quinta-feira, 26 de maio de 2011

Céu

A partir de um tempo atrás, comecei a me interessar muito por estrelas e então decidi observar o céu e procurar pelas que tivessem mais destaque ou que fossem mais famosas.

Quando comecei a entender suas trajetórias no céu, notei que veria estrelas diferentes das que eu estava acostumado a ver no inicio da noite se olhasse de madrugada, e foi isso que eu fiz. Comecei a me levantar no meio da noite para ver como o céu estava.

Como a quantidade de compromissos que eu tinha havia crescido, e consequentemente não poderia mais acordar tarde, tive de parar de me levantar à noite para estudar, com exceção de quando despertava naturalmente, em que podia dar uma rápida olhada no céu, mas sem nenhum tipo de pesquisa. Apenas contemplação.

Em uma dessas noites que eu acordei normalmente, por volta de 04h30min, me levantei e notei que o céu estava mais claro do que o normal, mas não prestei muita atenção. Quando estava voltando para meu quarto, passei pela área da minha casa e parei para ver se havia algo de diferente no céu. Logo quando olhei, pude tirar a conclusão de que aquele céu não era como os outros. Decidi então ir para a rua para poder ter uma visão mais ampla e foi aí que eu realmente percebi o quão incrível e belo o céu estava naquela noite de Primavera.

Por causa da tanta beleza, fiquei tentado a subir em um local mais alto, nos fundos de minha casa, para poder desfrutar melhor de tudo aquilo que estava diante de meus olhos.

Quando cheguei a esse lugar, não sabia o que falar nem o que pensar, visto que o momento parecia mais um sonho do que realidade.

Eu ficava olhando todas aquelas incontáveis estrelas; as constelações que conhecia pareciam, naquela noite, estar na mais perfeita ordem no céu.

Quando notei que já estava ali a algum tempo, pensei comigo mesmo: "Tenho que voltar para dentro de casa, vou olhar uma última vez e já vou". Pensei isso na primeira vez achando que funcionaria, mas não adiantou nada, continuei ali, olhando, hipnotizado por aquela maravilha, sem conseguir me mexer. Cada vez que eu pensava novamente em ir para dentro de casa, sentia uma vontade imensa de permanecer ali. Era como se cada estrela do céu me segurasse ali...

E depois de pensar umas três vezes é que tive coragem de abandonar aquela obra celestial e voltar para casa.

Depois de raciocinar um pouco, pude concluir que aquele céu foi o mais fantástico que eu já tinha visto em minha vida, mas como um ávido curioso, espero ter outras noites com céus ainda mais bonitos que esse, o que de maneira alguma diminuirá a importância deste, que mais pareceu um presente um minha noite e que acabo de descrever.


"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio e eis que a verdade se me revela" - Albert Einstein






Eu, Álison

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