sábado, 1 de fevereiro de 2014

Com terrível pesar, escrevo:

Espero que me perdoe, mas não posso mais retornar a sua casa. Quando penso que, depois de passar um breve momento contigo, precisarei despedir-me e ir embora, fico com a alma prestes a quebrar-se e a distância é a força que a joga no chão, fazendo com que cada pedaço, por menor que seja, parta-se em pedaços ainda menores. Não sou capaz de resistir a outro desses momentos em que meu interior é consumido por algo que desconheço, mas que faria de tudo para evitar.
Sei que a saudade irá me ferir com um sofrimento quase tão insuportável, mas, das dores que sinto, prefiro viver com a que sempre me invadiu quando lembro dos momentos que estive contigo, do que a que revivo no momento terrível em que tenho de despedir-me de ti. O tempo há de suavizar as feridas do meu coração. Pelo menos, é nisso que deposito minha total esperança. Vê-la e ter de me despedir, como fiz recentemente, seria apenas uma forma de reavivar minha aflição e a confusão em minha mente.
Sinceramente espero que não pense que faço isso de propósito. Se pudesse, faria qualquer coisa para superar esse tormento, mas não tenho mais maneiras de resistir a isso. A vida tem-me tirado as forças de todas as formas que pôde. Tentarei manter as lembranças que tenho de ti pelo máximo de tempo que puder ou pelo menos até encontrar uma maneira de olhar-te nos olhos novamente sem sentir que vou morrer.
Agradeço pelos instantes da minha vida que preenchi ao seu lado, mas não vejo outra maneira de superar esse tormento. Se sobreviver até lá, desejo ver-te de novo.







Eu, Álison

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