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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Não sabia nem seu nome

Ele não sabia se era um paranoico obsessivo ou um obsessivo paranoico, mas a obsessão e a paranoia o guiavam o tempo todo.
Ela não sabia nem seu nome, mas isso não importava. Ele não se contentava em passar horas esperando para vê-la, esperando que seu coração disparasse, que sua barriga gelasse, que seu queixo caísse, que suas mãos suassem; ele precisava de mais. A seguia por todos os lados, onde quer que a visse. Descobriu onde era sua casa, quem era sua família, quem eram seus amigos. Descobriu com quem estudava, onde sua mãe trabalhava, que carro seu pai tinha. Descobriu o nome dos seus irmãos, o número da sua casa, a dia do aniversário.
Ele andava à noite esperando encontrá-la, e quando a encontrava, mal podia respirar. Escrevia sobre ela, pensava sobre ela, falava sobre ela. Olhava tudo. Sua roupa, seu cabelo. Ele já reconhecia seu jeito de andar, mesmo de longe, e nesse momento seu coração ganhava vida. Toda a sua atenção recaía sobre ela e sobre o que ela o fazia sentir.
Descobriu seu nome. Ela estava no topo. Seu dia não tinha sentido quando ele não a via. Ela o fazia viver, mesmo sem saber disso, e ele vivia por ela. Sua vida se resumia nos momentos em que aguardava vê-la.
Mas não era culpa dele. Era culpa daqueles olhos... Ele sabia tanta coisa sobre ela e ela não sabia nem seu nome. Nem sabia quantas coisas tinham em comum.
Até hoje não sabe.
E possivelmente nunca vai saber.


Mas não podemos esquecer daquela outra menina. Aquela que sabia tanta coisa sobre ele e que ele não sabia nem o nome, pois estava preocupado demais com a dona daqueles olhos. Essa outra menina sabia seu nome, mas ele... Não, e possivelmente nunca vai saber.




Eu, Álison

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

Eu não sabia nem seu nome

Você não sabia quem eu era
Mas você me tinha na palma das mãos.

Eu queria saber se você sente por mim o mesmo que eu sinto por você, se o que você pensa sobre mim é o mesmo que eu penso sobre você. Queria, mesmo correndo o risco de a resposta ser não...

Por mais que a paixão seja, de certo modo, um sentimento falso, ainda sim é algo que me fascina.





Eu, Álison

sábado, 5 de novembro de 2011

A trilha

"Todas aquelas maravilhas eram por mim contempladas em silêncio. Faltavam-me palavras para exteriorizar minhas sensações. Parecia-me estar assistindo, em lugar distante, a cada passo que Vênus dava no céu, desfilando por seu caminho, mostrando tudo o que há para ser visto. Mas sua platéia é restrita a poucos que merecem vê-la.




Eu, Álison