sábado, 19 de abril de 2014

Destruir o real

De fato, em Roma e na Grécia, foi quando a sociedade se sentiu gravemente atingida que surgiram as teorias pessimistas de Epícuro e Zenão. A formação desses grandes sistemas é pois índice de que essas corrente pessimista chegou a certo grau de intensidade anormal, devido a alguma perturbação do organismo social. Ora, é sabido como esses sistemas se multiplicaram modernamente. Para se ter uma justa noção do número e importância deles não basta considerar as filosofias que têm oficialmente esse caráter, como as de Schopenhauer, Hartmann e outros. Deve-se também considerar todas as que, sob nomes diferentes, procedem de um mesmo espírito. O anarquista, o esteticista, o místico, o socialista revolucionário, se não perdem a esperança no futuro, como o pessimista, concordam pelo menos num mesmo sentimento de ódio ou aversão pelo estado de coisas vigente, e na necessidade de destruir o real ou esquivar-se dele.






Eu, Álison

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