara? A quem?
Estava apenas querendo a vida com sangue. Nem que fosse o anêmico sangue dos infelizes.
Meu peito parece vazio. Até meu corpo tornar a amanhecer, terei girado milhões de vezes em torno das mesmas e poucas lembranças. Os mesmos sonhos terão se repetido.
Como se em lugar do coração eu tivesse um buraco vazio. E começou a ficar triste de novo. Meu peito está tão vazio... Não me deixe só. Tenho medo. O meu coração.






Eu, Álison

Em sua presença

Werther manda seu criado à casa da amada Carlota apenas para, diz: "ter junto de mim alguém que tivesse estado em sua presença".

Quantas vezes tenho de ninar o meu sangue revolto até acalmá-lo... Tu sabe que não existe no mundo nada tão instável, tão inquieto quanto o meu coração. Se é que tenho necessidade de dizê-lo a quem tantas vezes carregou o fardo de me ver passar da aflição à digressão, da doce melancolia à paixão furiosa, meu caro!
E mesmo as mudanças de humor, que chegavam à indelicadeza de quando em vez, não eram desenhadas com o selo da genialidade?


Não, nenhuma linguagem seria capaz de exprimir a ternura que animava seus olhos e suas atitudes. Tudo o que eu pudesse dizer seria grosseiro e rudimentar.
Ah, como isso confrange o coração! E, todavia, ser incompreendido, é esse o destino da gente!






Eu, Álison