Ela não sabia nem seu nome, mas isso não importava. Ele não se contentava em passar horas esperando para vê-la, esperando que seu coração disparasse, que sua barriga gelasse, que seu queixo caísse, que suas mãos suassem; ele precisava de mais. A seguia por todos os lados, onde quer que a visse. Descobriu onde era sua casa, quem era sua família, quem eram seus amigos. Descobriu com quem estudava, onde sua mãe trabalhava, que carro seu pai tinha. Descobriu o nome dos seus irmãos, o número da sua casa, a dia do aniversário.
Ele andava à noite esperando encontrá-la, e quando a encontrava, mal podia respirar. Escrevia sobre ela, pensava sobre ela, falava sobre ela. Olhava tudo. Sua roupa, seu cabelo. Ele já reconhecia seu jeito de andar, mesmo de longe, e nesse momento seu coração ganhava vida. Toda a sua atenção recaía sobre ela e sobre o que ela o fazia sentir.
Descobriu seu nome. Ela estava no topo. Seu dia não tinha sentido quando ele não a via. Ela o fazia viver, mesmo sem saber disso, e ele vivia por ela. Sua vida se resumia nos momentos em que aguardava vê-la.
Mas não era culpa dele. Era culpa daqueles olhos... Ele sabia tanta coisa sobre ela e ela não sabia nem seu nome. Nem sabia quantas coisas tinham em comum.
Até hoje não sabe.
E possivelmente nunca vai saber.
Mas não podemos esquecer daquela outra menina. Aquela que sabia tanta coisa sobre ele e que ele não sabia nem o nome, pois estava preocupado demais com a dona daqueles olhos. Essa outra menina sabia seu nome, mas ele... Não, e possivelmente nunca vai saber.
Eu, Álison
Muitooo fera.
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