Baseado no que vejo nas pessoas e meu julgamento em relação a elas, decido se elas vão conhecer o que está escondido ou se eu devo continuar agindo como normalmente ajo, e deixar as pessoas me verem como vêem o personagem V, ou seja, com um rosto comum a todas as situações.
Poucas pessoas já viram meu rosto, apesar de, uma vez que outra, eu remover minha máscara volitivamente por alguns instantes e mostrar meu verdadeiro Eu a todos. Como de costume, as pessoas não prestam atenção, com exceção das que sabem quem eu sou e às que são diferentes a ponto de verem além das coisas simples.
Interessante é ver como as pessoas acham que me conhecem baseando-se somente no que vêem aparentemente. Esse é um dos motivos pelo qual raramente tiro minha máscara. Para que as pessoas continuem enganando a si mesmas sem querer, acreditando que sabem tudo sobre mim.
Interessante é ver como algumas pessoas, tal como faço, também colocam suas máscaras. Muitas delas são parecidas com a minha. Algumas são muito melhores. Três delas me fascinam dia após dia, mas como bem sei, ver além do óbvio é uma capacidade dada a poucos, mas acredito poder estar entre esses.
Interessante é saber que, mesmo com uma máscara impedindo as pessoas normais de verem a verdade por trás de cada indivíduo e do que cada um esconde, consigo enxergar quem está olhando pelos olhos de um disfarce engenhoso, mas não infalível, assim como o meu.
Mas interessante mesmo é saber que, às vezes, o que eu vejo... Quase ninguém vê.
Agradecimentos especiais à Mayara Duarte por ter emprestado a foto de uma dessas joias que ela costuma chamar de olhos.
- Pergunta: Quantas cores você vê na íris desse olho? O ente sobrenatural que souber me responda, porque eu não sei.
Eu, Álison
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