A dor da morte do pai foi mitigada pelo privilégio, que
agora desfrutava, de explorar os numerosos volumes da biblioteca do bispo –
livros, não só de astronomia, mas de literatura, pintura, escultura, matemática
e música. Assim adquiriu desde o princípio um interesse universal pelas
ciências e artes.
Com efeito, o nome de Copérnico acabara por se tornar
sinônimo de bondade. E de sabedoria. Sempre que se tinha em vista um novo
projeto em benefício da cultura ou das condições de vida, Copérnico era chamado
a apresentar sugestões.
E assim continuou a estudar a majestade dos céus,
convencendo-se cada vez mais da insignificância do homem. E da escassa
importância da terra. Começava a perceber que essa nossa terra não passa de uma
partícula de pó a revolutear eternamente ao redor da chama do sol.
E assim o sistema de Copérnico, longe de amesquinhar, em
última análise engrandece a dignidade do homem. Pois, “libertando” o seu corpo,
liberta-lhe também o espírito. Dá-lhe asas à imaginação e desperta-lhe o
apetite espiritual.
Eu, Álison
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