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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ínfima porção

Eu desconfiava que ela escondia alguma coisa dentro de si. Eu sempre achei que ela disfarçava, com um olhar que me desafiava a desvendá-la. Mas ela não era qualquer um. Ela era especial. Uma mente presa no interior de um corpo, confinada dentro de algo que não podia contê-la. E o que ela não continha, sem querer, demonstrava. E nós chamávamos o que ela demonstrava de milagre, mas para ela era só uma porção, ínfima porção, de tudo o que havia no mundo em que ela vivia. Às vezes, nem mesmo ela se entendia.
Foi então que percebi que aquele olhar, a maneira como aqueles olhos viam através de mim, não era um desafio, mas uma súplica desesperada, um pedido de socorro. Talvez ela quisesse que eu a ajudasse a entender a si mesma e a entender porque as janelas de sua alma gritavam daquela forma, como se presas num calabouço ou perdidas num labirinto.





Eu, Álison

domingo, 2 de setembro de 2012

O fim do segredo

O que se passa dentro dele?
Quantas coisas ele deixa de dizer?
Porque ele se abstém, se fecha, se cala, não demonstra, não grita, não fala.
Nada. Ele só existe.
Ele está lá e subitamente pode não estar mais.
Ele escondia as coisas para testar as pessoas.

Você é capaz de ver o que sinto? 
Ver através do que eu escondo
E ver através do que eu não demonstro?
Sim, você é.
Fui descoberto.
Finalmente desvendado. Agora você sabe a verdade.


Mas desculpe... É a última vez.





Eu, Álison

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O mundo não muda

Isso de tentar mudar o mundo não resolve muito, então eu tenho que guardar tudo aqui dentro... Até que alguém encontre, ou até que tudo se perca.






Eu, Álison