sábado, 4 de janeiro de 2014

Eu quero fazer falta

"Felicidade é uma vibração intensa. Um momento em que eu sinto a vida em plenitude dentro de mim e quero que aquilo se eternize. Felicidade é a capacidade de você ser inundado por uma alegria imensa por aquele instante, por aquela situação. Aliás, felicidade não é um estado contínuo. Felicidade é uma ocorrência eventual. A felicidade é sempre episódica. Você sentir a vida vibrando, seja num abraço, seja na realização de uma obra, seja porque algo que você fez deu certo, seja porque você ouviu algo que queria ouvir, é claro que aquilo não tem perenidade. Aliás, a felicidade, se marcada pela perenidade, seria impossível, afinal de contas, nós só temos a noção de felicidade pela carência. Se eu tivesse a felicidade como algo contínuo, eu não a perceberia. Nós só sentimos a felicidade porque ela não é contínua. Isto é, ela não é o que acontece o tempo todo, de todos os modos."

"Nós somos o único animal que é mortal. Todos os outros animais são imortais. Embora todos morram, nós somos o único que, além de morrer, sabe que vai morrer. Você e eu sabemos que vamos morrer. Desse ponto de vista, não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faço da minha vida enquanto minha morte não acontece para que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena. Nesta hora eu preciso ser capaz da fazer falta. No dia que eu me for, e eu me vou, eu quero fazer falta. Fazer falta não significa ser famoso. Significa ser importante. Há uma diferença entre ser famoso e ser importante. Muita gente não é famosa e é absolutamente importante. Por isso, para ser importante, eu preciso não ter uma vida que não seja pequena, e uma vida se torna pequena quando ela é uma vida que é apoiada só em si mesmo, fechada em si. Nesta hora, a minha vida, que, sem dúvida, ela é curta, eu desejo que ela não seja pequena."

Mário Sérgio Cortella sobre a felicidade e ser importante.







Eu, Álison

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