Quantas vezes tenho de ninar o meu sangue revolto até acalmá-lo... Tu sabe que não existe no mundo nada tão instável, tão inquieto quanto o meu coração. Se é que tenho necessidade de dizê-lo a quem tantas vezes carregou o fardo de me ver passar da aflição à digressão, da doce melancolia à paixão furiosa, meu caro!
E mesmo as mudanças de humor, que chegavam à indelicadeza de quando em vez, não eram desenhadas com o selo da genialidade?
Não, nenhuma linguagem seria capaz de exprimir a ternura que animava seus olhos e suas atitudes. Tudo o que eu pudesse dizer seria grosseiro e rudimentar.
Ah, como isso confrange o coração! E, todavia, ser incompreendido, é esse o destino da gente!
Eu, Álison
Nenhum comentário:
Postar um comentário