Dizei-me, pergunto-vos, pode-se amar alguém quando se odeia a si mesmo? Pode-se viver em bom entendimento com os outros quando não se está de acordo com o próprio coração? Pode-se oferecer algo de bom à sociedade quando se está aborrecido e fatigado com a própria existência? Seria preciso ser mais louco que a Loucura mesma para responder afirmativamente a essas perguntas. Ora, se for excluído da sociedade, o homem, longe de poder suportar os outros, não poderá suportar a si próprio; desgostoso com tudo que tiver alguma relação consigo, logo se tornará a seus próprios olhos um objeto de ódio, de aversão e de horror.
Eu, Álison
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