terça-feira, 20 de março de 2012

Direitos

Existem umas pessoas desavisadas que acham que podem lutar pelos direitos que elas já têm. Lutar pelos direito dos brancos, lutar pelos direitos dos heterossexuais. Porque elas falam: "Se alguém pode usar uma camisa escrito 100% preto, por que eu não posso usar uma camisa escrito 100% branco?" Basicamente porque a sociedade em que a gente vive é constituída por 100% brancos. Os direitos dos brancos, dos heterossexuais, já estão garantidos porque são eles que fazem os próprios direitos. Elas dizem: "Se os pretos, gays, índios ou qualquer outra minoria discriminada tem direito de lutar pelos seus direitos, eu que sou branco, católico e heterossexual também tenho direito de lutar pelos meus". Mas que direitos? Se você for branco, católico e heterossexual, você tem todos os direitos do mundo! Você é o cara que faz o direito dos outros!
A internet não deveria ser protegida de pessoas com pouca educação formal, e sim de pessoas como você, que não entendem que outras pessoas precisam de direitos dos quais você não precisa, porque você já tem. As pessoas precisam ser protegidas de pessoas como você, que não entendem como o mundo funciona e que acha que a realidade se limita a realidade de onde você vive, em um mundo mágico, onde ninguém fere os seus direitos e ninguém proíbe você de fazer nada. Onde ninguém quer, sei lá, bater com uma lâmpada fluorescente na sua cara porque você não tem o estilo de vida igual a delas.

Então, antes de você achar que tem que vestir uma camisa escrito 100% branco ou 100% hetero, lembre-se de que você pode andar na rua e beijar a sua namorada sem que alguém venha e dê uma voadora na sua cara e um chute na sua boca até arrancar os seus dentes por causa disso. Então, sei lá, acorda pra vida, caralho! Se você acha isso ruim, vai pra puta que te pariu e eu espero que você passe por tudo que essas pessoas passam pra você sentir o gosto de como é que é ter a sua liberdade tolhida porque você tenta levar um estilo de vida que faz sentido pra você e não para uma maioria escrota.




Eu, Álison

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