quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Louis Pasteur

“Ele é o aluno mais dócil, menor e menos prometedor da minha classe”, escreveu o mestre de Louis Pasteur. Mas o menino tinha uma curiosidade insaciável.
“Tenha paciência e confie em mim”, escreveu o mal aventurado estudante. “Hei de conseguir maior êxito mais adiante”.
Padecia fome com frequência. “Mas, por sorte, eu também era sujeito a frequentes dores de cabeça, de modo que uma dor neutralizava a outra”.
“Não podemos ajuizar os teus ensaios”, escreveu-lhe o pai, “mas certamente podemos apreciar o teu caráter. Só nos tem dado motivos de satisfação”.
“Temo”, escreveu à mãe da moça, “que tenha Mlle. Marie ligue demasiada importância às primeiras impressões, que só me podem ser desfavoráveis. Não há nada em mim que atraia uma moça. Mas a experiência me diz que as pessoas gostam de mim depois que me conhecem melhor”. Poderia enganar-se, bem sabe. O tempo há de mostrar-lhe que, sob esta aparência fria e reservada, palpita um coração cheio de afeto por Mademoiselle.
“Estou sondando, o melhor que posso, o impenetrável mistério da Vida e da Morte”.
E assim, Pasteur lançou uma cruzada para eliminar uma dupla fonte de infecção – o micróbio físico, que atacava o corpo humano, o e “micróbio mental”, que tolhia o espírito humano.
No decorrer de suas pesquisas nesse campo, foi obrigado, como sempre, a combater não apenas contra a virulência da praga, mas também contra a virulência igualmente pertinaz dos preconceitos humanos.
Calmamente, como se ignorasse que estava cortejando a morte, sugou para dentro do tubo a peçonhenta saliva.
“Senhores... Vós me proporcionais a maior felicidade que pode ser experimentada por um homem cuja fé inabalável é que a ciência e a paz hão de triunfar sobre a ignorância e a guerra...”.






Eu, Álison

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