sábado, 18 de maio de 2013

E assim foi escrito

Vou morrer hoje. Um buraco de terra granulada me aguarda. Um final justo para um homem consumido pela morte a vida inteira. Aceite esse beijo na testa.


Não sei, fiquei meio louco.

- Senhor, é Edgar Poe, não é verdade?
- Sou... Por mais alguns minutos... Senhor ajude minha pobre alma.

Aceite este beijo na testa.
e, partindo de ti agora,
muito a dizer nesta franca hora
Você não está errado, quem diria
que meus sonhos têm sido o dia;
Ainda se a esperança fosse um açoite
em um dia, ou numa noite,
numa visão, ou em ninguém
É isso então o que está aquém?
Tudo o que vejo, tudo o que suponho
É só um sonho dentro de um sonho.

As ondas quebram e fico ao meio
de uma praia atormentada
e eu seguro em minhas mãos
uns grãos de areia dourada -
Quão poucos! E como se vão
Pelos meus dedos para o nada,
enquanto eu choro, enquanto eu choro!
Ó Deus! Eu Vos imploro:
Não posso mantê-los em minha teia?
Ó Deus! Posso eu proteger
das duras ondas um grão de areia?
Será que tudo o que vejo e suponho
É só um sonho dentro de um sonho?






Eu, Álison

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