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sábado, 22 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Existimos sob o mesmo código indecifrável

Amor, era o que me vinha. Amor. Uma pequena onda de amor sentido por elas que, hoje, perdidas as marcas, ficava me machucando com outros nomes como memória, saudade, perda. A quem eu amara? A quem?
Estava apenas querendo a vida com sangue. Nem que fosse o anêmico sangue dos infelizes.
Meu peito parece vazio. Até meu corpo tornar a amanhecer, terei girado milhões de vezes em torno das mesmas e poucas lembranças. Os mesmos sonhos terão se repetido.
Como se em lugar do coração eu tivesse um buraco vazio. E começou a ficar triste de novo. Meu peito está tão vazio... Não me deixe só. Tenho medo. O meu coração.






Eu, Álison

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A Morte devagar

Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja quem não lê quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.




Eu, Álison

segunda-feira, 5 de março de 2012

Infelicidade real ou felicidade irreal?

Eu não sou uma pessoa muito feliz, na verdade. Sério, às vezes eu acho que eu irrito as pessoas porque eu não sou feliz, como se as outras pessoas fossem felizes, né? Sinceramente eu acho que esse negócio de ser feliz é uma coisa muito supervalorizada. As pessoas vêm falar: "Ah, porque eu estou em busca da felicidade. Não, porque o importante é ser feliz". O importante é ser feliz o cacete, o importante é você ser esclarecido.
As pessoas falam que ignorância é uma bênção porque você pode ser feliz por ser ignorante. Mas por outro lado, você está sendo ignorante. E eu também não sei se eu quero ser feliz a ponto de querer ser ignorante. Para não ser ignorante você paga um preço. O preço é não ser muito feliz, lógico. Felicidade é só um sentimento no meio de vários outros. E, aliás, é um sentimento meio raro, você precisa de coisas específicas para ficar feliz.  Eu acho que felicidade está para os sentimentos igual, sei lá, pasta de amendoim está para nossa cadeia alimentar. A gente precisa de pasta de amendoim tanto quanto a gente precisa de felicidade para os nossos sentimentos. Existem vários outros, às vezes, mais importantes. Você não vai comer só pasta de amendoim a sua vida inteira. O seu objetivo não é comer isso, você tem que comer todas as coisas, até as ruins, porque, às vezes, faz bem.
Então eu acho meio injusto as pessoas ficarem dizendo para as outras que elas têm que ser felizes obrigatoriamente, porque é muito difícil ser feliz.
Eu sinceramente acho que as pessoas que são muito felizes elas não são muito felizes de verdade. Eu acho que elas tão me enganando. Se a pessoa é muito feliz, ou ela não está entendendo absolutamente nada do que está acontecendo, ou ela está me enganando muito bem.
Têm uns problemas de convivência se você não for uma pessoa muito feliz no meio de pessoas que se julgam felizes. Porque quando você se assume como pessoa não muito feliz, as outras pessoas ficam ofendidas, porque elas ficam assim: "Nossa, mas como você pode ser infeliz... Convivendo comigo?". Como é que você acha?
A felicidade é uma coisa muito momentânea, ela passa muito rápido. É, tipo, comer um chocolate. E eu tenho certeza de que se a gente fosse muito, exageradamente feliz, é a mesma coisa que você, sei lá, comer chocolate exageradamente. Você fica enjoado... E gordo.
Então, às vezes, eu falo que eu sou infeliz e as pessoas ficam assim: "Não, mas você não é infeliz, é porque você é pessimista, você não vê as coisas de uma forma boa". Eu sou infeliz porque eu vejo as coisas da forma como elas são. Eu só acho que eu prefiro ser infeliz e entender as coisas como elas são do que eu ser um falso feliz vivendo uma falsa realidade.
Não é que as pessoas felizes elas sejam completamente enganadas, mas tem uma coisa muito errada aí no meio. Eu acho que têm coisas piores do que ser infeliz, tipo ser um idiota. Tem muito bobo alegre por aí. Não é que a gente precisa ser mais feliz, são vocês que precisam entender melhor as coisas.
Então se você é uma pessoa infeliz e é incomodado pelos outros por causa disso, não se preocupa, porque felicidade não é uma coisa tão importante assim, você pode viver muito bem sem ela. Você pode viver muito bem sem comer pasta de amendoim.
Para falar a verdade, eu acho que ninguém sabe o que é ser feliz. Ser feliz não é só falar que é feliz para os outros só para ninguém te encher o saco. Eu não sei o que é ser feliz, eu só sei que não são essas coisas aí, não.
E eu sei que na posição de infeliz esclarecido que eu estou, essas coisas já não me enganam mais.




 Eu, Álison

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Raças a vingar

Crê, então, o senhor que essas riquezas estão perdidas porque sou eu que as recolho? Seria, então, para mim, na sua opinião, que  me dou ao trabalho de recolher tais tesouros? Será que supõe que eu ignoro que existem seres sofredores, raças oprimidas, infelizes a consolar e vítimas a vingar? Será que o senhor não entendeu?





Eu, Álison