Cada um de nós é só no mundo. É como se o nascimento fosse uma espécie
de lançamento da pessoa à sua própria sorte. Podemos nos conformar com
isso ou não. Mas nos distinguimos uns dos outros pela maneira como
lidamos com a solidão e com o sentimento de liberdade ou de abandono que dela decorre, dependendo do modo como interpretamos a origem de nossa existência.
O homem se torna autêntico quando aceita a solidão como o preço da sua própria liberdade. E se torna inautêntico quando interpreta a solidão
como abandono, como uma espécie de desconsideração de Deus ou da vida
em relação a ele. Com isso abre mão de sua própria existência,
tornando-se um estranho para si mesmo, colocando-se a serviço dos outros
e diluindo-se no impessoal. Permanece na vida sendo um coadjuvante em
sua própria história.
O ser autêntico é aquele que responde pela sua vida, o ator principal, o arquiteto de sua própria obra-prima, de sua vida.
Ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As
boas relações afetivas são ótimas, são como ficar sozinho: ninguém
exige nada de ninguém e ambos crescem. Todas as pessoas deveriam ficar
sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e
descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo.
Eu, Álison
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