domingo, 22 de dezembro de 2013

Não foi suicídio

Céu e inferno estão bem aqui. Atrás de cada parede, cada janela. O mundo por trás do mundo. Nós estamos no meio. Anjos e demônios não podem vir para o nosso plano. Ao invés disso nós temos o que eu chamo de mestiços tentando nos influenciar. Só podem sussurrar em nossos ouvidos, mas uma única palavra pode lhe dar coragem ou transformar o seu prazer em seu pior pesadelo. Aqueles com o toque do demônio e os que são parte anjos vivendo ao nosso lado.

- Minha irmã era católica praticante. Sabe o que significa isso? Significa que ela não se mataria.
- Sua alma iria direto para o inferno, onde ela gritaria ao ser dilacerada em uma agonia brutal por toda a eternidade. É isso. Está certo?


- Detetive, e se eu dissesse que Deus e o Diabo fizeram uma aposta. Uma aposta pelas almas de toda a humanidade.
- Eu diria continue com seus remédios.
- Me escuta, nenhum contato com os humanos. Essa seria a regra. Apenas influência. Para ver quem venceria.
- Está bem, eu estou ouvindo. Por quê?
- Quem sabe? Talvez pela diversão. Você sabe...
- Ah, é divertido? É divertido um homem surrar a esposa até matá-la? É divertido uma mãe afogar seu próprio filho? Você acha que o Diabo é o responsável? As pessoas são más, sr. Constantine. As pessoas.
- Tem razão. Nascemos capazes de coisas terríveis, mas, às vezes, alguma coisa nos dá uma pequena noção do que é certo.
- Olha, foi muito instrutivo, mas não acredito no Diabo.
- Deveria. Ele acredita em você.







Eu, Álison

Nenhum comentário:

Postar um comentário