Encontrei um pequeno texto que fala um pouco sobre a origem dos contos de fadas. Achei interessante porque ele mostra como uma história pode se modificar com o passar dos anos, tornando-se algo totalmente diferente do original.
O autor pioneiro na área foi o francês Charles Perrault, que deu uma amaciada nas histórias para agradar as mães da corte francesa. No século seguinte, os famosos irmãos alemães Jacob e Wilhelm Grimm e o dinamarquês Hans Christian Andersen deram seguimento nessa linha literária inclusive absorvendo características de folclores de outras culturas, criando as "morais de história" e também amenizando os enredos. Afinal, já era considerado meio drástico dizer que João e Maria foram abandonados pelos pais por falta de condições para criá-los, passaram fome e tiveram os olhos devorados pelos animais da floresta. Que a Bela Adormecida foi, na verdade, estuprada pelo príncipe e até gerou seu filho enquanto estava inerte na cama. Que a história da doce Chapeuzinho Vermelho fala de canibalismo, onde a neta come a carne da própria avó e acaba sendo abusada e devorada pelo lobo, sem caçador para salvar. Que a Branca de Neve foi feita de empregada pelos anões e, no final, se vinga da madrasta obrigando-a vestir sapatos de ferro quente e dançar até a morte. Que a Pequena Sereia tem a cauda rasgada ao meio pela bruxa do mar e morre no final.
Os contos atuais, cheios de esperança e amor, foram fruto de uma preocupação com o impacto psicológico que as crianças podem sofrer a partir de influências. Preocupação esta que continua até hoje, discutindo cada vez mais o conteúdo da indústria infantil e do politicamente correto. Foi ela que transformou aquelas histórias macabras nos famosos contos de fada e acabou por nos poupar de muitas histórias dignas de pesadelos.
Eu, Álison
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